O domingo parecia ter começado como qualquer outro.
O sol entrava pelas frestas das cortinas, a casa estava relativamente silenciosa, e meu pai tinha ido com Lara até a padaria buscar pão fresco.
Isadora estava trancada no quarto, provavelmente se arrumando para algum programa “casal feliz” que ela adorava forçar.
Eu estava na cozinha, mexendo no celular, quando ouvi o barulho da porta se abrindo.
Meu pai entrou primeiro, com aquele ar animado artificial, seguido por Lara, que carregava uma sacola com pães e sucos.
— Bom dia, campeão. — ele disse, pousando as compras na bancada. — Dormiu bem?
Assenti, sem levantar muito o olhar. — Dormi.
Ele começou a tirar as coisas da sacola e, de repente, soltou aquele comentário que acendeu o pavio:
— Sabe, Enzo… eu e a Isa comentamos ontem. Vo
