Tia Sakura!

3181 Words
Já em casa a pequena Sarada foi fazer sua atividade de casa, Sasuke foi para a cozinha fazer o almoço. Vira e mexe e dessa vez ele só se queimou duas vezes, já era um grande avanço em suas questões alimentícias. Sarada já estava vendo TV quando o almoço queimou. Isso mesmo, queimou, porque Sasuke estava distraído olhando uma mulher passar pela janela. Ele fez aquela típica cara de b***a e pegou sua carteira. - Sara querida, vamos almoçar fora hoje. – ele anunciou terminando de pôr uma camisa e saindo pela sala. - Queimou o almoço de novo papai? – ela perguntou já sabendo a resposta, mas adorava ver a carinha que o pai fazia quando isso acontecia. Sasuke assentiu e a pequena pegou sua boneca para poderem sair. Foram até a garagem para pegar o carro e irem até uma lanchonete que ficava um pouco longe dali, mas Sarada adorava aquele lugar. No caminho mais Galinha Pintadinha e Xuxa. Mas ele já estava ficando acostumado com aquilo, e não ia ser um elefante incomoda muita gente que iria tirá-lo do sério. Parou num acostamento ali perto e foi tirar Sarada da cadeirinha. Desceram de mãos dadas como de costume e entraram na lanchonete, claro que assim que passaram pela porta Sarada correu para escolherem uma mesa. Sentou na de sempre do lado da vidraça. Sasuke sentou do lado oposto ficando de frente pra ela. Já estavam prontos para fazerem os pedidos quando uma cabeleira rosada entrou no local chamando a atenção deles. - Tia Sakura! – Sarada gritou assim que a viu e saiu correndo para abraça-la, mesmo que a conhecendo apenas um dia, já gostava muito dela. - Olá meu amor. – Sakura respondeu abraçando a menina, que ficou muito contente. - Vem sentar com a gente tia, vem! Senta comigo e com o papai! – ela chamou puxando a mulher, que sorria para ela. Sakura levantou os olhos e observou o homem mais a frente, os belos cabelos negros balançavam mesmo com pouco vento. Era um homem muito bonito, isso ninguém podia negar. Ela se deu por vencida pela menina e a acompanhou até a mesa.   - Posso me sentar aqui? – ela estava sorrindo quando perguntou isso ao pai da menina. - Seria uma honra tê-la aqui com a gente. – ele respondeu de forma cavalheira, ainda estava em forma Uchiha! Ela se sentou ao lado de Sarada, que logo deu espaço para sua querida professora. Pegaram os cardápios para escolherem, Sarada logo já estava apontando para um mega sanduíche, mas é claro que Sasuke não deixou ela comer aquilo. - Duas refeições completas e uma infantil, por favor. – o moreno pediu ao garçom, que logo anotou o pedido e sumiu rumo à cozinha. Sarada estava com a cara grudada na vidraça olhando os carros lá fora e fazendo caretas para as pessoas que passavam, Sakura olhava para Sasuke sem ter muito assunto o que falar, já o Uchiha olhava freneticamente para o relógio tentando parecer normal, mas isso não estava dando muito certo. - Então...- ele quebrou o silencio – Onde você mora? – ele perguntou sem pensar em mais nada, é, você não está em boa forma não Sasuke, eu me enganei. - Aqui perto, meu almoço queimou então resolvi vir aqui, me parece ser um bom local. – ela respondeu simplesmente, olha Sasuke, você não é o único que se distrai e deixa a comida virar torrão. - Queimou o almoço? O mesmo aconteceu comigo hoje cedo. – ele até riu, deve ser muito bom saber que não é o único r**m com arroz aqui. - Você que cozinha? Interessante. - Bem, se eu não cozinhar ninguém mais cozinha naquela casa. - E sua esposa, ela não sabe cozinhar ou trabalha? – chegou na pergunta certa minha cara Haruno. - Ah! Eu não tenho esposa. – ela não sabia se sorria ou se fingir estar normal, mas a resposta parecia ter agradado. - Ela morreu? – a rosada perguntou tentando parecer triste ou algo do tipo. - Não, na verdade eu nunca fui casado, quer dizer, a mãe da Sarada morreu durante o parto, mas ela não era minha esposa, é uma história complicada, qualquer dia eu te conto. – ele estava meio enrolado, não podia falar nada disso com Sarada escutando – Então eu criei Sarada sozinho desde então. - Pai solteiro? Deve ter sido difícil pra você. – difícil? Você não viu nada queridinha, ele sacudiu ela na janela. - Um pouco, mas eu a amo, ela é minha vida. Sakura sorriu, Sarada também sorriu, se tinha uma coisa na vida que Sasuke amava era ter sua pequena com