Anélisse deu um passo para trás, o peito pesado.
— Você… n******e me controlar pra sempre. — murmurou, a voz quase um sussurro, mas firme. — Se eu sentir que estou sendo a******a… vou lutar.
George olhou para ela por um longo instante, estudando cada reação.
Então, com um aceno quase imperceptível, disse:
— Pode tentar se iludir, Anélisse. Mas não subestime o que sou capaz de fazer para protegê-la… mesmo que você não queira ser protegida.
Ela recuou para o outro lado da sala, sentindo o coração disparar.
Sabia que a batalha entre a própria v*****e e a força do pai acabara de começar.
E, no fundo, a única coisa que ela sabia com certeza era que não poderia deixar Mattheo sofrer por causa disso.
— Se for preciso, Mattheo… pagará caro por se aproximar de você. — George continuou, a frieza nos olhos tornando cada palavra um peso.
— Você não entende, pai… ele é diferente — tentou argumentar. — Ele nunca quis nada além de…
— De se aproveitar de você — George a interrompe.
Ele se aproximou dela, a voz firme e c***l. — E se eu souber que ele chega perto de você de novo, não vou me importar em resolver isso do meu jeito.
Anélisse o olhou, atônita.
— O que isso quer dizer?
— Que eu vou acabar com ele, se for preciso. — O tom era de pura convicção.
Ela recuou um passo, o peito apertado.
— Pai, você n******e fazer isso… por favor, não faz nada com ele.
— Posso, e farei, se for o único meio de garantir que você se afaste dele.
As palavras ficaram no ar, pesadas, cortantes.
Anélisse sentiu os olhos arderem.
— Me afastar dele não é me proteger. É me torturar. — Murmurou com a voz trêmula
George desviou o olhar, mas a expressão não cedia.
— Você vai entender um dia.
E então ele subiu as escadas, deixando-a sozinha.
Anélisse ficou ali parada, imóvel, o coração martelando no peito.
Ela sabia que o pai cumpriria a ameaça.
E pela primeira vez, a ideia de perder Mattheo ,não para a distância, mas para a ira de George a fez sentir pavor real.
Ela se sentou no sofá, encarando as próprias mãos trêmulas.
A mente dela, antes confusa, agora fervilhava de pensamentos.
"Ele vai machucar o Mattheo... a menos que eu faça algo."- pensava
O rosto de Mattheo veio à mente, com aquele sorriso torto e o olhar sempre gentil.
E pela primeira vez, a semente da decisão começou a brotar uma ideia que mudaria tudo dali pra frente.