CAPÍTULO 3

2710 Words
Charlote olhou para os lados e viu o grande parque que ela conhecia tão bem, ela poderia se lembrar de quando escapulia de casa e ia ler algo ali ou até comer algo de alguma das barracas, com o tempo ela fez boas amizades, como Rock da barraca de cachorro quente, que não era casado e nem tinha filhos, apenas um peixe que ele sempre falava que era o único que ele tinha e as pessoas da praça que amava seus cachorros quentes. Havia também Meredit, que cuidava do carrinho de pipoca e tinha um filha que estava na faculdade, havia Também José, o senhorzinho que vendia balões de tudo quanto era jeito, que morava com o filho que trabalhava na construção civil, Charlote poderia listar mais pessoas que ela havia falado ali naquela praça, como se fizessem parte dela ou que fossem tombadas por algum tipo de patrimônio histórico dela. Ali só estava apenas mas vazio, tanto vazio pela tempo de chuva que se formava e pelo horario matinal, não precisou caminhar mais ou nem esperar, avistou Dominik em pé diate o lago, de costas, costas largas e fortes, cobertas por um casaco escuro, com calças justas e sapatos pretos. Como um conhecido homem de preto, ela odiava homens que se vestia apenas de ternos e roupas escuras, deixava uma coisa assustadora. Charlote se lembrava de como ficava assustada quando o governo tinha alguma ameaça ou problema, sempre deixavam a segurança deles em primeiro lugar, mas ela se lembrava de odiar o homem de preto que vivia na cola dela, que fazia ela ser chamada de criancinha por ter uma baba. Ela sabia que era necessário, mas ela detestava ser vigiada e ser observada, parecia que se acabasse o papel ela não iria precisar falar ou nem buscar, estaria na mão, não que os seguranças fosse mordomos, mas eles não davam espaço nenhum, tinha uma coisa r**m nisso, principalmente na adolescência, onde ala tentava sair de casa e viu alguém de olho, não era nem a mãe e o pai, era a equipe de segurança. - Diria que esta atrasada - A voz dele soou calma demais, pra quem havia colocado o terror nela, parecia bem. Charlote havia anotado e feito uma nota mental, certamente ela iria anotar no seu querido diário que se aquilo continuasse iria arrumar um jeito de irritar, como fazia com o pai, escondendo a agenda dele dentro do próprio escritório. - Pode começar, estou aqui pra escutar você. Vejam, Dominik é calmo mesmo, se tratando de mulheres ele não saia da linha fácil, embora isso poderia mudar de uma noite pro dia, como podia acontecer se ele se casasse com Charlote. Foi ai que ele se virou e encarou a menina da família politica, havia brilho naqueles olhos. Um que poderia dizer muito dela, até da atitude que ela teve na festa. Da aventureira que ela poderia ser. Charlote observou ele analisar ela atentamente. Não era o primeiro a fazer isso, não seria o último. Talvez fosse o vestido florido e o casaco azul, confortável, sem adereços e apenas carregando a bolsa pequena e os cabelos escuros soltos. Charlote poderia andar lixando como a maioria das pessoas da classe dela, mas ela não era daquele estilo, por exemplo, ela odiava saias curtas e longas, odiava calcinha pequena demais, do tipo que se enfia na b***a, odiava sutiã apertados ou blusas, assim como não gostava de decotes, ela tinha dois s***s pequenos, se ela colocasse uma blusa apertada, ficaria parecendo uma tábua embrulhada, então ela evitada. Ela gostava do corpo dela, um corpo de estatura média e magro, ela não gostava de sapatos de saltos, ou seja, ela odiava coisas que tiravam a sua liberdade ou até sua agilidade pra correr se fosse preciso. Ela também não gostava de maquiagem por dois motivos, ela não sabia se maquiar tão bem e uma vez, quando era mais nova, fez um processo alérgico se desencadear sobre seu olho depois de usar um simples lápis, foi r**m a ponto de fazer ela ter receio de escolher maquiagem assim como passar, mesmo assim, com o tempo, ela foi fazendo seus testes e sabia qual maquiagem fazia m*l a ela, assim como as que ela poderia usar, como um lápis de qualidade e um batom. Ela gostava de batom mate e gostava também do rosa, mas ela na podia negar que o vermelho era o predileto. – Meu argumento vai ser muito rápido. Ele sorriu com maldade, querendo tirar aquela coisa dela, aquela garra em não aceitar o que estava sendo proposto. Ele adoraria conquistar ela. Se aproximou mais dela, parando diante da pequena pessoa de um metro e sessenta, enquanto ele acompanhava quase dois metros de altura. – Prossiga - Ele falou de forma sensual, lento e grave, apenas ela escutou e viu a forma que ele falou. Ela soube que aquilo era uma atitude suspeita. Dominik era bom, ela ainda não sabia o quanto ele poderia ser agressivo quando queria tocar alguém sem nem encostar as mãos. Era uma habilidade bem engraçada, desde pequeno veio de uma família bastante