Como tinha de consciência, o banho não resolveu muita coisa, mas conseguiu amenizar o nojo que sentia após várias e várias passadas da bucha em cada canto do seu corpo.
Sonjin mandou mensagem falando que a mulher comprou um café, sentou-se e ficou olhando em volta como se esperasse que Ethan aparecesse, mas ao notar que não iria, pagou e saiu graciosamente da mesma maneira que entrou. Aislinn não respondeu e isso com certeza deixou-a preocupada, pois ao silêncio, começou a mandar mensagem atrás de mensagem, não obtendo a atenção que desejava, começou a ligar sem intervalos para que Aislinn pudesse pensar no que faria em relação ao que sentia.
— Como você está? — Sonjin indagou assim que a ligação foi atendida e posta no viva-voz. — Olha, não foi a sua culpa. Ela tem que corta o pênis dele agora.
— Que desperdício de pênis... — Aislinn murmurou encarando o teto fixamente.
— Aislinn, vou ser sincera com você... — Houve uma breve pausa como se ela pensasse se era a coisa certa a se falar naquele momento. — Você que tem de começar a cuidar mais de si mesmo em vez de ficar sempre na frente do computador cuidar das outras cafeterias. Sim, elas te dão muito dinheiro, isso é maravilhoso, mas também acaba com a sua mente. E o que resulta? Você transando com homens em boates afim de esvaziar a mente e esquecer dos problemas que tem com elas.
— Então eu tenho que decretar falecia e deixar somente essa aberta? — Indagou. — Várias pessoas ficarão sem emprego se eu fechar as cafeterias.
— Alguma vez essas pessoas se importaram com você? Alguma vez alguma pessoa no mundo se importou se você estava bem ou que estava fazendo o seu melhor? — Não houve resposta, mas um longo silêncio. — Eu respondo por você. NÃO. Somente a sua avó paterna se preocupava com você, pois a sua mãe te abandonou quando você mais precisava dela por causa de um homem, e agora você está toda depressiva POR CAUSA DE UM HOMEM. Homens tem muitos no mundo e vários deles são idiotas infiéis, tenta colocar isso em sua mente.
— Sabia que eu te odeio? — Resmungou enquanto os olhos marejavam, afinal ela estava certa.
— Também te odeio! — Gargalhou. — Mas pense com cuidado, poderá trabalhar aqui enquanto gerencia a cafeteria e eu cuido somente dos bolos. Você poderá trabalhar em sua própria cafeteria sem se preocupar com outras coisas e se as pessoas ao seu redor ficarão desconfortável. E se tudo der certo, iremos expandir ela, aqui mesmo, comprar as lojas ao lado dela e ir aumentando conforme o seu desejo.
— Pensarei com carinho... — Se viu, por um breve instante, trabalhando lá sem problemas, fazendo amizades e vínculos com as pessoas.
— Me liga se precisar de algo! — A chamada foi desligada deixando Aislinn no silêncio do seu apartamento. Naquele momento ela notou que era extremamente grande para ela e bastante silencioso. Isso começou a lhe incomodar de uma maneira extrema mesmo sendo a primeira vez que notou tal solidão.
Minha vida sempre foi assim? Questionou-se mentalmente. Morar em um apartamento grande demais para uma pessoa, com duas amizades presentes e outras que apareciam de vez enquanto, mas que se importava bastante com ela. Sem família, sem mãe, sem avós, sem um pai que ela nem sabe se está vivo ou morto, pois desde que fugiu não recebeu nenhuma notícia de seu paradeiro. Não tinha um relacionamento fixo, apenas casos de uma noite e quando finalmente apareceu uma pessoa sem sua frente que a fazia deixar de t*****r com qualquer um em boates, ele mentiu e a enganou. Aislinn não o culpava de certa maneira, pois nunca tinha perguntado nada de relacionamentos pra ele, mas sabia que ele iria negar mesmo se perguntasse e isso a deixava frustrada, com ódio dele e de si mesmo por ter criado uma ilusão ridícula de um bom relacionamento, e bastante, bastante triste.