ele, e nada no mundo o faria se separar dela. A comida e os pratos foram servidos de acordo, Sarada atacou logo a comida e começou a devorar como se fosse alguém que acabou de chegar de uma jornada de 40 dias de jejum. - Coma devagar querida. – Sasuke alertou assim que notou a menina – Vai se engasgar. – mas a menina não tava nem aí. Começaram a comer normalmente, pelo menos, Sakura tinha bons modos a mesa, Sasuke era de boa, comia feito qualquer homem, algum homem aqui come com classe? Não né, então deixa o moreno quieto. Mal se falaram enquanto comiam, não se deve falar de boca cheia. Depois que acabaram Sasuke pediu a conta. Sakura já estava abrindo sua bolsa, mas ao perceber Sasuke não gostou nada disso. - Não precisa, eu mesmo pago. – olha ele quis dar mais uma de cavalheiro, está se superando na educação Uchiha. - Eu não quero incomodar. – mulher tem que falar isso, por mais que ela não estava nada a fim de pagar a conta, ela vai falar isso. - Por favor, me deixe pagar. – ele insistiu, claro que ia insistir, ta a fim de impressionar né. - Já que insiste. – é obvio que ela ia se dar por vencida, queridos ela é professora, deve ser até pecado professor para a conta. Ele pagou, não deu muito caro, a rosada não comia muito. Se aprontaram para ir embora, Sakura limpou a boca da pequena Sarada. Sasuke pegou as chaves do carro e quando estavam do lado de fora ele fez a famosa pergunta: - Aceita uma carona? – naturalmente que ele queria ser educado e também estava morrendo de curiosidade de saber onde ela morava. - Não precisa, eu moro aqui perto. – ela não queria incomodar mais, por mais que soubesse que não estava incomodando. - Por favor, sabe que eu vou insistir. - Vamos tia, vamos com a gente! – até a pequena Sarada pediu, assim não tinha como negar, né? - Está bem, vamos. – ela sorriu ao responder, ninguém consegue dizer não a super Sarada. Entraram no carro e Sasuke prendeu Sarada na cadeirinha do banco de trás, Sakura sentou na frente no banco do carona e Sasuke foi para o banco do motorista, deu partida e seguiram pelo caminho que Sakura tinha indicado. No caminho só se ouvia a Sarada cantando um elefante incomoda muita gente, e incomoda mesmo querida, pense como incomoda, e muita tá! - É aqui. – Sakura disse assim que chegaram em frente, o carro parou e as portas destravaram – Obrigada pela carona. – logo depois ela desceu. Era um prédio bonito, não muito chick nem nada do tipo, mas parecia um bom lugar para se morar. - Não foi nada, tenha uma boa tarde. – Sasuke respondeu. - Tchau tia Sakura! – Sarada gritou de dentro do carro enquanto tentava levantar a cabeça com grande dificuldade presa da cadeirinha. - Tchau minha linda, até amanhã. Tchau... Sasuke.   (...) Sarada dormiu no caminho até em casa, como o bom pai que era – até parece – Sasuke trouxe ela para dentro e a colocou na caminha para continuar dormindo, já que ela estava dormindo, não tinha problema parar para assistir um jogo de futebol que estava passando na TV, ele também é filho de Deus, tem direito de descansar meu povo! Tirou a roupa que estava vestindo e vestiu uma calça moletom cinza, pegou algumas cervejas na geladeira e se jogou no sofá para poder dar aquela relaxada básica. Não sabia nem que times eram, mas homem não precisa saber quem ta jogando, o que interessa mesmo é o jogo em si, sendo bom ou r**m, ele vai reclamar do mesmo jeito. Foi aí que o telefone tocou. - Mas será o Benedito mesmo? A pessoa n******e nem sentar que alguém liga! – isso é o Sasuke reclamando pras paredes. Ele levantou e foi pegar o telefone em cima da mesinha que estava encostada na parede, pegou e atendeu, mas como era muito preguiçoso voltou pro sofá com o telefone na mão. - Oi. – tão educado que chega dá gosto. - CADÊ VOCÊ? Quase estoura o tímpano do coitado. - Eu estou na minha casa, relaxando, então se não for importante, desligue. Eu num disse que ele era educado? - Jogar bola no sábado? - Que horas? - Às 8hrs. - Ta certo. E ele desligou, não porque quis, mas porque um dos times marcou um gol e ele pulou e sem querer apertou o botão de desligar, mas como o nosso herói não é educação em pessoa, ele não ligou muito em ligar de volta. Mas depois de algumas horas ele tinha que voltar para o trabalho, porque ele tem um trabalho, não sei como, mas ele tem um