Case comigo

Capítulo 4

— Mas eu não amo esse i****a! — Gritei com meu pai dentro do seu escritório — As pessoas estão me parabenizando, por uma coisa que eu não tenho! Porque eu? O que eu fiz pra vocês? Aquele homem olhou nos meus olhos, mentiu tão facilmente. O que me garante que ele não vai me trair?

— Ele é um homem de negócios Louise. — Explicou sem paciência, pela décima vez.

— E eu não sou um negócio pai. Eu sou sua filha!

Meus ombros pesaram e minhas lágrimas escorriam pela bochecha. Caso estivesse sendo difícil pra ele, eu não sabia. Mas, para minha mãe que chorava no canto da sala tinha certeza.

Ela odiava quando brigávamos. O tempo fechava f**o em casa.

Mas não era pra pouco. Eles perderam o juízo.

Meu pai permaneceu quieto. Juntou suas mãos, observando meus olhos encharcados. Fiquei pensando o que se passava na cabeça dele naquele momento. Desistir de tudo?

Observou-me por alguns instantes e maneou a cabeça negativamente.

Era realmente uma decisão concreta.

— Eu odeio você. — Concluí saindo da sala.

Caminhava rápido pelos cômodos de casa, queria sair dali o mais rápido possível. Queria distancia dos meus pais e do meu noivo.

Essa era minha vida, só queria colocar meus planos nela. Não um homem.

Sai e vejo Paul conversando com uma mulher. Ele tentava toca-la, mas ela não permitia, parei assim que ele tentou beija-la. Entre as lágrimas ela recuou e lhe deu t**a na cara.

Abri a boca surpresa observando ela sair correndo.

Seu peito sobe lentamente, e solta o ar entre os lábios. Abaixou a cabeça e voltava para a mansão. O esperei, não perderia a oportunidade de usar alguma coisa contra ele e esse nosso casamento.

Traição acabaria com os planos do meu pai.

Quando ele me viu, parou os passos imediatamente. Fixou nos meus olhos, sua boca fazia uma linha reta em seu rosto. Estava sério.

— O que acha que seu pai pensaria?

— Você não ousaria.— Respondeu cético — E vou dizer o porquê não, Parker. Derrubo a empresa do teu pai tão rápido quanto esse império de vocês. E pode ter certeza, que vai ser com a maior facilidade do mundo. — Aproximou-se — Não estou aqui para brincadeiras, estou para negocio. Nosso casamento é arranjado, então não se intrometa na minha vida particular que eu não me intrometo na sua. Entendidos? Pouco me importa o que passa na sua cabeça. Isso é uma farsa. Finja que não viu e seu pai ficará feliz.

— Está tentando me intimidar, Damon? Largar ela te enfurece tanto?

— Largar? — Sorriu estridente — Quem disse pra você, que eu vou larga-la? Seu pai não teria coragem de se intrometer. Ele mais do que ninguém sabe que são apenas negócios. Ele não deixaria milhões não entrar na sua conta, porque a filha resolver se casar de verdade.

— Não quero. — Respondi óbvia.

— Então cuida da sua vida e eu cuido da minha. Não é só porque tem uma beleza encantadora, que vou obedecer, ás suas ordens. Futura senhora Bernardi — Suspirou fundo. 

Senhora Bernardi, sinto uma lágrima escorrer pela minha bochecha. Ele vira os olhos.

Sua mão grande e macia pousa no meu rosto, limpando onde estava úmido. Ele estala a língua sem paciência.

— Amanhã vamos para a minha casa. Vê se não estraga os negócios.

Avisou e me deu as costas, entrando pra casa.

Beleza encantadora.

Ele me achava bonita?

Que homem prepotente e sarcástico. Por mais que isso tivesse me irritado e eu odiasse meu pai no momento, era uma mulher inteligente. Sabia do poder dos Bernardi ­— pelo jeito p*u também — e não queria que meu pai falisse.

Respirei fundo, buscando paciência. Teria que acha-la.

Senti meu corpo estremecer ao me lembrar de suas palavras.

Amanhã vamos para minha casa.

Façam ás apostas, qual morrerá primeiro.