agitada, que tinha seus objetivos e planos, na maioria das vezes os homens tinha que fazer as coisas, até mesmo os garotos menores. – Não posso me casar com o senhor pelo motivo que irei fazê-lo infeliz, muito infeliz. Acho que o senhor não quer ser infeliz para o resto da sua vida. Vamos, não pensem que ela está sendo estúpida. Ela está dando o melhor argumento que ele poderia receber, ela tinha os motivos dela para dar ele. Dominik parou tudo que estava pensando e olhou para a garota incrédulo e chocado pelo argumento. Em anos era a primeira vez que escutava isso de alguém. Talvez fosse perigoso essa coisa de ficar junto com alguém que pode enfrentar as coisas dessa forma. Se não pode vencer o d***o, junte-se a ele. – Só isso? - Perguntou,sabendo que ela havia lido as matérias e cada tabloide sobre ele, sobre a inestimável paz que ele transmitia por onde passava. Falar que iria fazê-lo infeliz era como falar que iria tirar a paz dele, o sossego e fazer a vida dele um inferno. Ele não estava se casando para isso. Não. De jeito nenhum. – Sim, meu argumento e o mais verdadeiro ao senhor – A risada debochada de Dominik fez Cahrlote ficar parada o olhando, ela havia feito o dever de casa, havia pensado naquilo por tempos. - O que foi? Eu não fiz uma piada – Ele parou de rir e encarou o rosto dela. Vejam, ela agora não entendia nada, parecia quase como se estivesse acabado de receber a notícia que o argumento foi por água abaixo. - Como acha que me faria infeliz, Charlote? - A garota começou a caminhar de forma nervosa e a pensar na vida que ela teria com ele. Ela imaginou até mesmo sendo judiada, sendo xingada ou até passando coisas como as mulheres que ela via em filmes e série, de sofrer como uma c****a na mão dele e com ele. Ela não havia vindo ao mundo para isso, era bem mais que isso, mas parecia que a família dela e o homem na sua frente não pensava assim de jeito nenhum. - Eu – Ela fez uma pausa. - Seria a pior esposa que você poderia ter, eu não vou obedecer você e vou fazer você tomar raiva de mim. Eu não vou me casar para agradar você, nem a ninguém! Não vou ser a esposa perfeita e nem a boazinha. Você pode escrever isso, se você casar comigo, vou fazer isso, ser a pior pessoa do mundo. Ele pareceu entender e viu ela caminhar de forma inquietante, como se nem ela soubesse mesmo o que falar. Os argumentos mais plausíveis ela já havia pensado e até dito, a de não amar ele e nem gostar, de achar aquilo um absurdo sem fim. Agora ela partia para ignorância, se fazer ele ver que ela seria r**m pra ele. Mas ela não estava indo por um caminho r**m. Dominik estava passando pela vontade da família em se casar com ela, mesmo o negócio sendo bom e ele fechando acordos com mais facilidades, era arriscado colocar ela na família e tão próximo dele, a maioria achava que uma estranha poderia tirar a paz de Dominik e até fazer a vida dele um inferno, como Charlote falava que iria fazer, para a família de Dominik, ele teria se casado com alguém que ele pudesse controlar e já conhecida, não uma estranha de 21 anos de idade, filha de político e que não havia vivido nada da vida direito. - Certo, então vai me fazer infeliz porque vai ser uma má esposa, isso? - Ela encarou ele, com os olhos azuis fixos nela. Parecia até um absurdo tentar convencer alguém a não ficar com ela por aquele motivo, sendo que ela poderia ser de boa e tranquila, mas a questão era o casamento, ela não queria se casar com aquele homem, não importava se ele parecia um gala ou falava como um, que era um homem rico ou de negócios. Ela não amava ele, aí sentia nada além de uma aflição toda vez que pensava em se casar. - Sim, isso mesmo. - Certo, tudo bem, eu gosto de mulheres malvadas comigo – Charlote abriu e fechou a boca. - Charlote, esse não é um motivo plausivel para mim. Sinto muito. O que era um peido pra quem já estava todo cagado, Dominik poderia lidar com o argumento dela naquele momento e depois. - Por favor, desfaça esse casamento, eu vou ser infeliz e você também, você consegue alguém melhor que eu – Dominik se aproximou da árvore e se encostou, colocando as mãos no bolso casaco escuro. Pensando no que ela falava. Infelicidade tinha solução. Para quem não tinha dinheiro era apenas dar dinheiro. Pra uma doença era só achar a cura. Para um casamento r**m era só arrumar o problema. No caso dele era noa gostar dele, ele poderia fazer isso mudar. - Seu erro estar em pensar que eu quero alguém melhor que você – Dominik viu ela se aproximar e parar na frente dele e encarar ele. - Ontem, o que fazia querendo beijar um estranho? Deixa eu adivinhar, tentar se aventurar antes? - Eu iria – Charlote parou de falar, mas foi o suficiente para Dominik entender o que ela iria dizer se irritou e se mexeu, não era bem algo certo dela fazer, se aproximou dela e tirou as mãos do bolso, erguendo