trabalho. Tomou banho e se arrumou como fazia todos os dias, pra diminuir o trabalho ele não acordou Sarada, pegou ela com bolsa e tudo e levou pro carro. Criança dormindo, é criança boa. Então deixou ela dormindo até chegarem à casa de Naruto, onde Hinata estava esperando com Boruto no portão. Depois de alguns anos, Naruto tinha se mudado com a família para uma casa própria, chega de condomínios! Agora com uma casa grande, Hinata podia comprar os móveis que ela queria e gritar com o marido na altura que ela quisesse e nenhum vizinho iria escutar os berros dela. Ele entregou o embrulho – vulgo Sarada – e deu meia volta para o carro, antes que Hinata começasse a brigar com ele por qualquer motivo, aliás, não precisa nem de motivo, ele ia reclamar nem que fosse de uma remela no olho. Ele deu partida e fez carreira para o trabalho, não deixou nem rastro de tão ligeiro que ele sumiu. Não tinha mais tanto problema chegar atrasado ou não, já que agora era chefe do departamento de exportações estrangeiras, o que é só um nome bonitinho para o cara que liga pra outro cara em outro país. Quando chegou, estava dez minutos atrasados, o que é claro, atrapalhava o andamento do setor e de vários outros setores, como o setor do cafezinho, o setor das faxineiras e o setor de cosméticos, onde dezenas de solteironas desesperadas esperavam ele passar para poder suspirar e tentar chamar atenção. E depois de ter passado por esses “setores”, ele finalmente chegou até seu escritório, que agora já não era do tamanho de um ovo de codorna, claro, ele era o chefe agora, o patrão, ovos de codornas são para os subordinados, a sala dele agora era do tamanho que ele merecia, era um ovo de avestruz! Cabia tudo o que ele precisava para trabalhar, sim, é só um telefone, um interfone e um computador, tinha também um monte de papéis que era pra ele fingir que estava trabalhando. Sentou e como a pessoa educada que era, colocou os pés na mesa e abriu o cinto pra dar uma relaxada na barriga. - Deve ter encolhido quando mandei pra lavanderia. – é claro que ele não ia admitir que estava ficando gordo, não mesmo, o senhor perfeição aqui? Jamais!   (...)   Sakura estava fazendo um desenho, eu acho que é uma árvore, não espera, é um brócolis, não, é um elefante... Ou será uma girafa? Preciso pegar meus óculos (Ninguém sai, meus óculos, Juliana, você viu meus óculos?) Era uma flor. Estava de pijama, e pelo visto era do tipo que não se importava em andar de pés descalços pela casa, que por sinal precisava de uma mão de tinta nas paredes. Era um lugar bem simples, era o que ela podia pagar, pelo menos. Sakura era jovem, finalmente conseguira realizar seu sonho de se tornar professora de crianças, não podia estar mais feliz. Estava terminando de pintar uma pétala quando o telefone tocou. Se esticando ela conseguiu pegar seu celular em cima da mesinha de cabeceira e o atendeu. - Oi. – ela disse, segurando o celular entre o umbro e a orelha para continuar pintando. - Oi minha filha, está tudo bem aí? - Sim mamãe, tudo ótimo, aconteceu alguma coisa? Esses filhos ingratos de hoje em dia... As mães não podem mais nem ligar que já pensam que alguém morreu ou foi abduzido por ET’s. - Só queria te informar sobre o caso da sua sobrinha, parece que descobriram o agente tutelar que levou ela, estamos procurando por ele, é possível que ele ainda guarda informações sobre os casos daquela época. - Que bom mãe, estamos perto de acha-la. - E quando encontrarmos vou fazer o impossível para traze-la para morar conosco, ela ;e um pedaço da sua irmã que eu quero guardar comigo.   (...)   As horas de trabalho do Uchiha se resumiam em olhar para o relógio e torcer para que batesse 19hrs logo, se existia uma pessoa que gostava do trabalho, esse alguém com certeza não era o Sasuke, não mesmo. Quando finalmente chegou a hora, em menos de um minuto ele já estava na garagem, baixou o The Flash nele. Foi buscar Sarada na casa dos Uzumaki, ou como costumava chamar, na casa do dragão de comôdo versão mulher do amigo. O dragão de como... Quer dizer, Hinata estava com as crianças no jardim, Boruto tinha cismado que tinha um tesouro enterrado no jardim, mas o máximo que eles tinha encontrado era um pedaço de um anão de jardim que o cachorro tinha quebrado. - Vamos filha. – o moreno chamou entrando no jardim