Talvez ela realmente devesse parar de ser tão gananciosa em relação a algo quando ela está lhe fazendo m*l. Ela tinha muito dinheiro graças a elas, era um fato indubitável, mas se ela tivesse parado para pensar melhor anos atrás, a primeira cafeteria obtinha e ainda obtém mais dinheiro do que todas as outras juntas.
Aislinn poderia se arrepender, mas realmente faria o que Sonjin tinha sugerido para ela, era a hora de se cuidar de si mesmo, pois como ela tinha dito, ninguém, ninguém se importa com o bem estar dela e muito menos se importaria se ela morresse por cansaço.
Levantou-se da cama determinada em direção ao seu notebook, e nele, passou durante as horas restantes até as duas da manhã com o seu advogado em Skype. E por mais que ele estivesse relutante sobre o fechamento das cafeterias, conseguiu a ajudar com todos os processos para fechar as demais cafeterias abertas, sem prejudicar os funcionários e sem qualquer tipo de problemas que poderia ocorrer futuramente.
Quando acordou cinco horas mais tarde, o fechamento das cafeterias estava em primeiro lugar de buscas na internet com os mais diversos questionamentos a respeito do motivo e principalmente, porque somente a que se encontrava nos Estados Unidos, em Washington, continuava aberta. Estranhamente, ela sentia um enorme peso saindo de suas costas e com isso, apenas colocou o celular no silencioso, virou-se para o lado e retornou a dormir.
Aproximadamente cinco horas da tarde, Aislinn acordou renovada e com bastante energia. Sentou-se na cama enquanto se espreguiçava e olhava o redor daquele quarto, decidindo que também era hora de mudar para um apartamento em que ela não se sentisse solitária.
Pegou seu celular afim de procurar apartamentos menores e em que ela não se sentiria tão solitária quanto aquele, e se deparou com trinta e duas ligações de Sonjin, cinco mensagens de Sarah, uma mensagem de um completo desconhecido, provavelmente de Ethan. Em seu i********: mais de 700 novos seguidores, dez mensagens em sua caixa. Enfim, seu celular estava em uma completa desordem de mensagens, ligações, seguidores e mais e mais e-mails.
A primeira pessoa que Aislinn procurou responder, foi a sua melhor amiga Sonjin por meio de uma ligação.
— PORQUE NÃO ATENDEU O CELULAR ANTES? — Indagou assim que a chamada foi aceita.
— Celular no silencioso. — Respondeu tranquilamente deitando novamente na cama encarando o teto.
— Aqui na loja está uma bagunça. É clientes novos graças as milhares de notícias na internet e sem contar que tem EMPRENSAS AQUI ESPERANDO OUVIR UMA EXPLICAÇÃO SUA! — Gritou como se isso despertasse alguma emoção em Aislinn.
— Simples, fecha a loja, diz que estará fechado pelo o restante do dia e deixa os repórteres na porta. Problema resolvido. — Na linha o silêncio se instalou profundamente. — Você está me matando mentalmente né?
— Estou! — Respondeu rispidamente. — Seja lá onde você está, se arruma e vem cá resolver essa bagunça que nem me avisou. Sei que eu que dei a ideia, mas eu devia ter sabido antes dela acontecer, não acha?
— Acho que você está chata demais hoje... — Resmungou. — Mas eu estou indo de encontro a cafeteria. — Desligou antes que a sua amiga a respondesse.
Lá foi Aislinn tomar banho, realizar suas necessidades e suas higienes matinais. Vestiu um vestido branco mídi com alguns desenhos de rosas vermelhas em sua extensão. Pegou sua chave e suas bolsas, indo rumo ao problema que ela mesmo havia criado.
Quando estacionou o carro nas proximidades da loja entendeu perfeitamente porque Sonjin se encontrava tão alterada. Em cada canto que se olhava havia pessoas segurando câmeras ou algo que em sua mente era microfone, todos com olhares ansiosos ao redor. Além de uma enorme fila de pessoas para entrar na cafeteria.
