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A Sêxtupla e a Cidade

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Blurb

O que acontece em Vegas, fica em Vegas, certo?OK, me deixa explicar. Eu invadi o camarim do meu crush para cheirar as meias dele (não de um jeito pervertido, eu juro!) e fui pega... você me entende. Ele, então, meio que me chantageou, para aceitar um casamento falso para que ele tivesse o green card. Mas, ei, quem está reclamando? A próxima coisa que sei, estávamos voando para Vegas para fazer todos acreditarem de que após uma noite de bebedeira, fugimos para casar. Exceto que... isso foi exatamente o que aconteceu. (Graças à vodka.) Considerando que ele é o bailarino mais desejado da cidade de Nova York, e eu sou uma blogueira falida, fanática por doce e que mora numa garagem, não há como esse casamento ser real. Sem mencionar minha família louca e minha aversão a todo tipo de cheiro sob o sol – exceto o dele. Meu maior desejo é que ele se apaixone por mim. Isso não deveria ser tão difícil, certo?

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Capítulo 1
Capítulo Um — Quero cheirar a meia-calça do Russo. — Coloquei minha mimosa na mesa com determinação. — Agora, vocês vão me ajudar com o arrombamento? As expressões confusas nos rostos de minhas irmãs quase valem a humilhação. “Quase” sendo a palavra-chave. As três vão se divertir muito às minhas custas. — Você quer dizer aquele dançarino de balé por quem você está apaixonada? — Blue, uma das minhas cinco irmãs gêmeas, pergunta. Seus olhos verdes, os mesmos que vejo no espelho todos os dias, brilham quando ela acrescenta: — Ele não é um espião, a propósito. Eu chequei. Aliás, ele também não é russo. Ele nasceu na Letônia. É claro. Blue é a espiã da família, então, ela pressupõe que todo estrangeiro faz parte da comunidade de inteligência. — Eu não pedi para você bisbilhotar, mas sim, estou falando do bailarino — digo. — Por que outro motivo um homem usaria meia-calça? Eu ignoro a parte sobre seu local de nascimento. De acordo com sua biografia online, ele cresceu em Moscou. Mais importante, “O Russo” é de s*x and The City, enquanto “O Letão” não é. Blue dá de ombros. — Porque ele é um hipster? Para manter as pernas aquecidas durante os invernos frios da Letônia? Porque seu urso de estimação não gosta de ver pernas peludas? Gia, minha irmã mais velha que tem uma irmã gêmea, acena com a mão pálida para calar a boca de Blue. Apoiando-se em seus antebraços, ela me olha atentamente. — O que seu estranho fetiche por roupas íntimas masculinas tem a ver conosco? Meu olho esquerdo estremece. — Eu não tenho fetiche. O sorriso de Gia é tortuoso, como sempre. — Ei, nada de se envergonhar. Eu resisto ao impulso de discutir mais, pois isso só vai encorajá-la. Em vez disso, me consolo no fato de que Gia está perplexa com o meu pedido. Como uma irmã mais velha e uma mágica, ela está acostumada a ser aquela cheia de mistério, então, o contrário deve irritá-la. Honey, outra gêmea minha, tira um frasco do bolso interno de sua jaqueta de couro e coloca mais champanhe em sua mimosa. Como Blue, ela tem meu rosto, embora seja uma versão mais magra dele. Eu sou de longe a mais curvilínea das sêxtuplas. — Todo mundo pode calar a boca e deixar Lemon explicar o que ela quer? — Ela solta. Dou à mais espinhosa das minhas irmãs um aceno agradecido. — Para atingir meu objetivo… — E por objetivo, ela quer dizer aquelas meias perfumadas. — Gia parece tão feliz que meio que espero que ela tire um coelho raivoso da cartola – e ela nem está usando chapéu. Solto um suspiro frustrado. — Sim. Para chegar às meias, gostaria de entrar furtivamente em seu camarim durante uma apresentação de balé. — Olho para cada irmã. — Vocês três têm as habilidades de que preciso para evitar acabar no noticiário da noite. Na verdade, Blue sozinha provavelmente tem todas as habilidades de que preciso, mas estava morrendo de vontade de fazer um brunch no estilo s*x and the City há muito tempo e, portanto, precisava de três cúmplices. Pena que minhas irmãs não se encaixam perfeitamente com Samantha, Charlotte e Miranda. É mais como James Bond para Blue, Lisbeth Salander de A Garota com a Tatuagem de Dragão para Honey, e G.O.B. de Caindo na Real para Gia – exceto que Gia também se parece com Morticia Addams, se o referido personagem se transformar em um vampiro. Blue mostra sua taça para Honey, que lhe serve um pouco de champanhe da garrafa. — Acho que falo por nós três quando pergunto: por quê? Eu examino nosso entorno. Bom. Somos