da casa. Sarada abraçou ele toda suja de terra, mas ele nem ligou, era normal ela fazer isso, quem tem filho sabe do que eu to falando. Pegou a menina no colo e foi para o carro, ela entrou com terra e tudo, levaria o carro para lavar no outro dia mesmo. No caminho Sarada contou tudo o que fizeram a tarde toda, Sasuke não entendia nem a metade, mas era melhor do que ouvir Galinha Pintadinha. - E tinha uma barata enorme, tia Hinata subiu numa cadeira e ficou gritando! Ela contou até mesmo sobre o grilo que eles acharam no quintal e sobre o lanche que tinha comido, só faltou falar quantas vezes foi no banheiro ou quantas vezes respirou. Quando eles chegaram em casa – depois de Sarada ter contado tudo e ter feito ele parar em uma loja de ursinhos de pelúcia – tudo estava revirado. Para tudo! Passou um furacão dentro de casa? Sasuke ouviu um barulho vindo da cozinha, será os ET’s que vieram busca-lo? O moreno agarrou a primeira coisa que viu – que era uma vassoura que estava detrás da porta da frente – e foi andando que nem um ninja – um ninja que tinha sido expulso no primeiro dia – para a cozinha, quem via tinha vergonha do jeito que ele estava andando. Sarada ficou agarrada na perna dele com medo, não do barulho que estava vindo da cozinha, estava com medo do pai ter um ataque de loucura de novo e querer se vestir de ninja. Agora ele tinha dúvidas se eram mesmo ET’s ou se eram vacas voadoras (??) Ta usando drogas ele, só pode. - Quem está aí? – ele perguntou olhando pra todos os lados que nem retardado, vai ter um enfarte! Até parece que a pessoa iria responder: Sou o papai Noel! Mais um barulho e ele foi direto na cozinha, com o cu na mão de tanto medo que estava, esse cara é maluco! Aí ele acendeu a luz. A cena seguinte foi a de um ladrão vestido de preto entalado na janela da cozinha tentando sair e parecendo um peixe nadando no seco. Nem pra ser assaltado ele servia? O moreno não sabia se ria ou se chamava a policia, mas como o bom cidadão que era, cumpridor de seus deveres e pessoa cumpridora de justiça, ele riu. E o p***e do ladrão ficou lá entalado na janela. Depois de minutos rindo que nem uma hiena reumática, ele resolveu fazer a coisa mais inteligente do mundo, foi soltar o ladrão, mas antes disso resolveu fazer algo mais inteligente ainda, tirou a máscara do cara pra ver quem era. O juízo do Sasuke é nos pés, só pode! - Tailun? – o quê? Ele conhece o ladrão? Olha, dizem que tem pessoas no mundo que são azaradas, mas que nem esse ladrão não tem não, o cara vai assaltar uma casa, fica entalado na janela e ainda por cima a vítima conhecia ele. Depois de alguns segundos olhando o nosso querido ladrão reconheceu o sem juízo do Sasuke. - Sasuke? É você mesmo? Gente, eles se conhecem, que coincidência. - Tailun, estava sumido, onde estava? – ai que pergunta i****a para se fizer a um cara que está entalado na sua janela. - Na cadeia. Ai que legal! Será que ele usava aqueles uniformes listrados e ficava o dia todo quebrando pedras? - Será que dava pra me tirar daqui, tipo assim, se não for muito incômodo? Sim, ele ainda não tinha ajudado o cara a sair da janela, por que? Porque ele é i****a! Mas aí que tirou o cara de lá, que parecia muito grato de ter saído dali e poder respirar direito de novo. Sasuke até convidou ele para comer alguma coisa. Sentara na mesa e Sasuke serviu um café com biscoito, Sarada foi para o quarto com medo de que loucura fosse contagioso. - E você? Trabalha onde? – o querido assaltante perguntou. Pareciam até amiguinhos felizes no campo sentado ali conversando . - Sou  chefe de um departamento numa empresa de vendas. – ele enche a boca pra falar que é chefe de alguma coisa, exibido. – E você? Ele acabou de assaltar a casa dele, e esse i****a pergunta o que ele faz da vida. - A vida não foi muito generosa comigo, mas estou levando. Estou na condicional, mas acabei não resistindo, achei a janela aberta... - Mas isso não estraga a sua condicional? - Só se você me denunciar. - Relaxa cara, somos amigos, eu não vou entregar você. - Valeu mesmo Sasuke. - Que tal um joguinho no sábado? A galera toda vai ta lá. - Seria uma boa. O cara acabou de tentar assaltar a casa dele e ele convida pra jogar bola? Tem certeza que Sasuke tem o juízo perfeito?
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