Não entendia o motivo de toda aquela comoção, afinal, por mais que tivesse várias filiais isso não significava que a sua cafeteria fosse tão famosa quanto desejasse.
Rapidamente, Aislinn desceu do carro e correu em direção a entrada da cafeteria antes que as pessoas do lado de fora pudessem a reconhecer, ouvindo resmungos das que estavam esperando. Todas as mesas estavam cheias. Pessoas rindo, comendo, brincando e elogiando os bolos e os cafés.
Tudo se encontrava em um completo caos e isso era perceptível pela as expressões dos seus funcionários e como eles reagiram ao ver ela com os olhos arregalados.
— Você veio... — Sarah veio em sua direção com um sorriso aliviado em seus lábios. — Justamente hoje faltou dois funcionários, estamos tentando conter tudo, mas parece que quando mais se tentava, mais o caos aumenta.
— Muito bem. — Entregou a bolsa para ela. — Irei ajudar no que eu puder aqui enquanto o dia não passa! — Prendeu os cabelos em nó. — Aliás... — Interrompeu-a quando ia guarda a bolsa. — Vocês aguentaram bem! — Um sorriso de orelha a orelha surgiu em seus lábios e ela foi guardar a bolsa extremamente animada.
O restante do dia seria bem longo e cansativo, Aislinn sabia disso e por isso não mediu esforços para ajudar a cuidar de tudo, pois no fundo, bem no fundo mesmo, ela sabia e entendia que 99% da culpa era dela e os 1% era de Sonjin por ter colocado a ideia em sua cabeça quando se encontrava em meio a uma crise existencial.
— Amanhã e pelo o resto da semana, folga pra todos... — Aislinn exclamou ofegante enquanto se sentava em um dos sofás. Todos presentes comemoravam.
— Porque você fechou as demais filiais? — Sarah indagou e a Aislinn encarou a Sonjin ao lado dela. — Você que deu a ideia?
— Ah, nem vem brigar comigo. Olhe como ela está mais feliz, mesmo que tenha feito isso hoje. — Defendeu-se rapidamente. — Parece até mais leve como se removesse um peso das costas dela!
— Por isso que metade da culpa desse caos todo é sua. — Aislinn retrucou observando os lábios da amiga se abri e se fechar, mas nada sair dele.
Do lado de fora, foi capaz ouvir um carro parando em frente a loja. Temendo que fosse o Ethan. Aislinn levantou-se do sofá e se escondeu atrás da caixa registradora bem na hora que a porta se abriu e o sino soou por cada canto.
— Vocês estão bem acabados. — A voz de Ethan soou confiante e tranquila como o habitual. — Só de pensar que é tudo por causa da Aislinn... — Gargalhou. — Aliás, cadê ela? Pensei ter o visto o carro dela na porta.
— Eu que estou usando o carro dela, peguei emprestado. — A resposta de Sonjin foi rápida e curta.
— Hm... Queria ver ela... — Murmurou fazendo com o coração dela batesse rapidamente. Um longo suspiro provavelmente dos lábios dele. — Bem, depois eu volto aqui pra ver ela. Obrigado pela a educação! — A porta se abriu e se fechou, em seguida o barulho das cortinas se movendo.
— Ele já foi. — Sonjin disse enquanto Aislinn se levantava e apoiava as mãos no balcão. — Será que ele te viu? — Deu de ombros. — Mesmo sabendo que ele é casado, você ainda tem um certo desejo por ele né? — Concordou suspirando.
— Enfim... — Sorriu forçadamente jogando os cabelos para trás. — Vamos arrumar tudo e irmos embora, pois é oito e meia da noite, e se demoramos mais, vamos sair daqui lá para as meias noites.
Eles foram limpar o chão, as mesas, os copos, pratos, garfos e facas, e o que mais ocupou o tempo deles, a sala onde Sonjin fazia seus bolos.
