CAPÍTULO 109 ARTHUR NARRANDO Nego ficou calado por alguns segundos. Depois respirou fundo, passando a mão no rosto. — Eu vou resolver, Arthur. Pode deixar. Já botei dois dos meus pra caçar o moleque. Se ele ainda tiver vivo, a gente acha. Se não tiver… quem botou a mão na carga vai pagar. Eu dou minha palavra. — Não é só questão de palavra — retruquei. — Essa carga era pra um cliente de fora. Não era coisa leve. Eu seguro bronca, mas tu sabe… se perder moral com eles, a cobrança vem em dólar e sangue. Ele assentiu, sério. — Relaxa. Eu sei o peso. Só preciso de mais 24 horas. Me dá isso. — Tu tem 12. — levantei do banco. — Me dá notícia ainda hoje. Se não tiver, eu mesmo vou subir o morro pra entender o que tá acontecendo. Ele me encarou por um tempo, mas não retrucou. Sabia que eu