elas e pegando o rosto dela entre suas mãos. Sentiu a pele macia e suave, sentiu uma sensação maravilhosa, como se estivesse pegando em algo precioso. Ele tinha sua gama nela, tinha seu desejo e até o gostar dela e do jeito que ela o enfrentava sem dizer nada. - Acha que por revolta, eu iria fazer errado em se entregar para o primeiro que visse? - Ele encara os olhos castanhos dela, surpreso por ela sustentar a atitude dela. - Olha bem para mim e escute o que eu vou falar agora para você, escute bem Charlote – Houve um suspiro fundo dele. - Você deve se manter tranquila para mim, você entendeu? - A voz pesada e grave a fez tentar se afastar e ele a segurou. - Não faça isso com você mesma, garanto que a sua primeira vez deve ser boa ou se não você esta fardada para o resto da sua vida, quer isso? - O que?! Eu não sou... Você foi i****a e totalmente indelicado agora, quem você pensa que é? - Seu noivo, acho que podemos pular o tabu. - Eu não vou pra cama com você, se fizer isso eu - Ela balançou a cabeça em negativa, com raiva do que passou pela cabeça dela. - Charlote. - Eu não preciso de alguém me falando o que fazer, Dominik Barette – A respiração dela começou a ficar acelerada e o nervosismo e o pânico de sentir a mão dele em seu rosto apareceu. - Me solta – Ela ergueu a mão e tentou afastar as mãos grandes do seu rosto. - Dominik, tira suas mãos de mim antes que eu grite tão alto, mas tão alto, que você vai ver a polícia da China aqui! Ele ficou firme, encarando ela olho a olho, sem perder a pose firme e sem deixar passar que ele tinha medo dela ou do que ela poderia fazer. - Eu posso tirar, mas logo elas vão tocar você e você vai gostar, vai gostar do que vamos fazer, você vai gostar de mim quando acontecer, você vai querer e quando terminarmos, você vai falar que se apaixonou por mim – O deboche e depois a risada ironica. - Sua pele e macia e delicada demais para eu me afastar, eu escolhi você e você vai ser minha, seja aqui ou no inferno – Os olhos verdes escuros ficaram intensos e ela respirou fundo segurado a aflição dentro dela, ele a soltou e se afastou. - Não é minha intenção ser rude, fui rude com a senhorita? - Você não vai me ter, nem nos seus sonhos, Dominik! - Gritou e ela deu um passo de distancia dele. - Ninguém vai me tocar sem eu querer. O homem sorriu e deu um suspiro. - E ai que você entra, você vai querer isso Charlote, como nunca quis nada – Ele se moveu, movendo sua mão para o bolso do casaco e depois retirando a caixa aveludada e se aproximando de novo. - Se afasta – Ele parou diante dela, não muito perto, mas o suficiente para erguer a caixa até ela e abrir, revelando o anel de brilhantes, que em contrastes com a luz, brilhava ainda mais. - Eu não preciso disso! Esse casamento não vai acontecer. - Mas vai usar, isso não é um pedido – A voz foi dura. - Você é minha. - Eu não vou usar coleira como um animal. - Charlote vai mesmo me fazer infeliz? – Ele fechou a caixa, não era o momento. - Ótimo, quer joga? Eu sei jogar o seu jogo, mas garanto que vou ganhar você pelo cansaço, certo? - O que quer dizer com isso? -Eu já disse, você é minha e vai ser minha, não adianta fugir ou tentar nada, eu vou ter você do meu lado, logo você vai carregar meu sobrenome e vai ficar comigo – Charlote sentiu o aperto no peito e viu que ele não brincava. - Minha, apenas minha. Charlote se virou rápida e quando tentou caminha, sentiu a mão no seu braço que a puxou rápida, como na noite anterior, a puxada fez ela se virar e ir de encontro com Dominik, que levou sua outra mão para a mandíbula dela e depois segurou firme, encarando os olhos castanhos e a boca. - Você está passando dos limites! - Eu não tenho limites – Ele abriu a caixa e tirou o anel. - Vai colocar isso em você – Ele apertou a mão dela entre as suas e o anel deslizou pelo dedo. - Eu vou jogar isso no lixo e você vai perder seu anel e seu dinheiro. - E seu, mas se eu não ver ele em você da próxima vez, eu não vou ser legal com você - Quando beijou Charlote, roubando aquele beijo, ele realmente mostrou que ele não tinha limites pra ter ela, mesmo com a resistência dela ele conseguiu a beijar, beijar profundamente, sentindo o gosto dela e o modo que a boca dela reagia em defesa, tentando se afastar, quando ela conseguiu, ele a soltou e se deu por satisfeito. - Eu vou matar você! - Vai mesmo, eu sei disso, agora vai para casa e se comporte, seja uma boa garota – Ele se afastou de uma vez dela. - Não faça algo e******o. - Já esta sendo algo e******o tudo isso – Ela deu as costas e voltou pelo mesmo caminho por onde chegou, atordoada e desolada, agoniada e completamente desesperada. Ele não se importava em ser infeliz ao lado dela. Era quase uma obsessão. Ou Charlote iria amar ele ou odiar. Nenhum dos dois seria pouco.
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