Em casa, completamente exausta, pela a primeira vez em desde que começou a ajudar na cafeteria. Contemplou diversas mensagens do Ethan perguntando como foi o dia dela, como ela estava e querendo saber se o motivo dela ter fechado as filiais. Pensou seriamente em responder, mas optou em apenas visualizar a mensagem pra mostrar que não desejava falar com ele.
Eu lhe fiz algo que te deixou desconfortável?
Essa foi a resposta que tela obteve ao silêncio que estava dando nele. Uma gargalha soou dos lábios de Aislinn, pois eles haviam se encontrado e conversado tão pouco para ele ter feito algo com ela, mas sim, ela tinha feito, tinha ocultado o fato de ser casado e continuou flertando com ela, além de não ter aparecido em três meses.
Só responde Aislinn, ignorar não vai resolver absolutamente nada.
— Você que pensa que não resolve... — Resmungou e quando pensou em largar o celular e ir dormir, chegou outra mensagem dele.
Aprendi com a vida que o dialogo resolve qualquer tipo de problema, então pelo os anjos, poderia me responder pra eu explicar ou pedir desculpas pela a coisa que eu fiz, mas não sei o que exatamente fiz.
O celular foi bloqueado e posto no silencioso. O dia dela fora bastante cansativo e ela não queria que mais coisas a deixasse cansada. Tendo isso em mente, deitou-se na cama e apagou as luzes, adormecendo em questão de minutos justamente no momento que começou a pensar em como fugir do Ethan.
Em um piscar de olhos, tudo se acalmou após um mês completo. O fluxo de pessoas na cafeteria aumentou por ter ficado em primeiro lugar em pesquisar por mais ou menos uma semana. Os repórteres desistiram de descobrir o motivo por trás do fechamento das lojas, e com isso, Aislinn pode respirar tranquilamente sem ter que se preocupar com eles.
Ethan continuava tentando entrar em contato com ele, por mensagens, ligações e na maioria das vezes aparecia na cafeteria obrigando Aislinn se esconder o mais rápido que podia tendo como cumplice, Sonjin e Sarah para o mandar embora do estabelecimento mesmo que ele insistisse em comer e ficar lá, olhando ao redor esperançoso de a ver.
— Será que ele virá hoje novamente? — Sonjin indagou entrando na sala de descanso no segundo andar com uma caneca com café em suas mãos. Aislinn que estava encarando a janela apenas deu de ombros. — Ele não vai desistir enquanto você não falar com ele.
— Uma hora ele vai se cansar. — Murmurou afastando-se da janela para encarar a sua amiga. — O que foi? Mudou de lado foi?
— Eu?! Jamais! — Saiu rapidamente do cômodo.
Revirando os olhos, Aislinn voltou a terminar de preencher a planilha com o que era necessário comprar para repor o estoque principal que se encontrava em uma porta logo atrás dela.
— Não entre aí n... — Uma voz soou e em seguida a porta foi aberta exatamente no momento em que ela tinha fechado o notebook para ir comprar os itens. Era Ethan, e ele se encontrava com uma expressão bem séria em seu rosto.
— Como soube que eu estava aqui? — Tentou se manter firme, mas sua voz falhou no final quando a porta foi fechada.
— Eu conheço a marca do seu carro... — Murmurou com tranquilidade enquanto colocava as mãos nos bolsos de sua calça social olhando em volta.
E agora? O que eu posso fazer?
Tais perguntas se repetia sem parar na mente de Aislinn mesmo tendo a plena consciência de que não iria conseguir fugir daquele cômodo, daquela situação sem ter que dar uma explicação, e essa explicação era o que ela mais desejava fugir.
Sonjin não o impediu, ou tentou e viu que não iria conseguir, contudo, ela só sabia que estava em uma merda das grandes na presença dele e de suas futuras milhares perguntas.
— Motivo de seu silêncio direcionado a mim? — Indagou e esquecendo completamente que estava em cima de um muro, a raiva misturada com a incredulidade dele perguntar sem ao menos pensar melhor.