as únicas sentadas aqui em Brunchicka, então posso falar livremente... ou o mais livremente possível, dado o campo minado que é este assunto. — Como vocês sabem — Começo —, eu tenho uma certa obsessão quando se trata d’O Russo. Gia bufa. — Claro, se com isso você quer dizer que está prestes a ter uma Atração Fatal com a b***a dele vestida em meia-calça. Reviro os olhos, um padrão da família Hyman ao lidar com Gia. — Apenas algumas de vocês — Olho para Honey — sabem disso, mas a maioria dos meus encontros com homens, como eles eram, terminava assim que eu os cheirava. Espero comentários sarcásticos do tipo: “Você tentou cheirar o traseiro deles? Funciona para cães com olfato tão apurado quanto o seu.” Mas a zombaria não vem. Todas as minhas três irmãs estão olhando para mim com pena – o que pode ser pior – e elas nem sabem a extensão total do meu problema. A principal razão pela qual insisti em sentarmos do lado de fora é porque os cheiros são mais concentrados em ambientes fechados, muitas vezes de forma insuportável para mim – e isso com meus filtros especiais para o nariz que amortecem minha acuidade olfativa. A lista de cheiros que me deixam louca é maior do que a lista de germes que Gia evita. Eu até odeio o cheiro de limão – o que deve ser algum tipo de ódio por mim mesma, já que meu nome é Lemon. Pelo lado positivo, se houver um incêndio, sempre irei farejá-lo e sobreviver. Quem sabe, posso até me tornar a primeira humana a detectar monóxido de carbono – um gás supostamente inodoro que engana até cães. Eu limpo minha garganta e pego minha mimosa. O cheiro de laranja felizmente é diferente do limão, não tendo sido usado em demasia em produtos de limpeza. — Resumindo: não gosto de ser obcecada — digo. — Quero esse cara fora da minha cabeça, para poder me concentrar em perspectivas mais realistas. Como meu ex, que tinha um caso de germafobia que envergonharia o de Gia. Quando estávamos juntos, ele tomava banho com tanta frequência que nunca exalava nenhum odor corporal, apenas a pele extremamente seca. Para tolerá-lo, bastava convencê-lo a usar apenas produtos sem perfume. Pena que a falta de cheiro dele não ajudou em nossa falta de química. Talvez eu encontre outro germofóbico que se adeque melhor a mim. Eu mantenho silêncio sobre esse plano, porém, para não ofender Gia. Ela está mostrando sua contenção ao não zombar de mim no momento. Honey acaricia um piercing na orelha, um de seus milhões de piercings. — Então, se eu entendi direito, você quer conduzir uma espécie de exorcismo. Cheirar a meia-calça dele, ficar enojada e, assim, acabar com a obsessão? Assinto com minha cabeça. — Exatamente. — Nesse caso, estou dentro — diz ela. — Eu também, mas com uma condição — diz Blue com um sorriso. — O codinome desta operação é Baita Sorvida. Malditos gambás. Quanto tempo até que elas percebam que faz um bom acrônimo? Honey sorri. — Eu apoio isso, mas vamos encurtá-lo para BS. OK, um milissegundo foi o tempo que levou. — Hum. — Gia faz mímica acariciando um cavanhaque inexistente. — Se você precisar da minha ajuda com a Operação BS, também tenho uma condição. Sinto uma reviravolta no estômago que não se deve à minha vontade de comer torradas francesas... ou, pelo menos, não só isso. Todas as irmãs Hyman trocam favores até certo ponto, mas Gia provavelmente poderia ensinar ao Poderoso Chefão uma ou duas coisas sobre a técnica. Eu esfrego a parte de trás do meu pescoço. — Qual é a sua demanda? — Demanda? Mais como um pedido razoável. — A expressão angelical de Gia não engana ninguém – a menos que estejamos falando de anjo caído. — Lemon, você sabe o que cada uma de nós faz da vida, então, tudo que eu quero é que você nos diga o que você faz. — Você é um gênio — Blue diz para Gia em uma voz excessivamente alta. — Eu estive pensando por um tempo e estava prestes a começar a investigar seriamente. — Que grande uso do dinheiro do contribuinte — Murmuro — Espionar sua própria família. Honey desliza para a beirada da cadeira. — Desculpe, Lemon. Também estava curiosa. Desembucha. Eu debato se assumir vale a pena a ajuda delas. Pode ser. Talvez não. A verdade é que estou querendo me abrir com alguém, e essas três são um grupo de foco decente se eu quiser saber como o resto da família reagirá à minha profissão escolhida. — Certo. Vou contar. — Engulo a mimosa e respiro fundo – um erro, porque o cheiro de algo delicioso por perto faz minha barriga roncar. Ignorando isso, respiro fundo e digo: — Meu trabalho é m*********o.

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