Eu estava conversando com Francis, ela não estava muito bem naquela altura da noite e a música já estava estourando meus ouvidos, Louise estava no meio da sala dançando com outras garotas e mais dois caras. Havia agora umas dez pessoas ali ainda, eu estava no meio. Queria minha cama mais que tudo, a bebida ajudava relaxar, mas cobrava isso aos poucos.
- O problema dos caras e que eles tem algo que a gente quer - Eu bebo mais um pouco de batida, mas estou com um pedaço de bolo na mão, para não beber de barriga vazia, já passava das duas manhã e pela primeira vez eu não tinha vontade de ir embora,mesmo querendo imensurávelmente minha doce cama.
- Não Francis, o problema dos caras é achar que precisamos dele.
- Mas a gente precisa, caramba!
- Mas eles também precisam da gente, Francis - Suspiro fundo e ergo meu olhar, encarando do outro lado da sala Riller, com a cabeça no colo da ruiva.
Comer bolo e beber, vendo ele beijar a ruiva.
Era até decadente. Lembrando do que ele me disse.
Mentiroso de m***a.
- Você tem garra, Analu, se o cara fazer isso - Ela estala os dedos. - Pedir com jeitinho, eu dou. Você é virgem ainda, mas é tão mais firme, o dia que você conhecer o que significa s**o vai entender o meu ponto fraco, vai por mim!
- Você dorme com alguém só por s**o? Sem relação nenhuma? - Pergunto.
- Sim, você não pensa em fazer isso? - Balanço a cabeça e encaro ela. - Você quer casar primeiro? - Balanço a cabeça em afirmativa. - Sério?
- Pelo menos namorar. Minha mãe foi a primeira do meu pai, acredito que tem um cara certo pra isso.
- Então você também nunca - Ela abre a boca e faz um gesto. - Ninguém nunca te tocou? - Por um segundo fico em silêncio e a onda de vergonha me pega. - NÃO PODE SER! - Francis quase grita e eu puxo o braço dela rindo.
- Para, não pode gritar isso.
- Você era nova? A primeira vez que me tocaram eu estava na escola, foi assim com você também? - Balanço a cabeça.
- Não! Não foi na escola, foi recente.
- Na faculdade?
- O que foi na faculdade? - Louise coloca seu braço nos meus ombros e sorri.
Agora que eu morro.
Ela não estava dançando? Pelos céus!
- Ela tá me contando que alguém a - Ela faz de novo o gesto. - Foi recente.
- Você...
- Não! Digo - Eu fecho os olhos com força. - Isso é vergonhoso!
- Não é não, eu já recebi e até Louise, até mais que isso - As duas riem. - Conta como foi.
- Foi o que gente? Foi - Eu paro de falar e gaguejo. - Não sei o que falar.
- Você gozou? - Francis ri alto, Louise me encara. - Pela sua cara o cara soube fazer direitinho.
- Para, daqui a pouco vou me enfiar dentro desse chão - Falo, sentindo o rosto queimar agora.
- Isso é normal amiga, a minha primeira vez foi maravilhosa - Louise fala baixo. - Era um namoradinho da escola, ele era incrível.
- Vocês falam isso nessa naturalidade? - Eu me mexo na cadeira. - Esquece, chega desse assunto, por favor, estou ficando...
- Esta roxa, agora vem as duas, vamos jogar -Louise puxa eu e Francis, até se chegamos na sala e nos sentamos no sofá. - Falta mais alguém, pessoal?
Todos balançam a cabeça e eu seguro meu copo encolhida no meu canto. Essa coisa de jogos em festas assim estava sempre me pegando de surpresa e eu não esperava muita coisa boa não, mas ficava na minha por Louise.
Além disso o que pode acontecer de r**m?
Se a gente pensar já havia acontecido algo de r**m.
Vamos admitir, não é mesmo?
- O que Louise vai - Ela coloca a garrafa no chão e eu entro em choque.
Mais o que os jovens tinha com esse jogo?
Não podia ser dados ou baralho? Pega vareta ou c***a cega?
Que imoralidade.
- Jogo da garrafa, vamos nessa Ana, só tem três caras, nem vai fazer cócegas na gente - Por um segundo eu penso em Riller e eu nem me dou ao trabalho de olhar para ele. - José é gay, relaxa.
- Bem, regras básicas e ou a verdade ou desafio, prontos? - Louise abaixa a música e se aproxima do cento, colocando a garrafa no chão e girando.
O jogo começa.
Depois de algumas rodadas para em Louise e ela pede desafio e vejo a mesma virar dois shorts de batidas e eu fico olhando chocada.
Nem a p*u eu escolheria desafio.
Assim que Francis se levantou ela rodou a garrafa e quase caiu em mim e de outra garota no sofá, mas a garrafa parou bem na minha direção.
- Verdade ou desafio, Analu? - Ela sorriu, puxando Louise para seu lado e se apoiando nela.
- Verdade - Falei convicta, mas incerta ou sabendo da cara das duas aprontando algo.
- Como foi a primeira vez que um cara te chupou? - Ela e Louise caíram na risada, enquanto eu fiquei parada, com o rosto tomado de vergonha. - Precisamos saber, amiga!
- Pelo amor - Sussurrei.
Eu fiquei parada, nem olhei para o lado, no canto da sala, apenas suspirei fundo e encarei as duas.
Pegando uma almofada e acertando as duas, antes de pensar se eu matava as duas ou ignorava aquilo.
Vai, não mostra nervosismo.
