O carro parou diante dos portões da mansão, e eu permaneci dentro do carro por alguns segundos, observando aquela fachada que, por anos, tinha sido mais uma prisão emocional do que um lar. As colunas brancas imponentes, o gramado meticulosamente aparado, o silêncio de riqueza e ostentação — tudo aquilo tinha cheiro de poder, mas também de hipocrisia. Dessa vez, eu não vinha como um filho voltando para casa. Eu vinha como o herdeiro legítimo, pronto para reivindicar o que era meu por direito. E se Lorenzo achava que podia continuar me tratando como um convidado indesejado, estava prestes a descobrir que eu podia ser muito mais perigoso do que ele imaginava. Saí do carro com passos firmes, a pasta de couro na mão. Não era apenas um acessório elegante — lá dentro estavam documentos, registr