— Seu BABACA! — Gritou aproximando-se dele e dando um soco em seu braço. Ele arregalou os olhos colocando a mão no local atingindo. — Você é casado e mesmo assim transou comigo e ficou flertando comigo... — Depositou outro soco nele.
— Não... Espera, como você sabe que eu sou casado? — Os olhos de Aislinn se arregalou e ela começou a bater e chutar ele. — Eu ERA casado, não sou mais... — Exclamou em meio aos risos e defesas dos ataques de Aislinn. — Eu pedi divórcio semanas antes de te conhecer na trilha.
— Não acredito em você... — Afastou-se bruscamente dele.
— Como soube que eu era casado? — Indagou novamente dessa vez mais sério do que antes.
— Sua esposa veio aqui, seu nojento, escroto, babaca... — Olhou pela a janela por um breve instante e no exato momento que o carro da mulher dele estacionou na frente da cafeteria. Estralou a língua não gostando nada da situação em que ela se encontrava. Era a primeira vez que tinha tantos problemas só de se envolver com homem comprometido. — E falar nela, olha ela saindo do carro aí. — Ethan aproximou-se rapidamente da janela de dupla face. Seus olhos se arregalaram como se não esperasse a ver naquele lugar naquele maldito momento.
— Vem comigo! — Segurou os pulsos dela e a puxou para dentro do estoque. Por ser o principal, não era tão grande assim, então duas pessoas tinham que ficar bem próximas por conta do espaço.
— Porque eu tenho que me esconder? — Indagou. — Foi você que pulou a cerca e não eu!
— Já te disse que pedi o divórcio dessa maluca. — Repetiu olhando para ele, e somente naquele momento, ambos perceberam que estavam extremamente próximos. Aislinn tentou se afastar dele, mas bateu as costas na parede.
— Eu não me envolvo com homens casados. — Repetiu novamente fazendo-o revirar os olhos.
— Está vendo alguma aliança aqui? — Indagou erguendo a mão esquerda na frende dela. — Está vendo alguma marca de aliança aqui? Não! — Aislinn revirou os olhos e quando seus lábios se abriram para retrucar, as mãos de Ethan foram postas em seus lábios.
Era possível escutar a mulher, ou ex-mulher de Ethan, ela não sabia exatamente como a definir e muito menos definir aquele momento, conversando com um homem provavelmente algum funcionário ou até mesmo empregados do trabalho secreto de Ethan.
— Em silêncio... — Murmurou tirando suas mãos de seus lábios, olhando fixamente nos olhos castanhos de Aislinn. — Ficou com essa ideia errada de mim todo esse tempo? — Encostou suas testas fazendo o coração de Aislinn bater loucamente, quase saindo de sua caixa torácica.
— Você queria o que? — Retrucou começando a se sentir com raiva. — Apareceu e sumiu por três malditos meses e logo em seguida a merda da sua esposa...
— Ex-esposa. — Corrigiu-a no mesmo instante.
— Não importa! — Revirou os olhos. — Você sumiu por três meses e logo ela apareceu na minha cafeteria sabendo perfeitamente quem eu era.
— Eu sinto muito por ter sumido por esses meses... — Murmurou em um tom baixo e contra a vontade a raiva que antes estava tomando conta de todo o seu corpo, começou a sumir lentamente, restando apenas os batimentos cardíacos acelerados por estarem tão próximos. Aislinn podia sentir o perfume dele e podia ficar ali sentindo-o por muito, mas muito tempo sem se importar com a dor de cabeça que sentiria depois.
Desejava ouvir o que era dito lá fora, mas os batimentos cardíacos impediram que fosse possível e tudo piorou quando o nariz de Ethan encostou nos seus suavemente e seus lábios se aproximaram, mas não se selaram. Seu corpo se estremeceu em um arrepio completamente delicioso.
— Aislinn... — Sua voz rouca soou contra os seus lábios, fazendo-a abrir sua boca esperando um beijo enquanto seus olhos se fechavam ao toque das grandes mãos dele em seu pescoço. — Eu quero muito te beijar... Eu posso? — Completamente intoxicada pelo o perfume, a proximidade, o toque de suas mãos, assentiu.
