A constatação final.( Pietro)

1679 Words
" Sou apenas cacos de uma amor que se foi, um vaso precisando de remendos." Por: Pietro. No meu corpo ainda tem o aroma da pele dela. Não consigo esquecer a menina um só instante. Fui um canalha, menti para a piccola. Queria tanto sanar esse desejo que me corroi lentamente feito ferrugem ao metal, fui dissimulado, falei que gostava da garota. Tive Larissa em meus lençóis e fiquei mais desejoso de seu corpo, quando me revelou ser pura de tudo, enlouqueci. _ A minha doce virgem. - falo enquanto coloca as abotoaduras nos punhos da minha camisa. No exato momento que deflorei a menina, senti-me uma fera territorial, marcando seu corpo como uma zona proibida para qualquer outro. No entanto, em meu coração eu sangrava feito um condenado por me sentir traindo a minha querida Pâmela. Piorou essa sensação quando explodi num orgasmo vigoroso, profundo como nunca antes experimentei, nem mesmo com minha esposa. Essa constatação me fez ter raiva da caipira, ela vinha bagunçando minha vida, tirando tudo fora do lugar. Eu esperava um sexo comum, onde eu teria o meu prazer momentâneo sem grandes esmorecimentos. Olho-me no espelho. _ Pronto para o jantar de negócios. - falo para meu reflexo no espelho. Esborrifo um pouco do meu perfume e deixo o quarto, bato na porta do aposento dos meus pais. _ Entre. - Ouço a voz da minha mãe. Giro a maçaneta e coloco a cabeça para dentro. _ Como está o senhor pai?- pergunto, vendo meu velho sentado na cama, bebendo um copo de suco. _ Sto bene, figlio mio.- diz com seus olhos escuros fixos em mim. _ Estou indo para a reunião com o proprietário daquela fazenda no Pantanal, talvez eu consiga fechar a compra essa noite. Ele está irredutível quanto ao valor. _ Não me perca aquele fazenda, ragazzo. Precisamos dela para lavar o dinheiro dos nossos negócios da Itália. - diz baixo. _ Não se preocupe papà, quelle terre sono nostre.- falo de pé, lanço um olhar para minha mãe. _ É assim que se fala, fligio.- Gerardo diz dando um sorriso largo. Olho para meu relógio de pulso e verifico as horas. _ Tenho que ir, o piloto deve estar me aguardando no heliporto . _ Vá, vá, não perca tempo.- meu pai diz enquanto arruma seu corpo na cama. _ Cuidado meu filho, sempre alerta ,entendeu Pietro.- minha mãe recomenda enquanto arruma o nó da minha gravata. _ Calmati mamma, tuo figlio è un uomo difficile. E estamos no Brasil e não na Itália.- dou um beijo no topo de sua cabeça. _ Mesmo assim, precaução nunca é demais. _ Ele vai com Antoni, um dos melhores segurança que temos, não precisa ficar aflita minha querida. Olho para meu pai. Faz apenas quatro dias que ele retornou do hospital particular, onde foi submetido a uma cirurgia de revascularização miocárdica. Eu estava contando os dias para que ele se recuperasse e pudesse assumir a Caravaggio, para que eu pudesse retornar para a Itália. Aqui, neste lugar, por muito pouco, não fraquejei e me entreguei aos vícios que me acolheram no momento em que a dor foi insuportável. _ Buona notte!- desejo aos dois antes de deixar-los. No exterior da mansão, sigo de carro até onde o helicóptero está pousado. Embarco na aeronave e, assim que estamos a uma altitude considerável, meu olhar é atraído para a casa simples onde a menina mora. Meu corpo esquenta. Faz cinco dias que a tomei para mim. Depois daquela manhã, não mantive nenhum contato com a ragazza. Achei que o desejo seria extinto depois de provar do seu corpo. No entanto, me enganei. Fico aceso só de pensar nela, no gosto da sua pele, da sua saliva, do seu sangue, das suas lágrimas e dos seus fluidos. Portanto, estou decidido a procurar por outras, a arrancar a caipira da minha cabeça. E, esse dia será hoje! Uma hora e cinquenta minutos depois, estou pousando no heliporto do hotel onde Gumercindo, o proprietário da fazenda que pretendo adquirir, está hospedado. Desembarco e sou recebido pelo gerente do local, que não consegue se aproximar porque Antoni o impede. Depois de revistado, o homem enfim consegue se apresentar formalmente e nos guia para dentro do edifício. Adentramos num elevador privativo que nos deixa no salão do restaurante, onde o senhor corpulento nos espera ao lado de uma bela ruiva de olhos castanhos. Me aproximo da mesa do casal. _ Gumercindo Avilar?- pergunto austero. _ Sim! - o homem levanta da mesa e me direciona um olhar curioso. _ Pietro Grecco Caccini, meu pai andou negociando a fazenda Amolar com senhor.- refresco a memória do senhor que me olha com desdém. _ Pensei que o próprio Gerardo, viria pessoalmente tratar comigo e não que mandaria o filho! _ Essa também era a sua vontade, infelizmente teve que declinar, ele passou recentemente por uma cirurgia delicada e está convalecendo.- falo querendo retalhar a língua desse velho babão. _ Que seja, já estou aqui não é mesmo! Sente-se minha esposa e eu ainda não pedimos os pratos, podemos negociar enquanto negociamos.