O corredor estava tomado por capangas. Todos eles giraram a cabeça em nossa direção, olhos arregalados, mãos instintivamente indo para as armas nos coldres. Apontaram. O silêncio antes do caos era quase ensurdecedor. — Nem pensem nisso! — gritei, a arma firme contra a nuca do capanga. — O primeiro que puxar o gatilho vai ver o cérebro dele espalhado por essas paredes. Eles congelaram. As mãos hesitaram. Olhares se cruzaram. Um deles, mais velho, com o rosto marcado por cicatrizes e a expressão fria de quem já tinha visto demais, deu um passo à frente. — Senhora Piromalli... — sua voz era baixa, controlada. — Ninguém está autorizado a sair do andar. Estamos sob ataque. Claro que estavam. Eu senti o cheiro da morte no ar. Era inevitável. — Eu sei. — minha voz saiu firme, sem tremer.

