A festa da empresa parecia ter entrado numa fase mais caótica. A música ficou mais alta, as bebidas começaram a circular mais rápido, e o número de risadas escandalosas só aumentava. Era como se todos tivessem finalmente chutado a formalidade e se entregado à ideia de que estavam celebrando o "renascimento" da Morelli Corp. E no meio de tudo isso, lá estava eu, preso num redemoinho de emoções, tentando parecer inteiro quando, na real, eu tava me despedaçando por dentro. Eu já tinha dado minha cota de sorrisos falsos, brindado com gente que eu m*l lembrava o nome e aguentado o Lorenzo me usando como outdoor humano. Cada vez que ele me puxava pelo braço, ou colocava a mão no meu ombro pra se exibir com aquele orgulho performático, era como se ele dissesse, sem palavras: "Olhem como sou um b