- ele diz olhando para a mulher que certamente é bem mais nova que ele. Sento na cadeira disponível, de frente para o casal. Finjo não perceber que a mulher está afetada com a minha presença. Seu decote quase não esconde os s***s generosos. _ Seu pai está de acordo com o valor que pedi?- pergunta fazendo sinal para o garçom que se aproxima, olho o cardápio e opto por típico prato italiano Spaghetti a Carbonara. _ Anote os pedidos meu rapaz e não demora com a comida que a minha mulher está faminta né minha franguinha-d'gua.- o homem diz para a ruiva que fica pálida que nem o os esmaltes de suas unhas exageradamente longas. _ Gumercindo! Já falei que detesto esses apelidos horrendos que você coloca em mim!- a mulher fala, fazendo cara feia para o marido. Cansado de perder tempo, faço meu pedido. Depois que os dois resolveram sua desavença, ambos pediram suas refeições. _ Meu pai tem uma oferta para o senhor, cento e setenta e seis milhões e nenhum centavo a mais.- falo, olhando nos olhos do homem. _ Está maluco, eu acertei duzentos milhões e nenhum número a menos. Vocês italianos acham que nós somos um bando de asnos.- diz, balançando a cabeça em negação Fiz uma pausa, analisando o homem calvo e com sobrepeso, atolado em dívidas e prestes a falir. _ Acho que é uma quantia considerável. Vamos considerar que sua situação financeira não está muito bem, inclusive o ITR, um tributo federal que é cobrado anualmente não está sendo pago.- falo calmo sem tirar os olhos do homem que perde a cor sadia do rosto conforme vou expondo sua situação desastrosa. _ É verdade o que esse homem está dizendo Gumercindo? Estamos falidos?- a mulher pergunta com a voz esganiçada. _ Claro que não Carla, ele está confundindo tudo, meu amor. O senhor me olha de esguelha. Nossos pratos chegam e só o cheiro da massa muito m*l preparada me deixa nauseado. " Bando de incompetentes, não conseguem preparar um espaguete decente!"- falo mentalmente, empurrando de leve o prato. _ Olha vou aceitar a oferta do seu pai. Mas que fique claro que faço isso porque não quero ficar mofando esperando aparecer outro interessado, quero me ver livre dessa perturbação. - diz sem dignar-se a me olhar. _ Amanhã no primeiro horário, meu advogado procurará o senhor aqui neste hotel. Antes ele irá te ligar, avisando sobre todos os pormenores. O homem coça a cabeça, ele não esperava que nós fossemos investigar a sua vida pregressa. _ Certo, bom se me derem licença, tenho um compromisso inadiável. - falo erguendo-me do assento. Saio do local e sigo para a saída do hotel, onde um carro de aluguel me espera. Embarco junto com Antoni. Nos dirigimos para um prostíbulo sofisticado que tem na cidade, quando chego, Antoni me espera do lado de fora. Escolho duas meninas, as duas com as características da Pâmela. As loiras exibem seus corpos perfeitos. Lambo e chupo o peito de uma das loiras e estranho a prótese dura, siliconada. Pâmela também usava e isso não me incomodava, por que raios estou estranhando agora? Sou despido por uma das garotas enquanto a outra beija a minha boca. Não sinto gosto de nada. Desvio meu rosto, travando meus punhos. " Os beijos não tem gosto, c****e!" Meu c****e é instigado, a excitação morna vem devagar rastejante. Sinto meu p*u ser abocanhado, fecho meus olhos e sinto o cheiro dela, aroma de morango. Abro os olhos nervoso, puxo meu p*u da boca da loira e coloco um preservativo. Pego a mulher pelos cabelos, coloco ela de quatro e meto em sua b****a, sem preliminares a garota urra, soco sem piedade, querendo expurgar a imagem de Larissa arfando a cada estocada que eu dava em seu inteiror. Firmo meu aperto na cabeleira tingida, arremoço meu quadril desesperado, buscando colocar por terra que somente com a menina roceira tive um orgasmo visceral. " São só bucetas, todas iguais, não tem diferença!" - o pensamento me chicotei enquanto escuto os chiados da mulher. Meu orgasmo chega, como todos os outros que tive antes de Larissa. Levanto trêmulo pela constatação que a p***a da garota ferrou comigo. Cato as minhas roupas pelo chão, estou completamente furioso. _ Agora é a minha vez, bonitão. Fiquei molhada vendo você comer a Jaqueline - a mulher diz, se aproximando faceira. _ Se afasta! - dou um berro que a menina se encolhe. Começo a me vestir apressado, doido para cair fora do lugar. Pago pelos serviços prestados e sigo a passos céleres para fora. _ O que houve, chefe? Está parecendo que quer matar alguém. - Antoni diz quando entro dentro do carro. _ Parece não, meu caro. Estou por um triz de fazer isso. - falo rascante. _ Para onde, senhor? - o motorista pergunta. _ Para o Hotel Royalle. Quero ir para casa. - falo com meus pensamentos voltados para a garota de olhos verdes.
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