Com o passar das semanas, a aproximação planejada por Mattheo se intensificava, eles se viam pelo menos uma vez na semana. Ele começou a interagir com Catherine de maneira mais natural, sempre falando sobre livros, cafés ou assuntos triviais, mas conseguindo pequenos momentos de i********e disfarçada. Cada conversa era uma oportunidade de observá-la, aprender mais sobre seus hábitos e personalidade, enquanto mantinha a fachada de um conhecido interessado em assuntos comuns.
Ela começou a se abrir mais, sorrindo com frequência e demonstrando confiança. Pequenos convites surgiram de forma quase casual:
— Mattheo, você gosta de massas ? — ela perguntou um dia, sentada com um livro em mãos. — Tem um lugar que eu adoro, poderíamos ir algum dia.
Ele aceitou com naturalidade, sorrindo levemente:
— Adoraria.
Não demorou muito para que esses encontros se tornassem rotina. Chá, sorvete, conversas sobre livros ou lugares que gostavam de visitar. Catherine começava a chamá-lo espontaneamente, procurando sua companhia, e Mattheo, nunca recusava.
— Mattheo, quer vir tomar sorvete comigo depois do trabalho? — ela perguntou em outra ocasião, sorrindo de forma despreocupada.
— Claro, parece ótimo. — respondeu ele, mantendo o tom casual, mas observando cada gesto dela, cada nuance de atenção e curiosidade.
A amizade crescia aos poucos, mas Mattheo nunca deixava transparecer que havia algo mais. Para Catherine, ele era apenas um amigo confiável, alguém interessado em assuntos triviais e em sua companhia. Para Mattheo, cada encontro era uma oportunidade de estudar, observar e se aproximar dela ainda mais, sem que ela percebesse a verdadeira profundidade de seu interesse.
Ele passou a perceber pequenas coisas que antes poderiam passar despercebidas: a forma como ela mexia no cabelo, como sorria quando estava animada, os livros que escolhia, os lugares que evitava ou preferia. Cada detalhe era anotado mentalmente, uma peça a mais do quebra-cabeça que ele vinha montando silenciosamente.
E mesmo enquanto cultivava essa amizade, ele mantinha o disfarce de “Catherine” em sua mente, escondendo dela seu verdadeiro conhecimento e sua obsessão crescente.
— Você confia demais em mim, Catherine… — murmurou Mattheo em tom brincalhão, com um sorriso sutil.
Catherine arqueia uma sombrancelha, mas sorri genuinamente.
— Sabe, Ross... Tem momentos que você fala como se fosse algo perigoso, um vampiro talvez ?. — Chaterine brinca
Mattheo é pego de surpresa com a brincadeira e acaba gargalhando alto na cafeteria.
— Perspicaz, Catherine.— Responde Mattheo ainda sorrindo.
A r*****o deles era cada vez mais íntima, mais sincera. Mattheo e Catherine se conheciam cada vez mais.
Em certo momento na cafeteria Catherine pediu que Mattheo pegasse o adoçante para ela, ele assim fez, porém quando foi entregar a ela suas mãos acabaram se tocando, e nisso um choque percorreu o corpo dos dois. O ardência foi tão forte que fez ambos tirarem as mãos rapidamente fazendo com que o adoçante caísse sobre a mesa.
— Mas.. que m***a foi isso, Catherine?.— Questionou Mattheo com a mão ainda ardendo
— Eu... Eu não sei, você tá bem ?. — Perguntou Catherine com os olhos arregalados e expressão assustada.
— Eu estou bem, relaxa..— Respondeu Mattheo em tom calmo, porém aquele choque não foi normal, e ele... Ele percebeu.
Eles voltaram a conversar, mas a sensação do choque ainda fervilhando nas mãos de ambos, e mentalmente Mattheo já se perguntava.. O que foi isso, Anélisse?.