Tem que agir naturalmente pra não perceberem nada, pensei no auge da vergonha me tomando com o causador a poucos passos de mim, aquele que tinha uma boca tão... Analu, não ouse terminar essa frase.
- Entre amigos.
- Foi h******l! - Falei alto e escutei as risadas, depois eu só me afundei no sofá, vendo Francis se aproximar e se sentar ao meu lado. - Eu vou m***r você e Louise.
- Desculpa, eu precisava perguntar, foi r**m mesmo? - Balanço a cabeça em negativa, precisava desviar daquele assunto.
O causador estava a metros de distância.
- Vocês desviam parar de beber.
- Você de rodar a garrafa, vai e sua vez, espero que não pare em mim.
- Espero que pare na senhorita sim, aí eu vou desafiar a se amarrar com Louise e se jogarem pela janela - Me inclino e seguro a garrafa e giro. Ela para enquanto eu sigo a ponta, quando eu ergo o olhar eu vejo ela bem no rumo de Riller, que dessa vez tem uma garota ao seu lado, que me olha de cara f**a.
Mas dessa vez Riller não sorri e m*l me encara, apenas fica parado.
Alguém não estava tão bem humorado mais.
- Vamos amiga, desafia ele - Louise atiça.
- Verdade ou desafio?
- Desafio - Ele fala sucinto e vejo Louise da um dos seus gritos pela escolha dele.
- Bem - Eu escuto os comentários e fico sem saber o que fazer.
- Não temos a noite toda, garotinha - Suspiro fundo, vendo a ruiva ao seu lado e reviro os olhos.
- Te desafio - Minha cabeça gira com as possibilidades e quando eu encaro o som no canto da sala eu só mando. - Cantar uma música?
Eu vejo ele balançar a cabeça.
- Vamos, maninho, ela foi gentil - Louise se aproxima e o puxa, fazendo ele ficar de pé, ali eu noto a altura dele e fico parada, vendo Louise ligar a TV e jogar uma música no YouTube, ele se aproxima dela e fala algo no ouvido dela, que sorri e eu fico parada.
- Se ele cantar m*l, você vai pagar plano de saúde para os nossos ouvidos - Francis fala ao meu lado.
Louise pega a garrafa e entrega para Riller, que fala um palavrão e encara o vídeo que foi jogado na TV.
Eu fico parada, encarando a camisa preta, refletindo que eu nunca havia visto ele de branco ou colorido, apenas preto, as calças escuras e o sapato.
Pare de olhar para ele.
Me remexo no sofá, vendo ele me encarar com os olhos escuros.
Quando a batida começa ele da um suspiro e por um segundo vejo ele sorrir, da forma bonita e até graciosa, mas quando ele abriu a boca, havia o deboche dele e eu entendi o que ele havia escolhido.
- Se prepare, agora - Eu fui me encolhendo no sofá, como se aquilo fosse realmente um aviso pra mim. - Você já deveria saber disso quando atendeu seu telefone - Há uma pausa dele, que encara a tela da TV e depois eu. - Vou descer nessa cidade, você não precisa ser solitária - Fico imóvel. - Eu posso te comer gostoso, eu posso fazer você gritar e gemer - Eu desvio o olhar dele quando eu não consigo manter. - Eu vou fazer com jeito, vou te levar naquele lugar - Eu sinto meu coração dar um salto dentro do peito. - Fazendo sacanagens, no espelho - Sinto a risada ao meu redor, mas eu não consigo rir daquilo, embora há um sorriso nele. - Coisas proibidas, vamos sair dessa boate, me deixe te levar daqui - O pedido pra dar uma volta depois da festa se reproduz dentro da minha cabeça. - Eu vou tirar toda sua roupa, fazer essa calcinha desaparecer, eu vou grudar sua b***a na parede e então vou tirar minha camiseta, levar minhas mãos até o seu cabelo - Eu me mexo. - Enquanto te fodo no espelho...
Do nada eu me levanto, só me esquivando das pessoas e saindo dali, direto para o corredor e parando longe daquilo, mesmo escutando ele cantar de longe.
Eu respiro fundo e fecho meus olhos com força.
E a cena dele sobre mim faz eu ficar confusa demais.
- Ei, o que foi? - Louise se coloca na minha frente e eu tenho vontade de sumir da frente dela. - O que foi isso?
- SoMo na voz de Riller, você pediu pra ele cantar ou foi ele mesmo?
- Vai me dizer que gostou.
- Ele é indecente em cantar aquilo.
- Relaxa, ele ainda foi sutil - Balanço a cabeça me aproximando dela e a abraçando. - O que foi?
- Vou embora, deu por hoje.
- Não pode ir, pensei que iria virar a noite.
- É o suficiente pra mim.
- Fica.
- Você fica, ainda é o seu aniversário.
- Eu vou com você...
- Vou chamar o táxi que nos trouxe, relaxa, cuida de Francis e não deixa ela beber mais.
- Só uma coisa, sua verdade foi verdadeira? - Balanço a cabeça sincera. - Você é h******l pra mentir.
- Nunca precisei, te vejo depois.
- Eu vou ver j**k, ainda hoje.
- Não é perigoso?
- Vou esperar Riller ir, falei que vou com José e Francis, fica tranquila.
- Me liga se precisar - Falando isso eu a aperto, satisfeita pela noite.
Mais com a cabeça Bagunçado pelo indivíduo Riller.
AVISO - Mais um capítulo fresquinho (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo. Att, Amanda Oliveira, amo-te.