Quando cheguei no lugar que a namorado do meu irmão iria tocar, eu soube que eu não era tão bem-vindo ali, a guria devia me odiar f**o, vejam, no lugar dela eu faria o mesmo depois de um certo Natal. Eu buscava agora ficar tranquilo com ela, meu irmão idolatrava ela e ela fazia o mesmo.
Então pra ter um pouco mais de a******a com ele, eu no mínimo deveria ficar calado e não fazer nada de r**m. Nada mesmo, nem espirrar perto dela. Parecia a coisa mais sensata se tratando da mulher dele.
- Aqui parece bom - Era um lugar mais aberto, do tipo bom pra sentar, beber algo e assistir um show ao vivo.
- Logo ela vai começar, estou empolgado - Meu irmão parecia uma criança que tinha acabado de ganhar doce.
Mas eu entendia, vejam, a menina ao lado dele nem olha pra mim, quem dera ela apenas ficasse de boa hoje, aceitasse meus cumprimentos.
Fosse um Alex pra mim, que gostaria tanto de estar comigo.
- Ali, nossa mesa - Vamos direto pra uma mesa no canto, perto do palco, a menina está sobre ele, arrumando as cordas de um violão.
Me sentei e encarei a Sam.
- Eu vou falar com ela, vão pedindo algo pra comer e beber - Meu irmão me olhou. - Nada de bebida.
- Eu trabalhei e tenho dinheiro, além disso não estou dirigindo, então sim, teremos bebidas para James, no caso eu - Até vi um olhar descrente, mas ele saiu sem falar.
Era bom, sabendo que nós últimos tempos meu irmão estava até me dando alguns votos de confiança, não era aquela coisa " nosssaaaa ele confia em você, era mais uma coisa de, ele sabe que você vai pensar duas vezes antes de fazer m***a".
Era verdade. Verdade pura.
Essa coisa do acidente dele e minha total ausência me fez ver o tipo de i****a que eu fui, mas que não precisava ser.
Precisava ter vínculo com meu irmão e até minha mãe, conhecer e me aproximar deles de novo, isso me incentivava a não fazer besteira.
Acho que ambos já haviam percebido isso.
- O que quer beber? - Olho pra Sam, que ergue o olhar e me encara. Tão bonita e tão calma.
- Um refrigerante.
- Só?
- Batata é bom.
- Certo - Acabei pedindo uma batata grande e um refri, acompanhado de uma cerveja. Quando chegou eu até degustei mais devagar o primeiro copo, suspirando fundo e sentindo o gelado descer. - Isso é ótimo.
- Pensei que havia parado.
- Isso é uma coisa que eu gosto, difícil eu parar assim por nada.
Sorri e me inclinei para frente.
- O que foi?
- Você me chama pra sair e não me elogia, eu por outro lado - Entro em uma onda e ela continua parada me olhando. - Sabe Sam, eu nunca conheci uma menina tão determinada.
- O que quer dizer?
Vejam, aqui é onde eu entro com duas cartas.
- Na vida, no que você faz e como você acha - Suspiro fundo. - Como também em ser determinada a nunca querer nada comigo. Isso dói, isso machuca e fere meus sentidos, profundamente garota, de uma forma que eu não sei o que fazer, em seis meses você nem caiu em tentação.
Ela ficou me olhando e do nada se inclinou para frente, me olhando e fazendo algo que eu não esperava dela.
Soltando uma risada.
Bem na minha cara, sem nenhum pingo de piedade ou consideração pela minha pessoa, fria e calculista... Ok, talvez eu esteja exagerando, mas ela está rindo de mim.
- Olha, vou ser sincera com você, você é bonito, tem personalidade, defeitos e tudo mais. Mas o que acontece James, eu não vou dar chance pra você.
- Por que?
Ok, a pergunta deve ter saído com tanta indignação, mas tanta, que eu nem sei como eu não pego a minha dignidade e troco de mesa.
- Porque você tem apenas um tempo aqui, depois você vai embora, eu não vou me apaixonar por alguém e depois ver ele indo embora, não vou mesmo!
Então tudo faz sentido, tanto sentido que eu suspirei fundo, me inclinando para trás e encarando ela.
Samantha era inteligente.
Acho que já havia comentado sobre.
Agora vejo que ela é visionária.
Não havia pesado dessa forma, visualizado o lado dela.
- Você poderia ter falado isso antes - Comento.
Verdade, ela poderia ter falado antes, evitaria minha falta de senso e observação.
Começava a me sentir ingênuo e burro.
- Pensei que era óbvio pra você, a gente trocou um ou dois beijos, mas foi só isso.
- Era pra ter sido mais.
- Olha James, eu sei que você está se esforçando pra dar certo na fazenda, com Alex e até com a dona Sarah, parabéns por isso, mas sou realista. Daqui um ano você vai pro seu canto ou sei lá onde, eu não quero estar apaixonada ou gostando de você.
- Então poderíamos pelo menos...
- Não...
- Só as vezes, o...
- Não, a resposta é não. Gosto de controlar as coisas.
- Puxou isso dos seus pais? - Mordo a ponta da língua quando as palavras saem.
- Meus pais não estão mais comigo desde que completei seis anos - Era verdade. - Mas tive meu tio que me ensinou.
- Olha - Não dava nem tempo de me redimir mais, parecia que se eu tentasse eu iria falar m***a demais, então preferi opinar pela forma universal de resolver problemas com uma mulher. - Me desculpa, eu fui um i****a.
Vejam, isso é quase uma tacada de mestre, quase.
- Tudo bem.
- De verdade, eu não queria isso, me sinto e******o.
Agora sim, um pouco de sinceridade, mas culpa.
Jogada perfeita.
Mulheres tem uns gancho, basta saber qual puxar.
- Tá legal.
- Só mais uma coisa - Ela me encara, pega o refrigerante e bebe um pouco, a boca dela fica tão macia depois, parece gostosa e suculenta, daquelas que eu iria beijar a noite toda até não aguentar mais.
Inferno, vou ficar com ela na cabeça até quando?
Pelos céus, as coisas estavam complicadas assim.
- Diga - Balanço a cabeça com a imagem dela me beijando. - James?!
Meu irmão se senta e eu fica quieto, mas de lado vejo Sam me olhando, quase me admirando.
Precisava daquela menina.
A música começa e encaro o palco, uma música que me faz relaxar e beber tranquilamente.
AVISO - Mais um capítulo fresquinho pra vocês (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham do livro e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo fantástico. Att, Amanda Oliveira, amo-te. Beijinhos. Hehehehe até