Sem esperar um segundo, Ethan selou os seus lábios em um beijo completamente necessitado. Ambos ofegaram entre o beijo e o clima esquentou de um instante ao outro.
Seus lábios se moviam na mais perfeita sincronia. Se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitas um ao outro. As mãos de Ethan apertavam e puxavam os cabelos de Aislinn em um gesto possessivo enquanto as mãos dela se mantinham apertando o seu braço. As línguas se tocaram e, novamente, ambos estremeceram.
— Caralho... — Ofegou Ethan descendo suas mãos para a cintura de Aislinn apertando e puxando seu corpo em sua direção, automaticamente, as mãos dela subiram para a sua nuca arranhando-a suavemente.
O clima naquele estoque se encontrava abafado e quente, onde só se era possível as respirações ofegantes de Ethan e Aislinn misturada com arfares causadas por mordidas nos lábios inferiores ou, suavemente, na língua, com direito a apertos ternos e corpos se aproximando em busca de mais contato afim de aumentar o desejo que sentiam e que mantiveram ocultos uns pelo os outros durante quatro anos até o sortudo dia que se encontraram.
— Senhor? — Uma voz seguida de batidas soou na porta fazendo-os se afastarem. Ethan se encontrava completamente ofegante, cabelos bagunçados juntamente com o seu terno feito a medida, lábios avermelhados e meio inchados, testa brilhando graças ao suor que estava começando a aparecer. Aislinn não se encontrava diferente dele. — Sua esposa já foi embora. Conseguimos a convencer, mas creio que ela irá voltar em breve, então temos que ir.
— Hm... Obrigado! — Sua voz soou completamente rouca, fazendo-a engolir o seco, enquanto encarava a porta. Nesse meio segundo, Aislinn se viu admirando o peito subindo e descendo de Ethan, além uma visível ereção em sua calça. Ele a desejava tanto quanto ela o desejava. — Droga... — Resmungou ao olhar entre suas pernas.
— Quer ajuda? — Aislinn indagou ousadamente e ela a encarou surpreso. Sorriu de lado arqueando a sua sobrancelha rapidamente.
— Interessante... — Murmurou olhando-a de cima embaixo enquanto mordia o canto de seus lábios. — Mas, incrivelmente eu passo. — Segurou o rosto dela entre suas mãos. — Diálogo. O diálogo é a base de tudo, tudo mesmo afim de evitar m*l entendimentos exatamente como o que você teve. Um jantar hoje anoite e eu irei explicar tudo, sem ocultar absolutamente nada. Nada mesmo.
— Por... Por que está fazendo isso tudo? — Questionou mesmo sabendo que iria no jantar com ele.
— Porque... Porque eu não quero que você tenha uma imagem errada de mim. — Respondeu-a acariciando suas bochechas. — Jamais tentarei ser outra pessoa em sua frente, esse Ethan que está vendo agora e viu antes, é o meu verdadeiro eu, por isso que desejo explicar tudo pra você.
— Senhor?! — Novamente a voz soou arrancando um longo suspiro do mesmo.
— Já estou indo Cristopher, só mais um minuto. — Voltou a sua atenção a Aislinn assim que fora possível escutar seus passos se afastando da porta. — Você aceita?
— Aceito! — Concordou e um largo sorriso surgiu nos lábios dele.
— Ótimo! — Depositou um longo selar nos lábios dela. — Depois que me desbloquear das redes sociais ou decidir me responder, me envie o seu endereço que eu vou te buscar as oito horas da noite em ponto. Feito? — Concordou novamente. — Boa garota! — Selou os seus lábios e saiu do estoque.
Quase no mesmo segundo Sonjin apareceu na porta com um sorriso bem malicioso em seus lábios. Sim, ela tinha deixado ele subir de proposito para que ambos pudessem se resolverem e a pessoa que tentou o impedir, foi Sarah, contudo, foi contida pela a mulher na primeira tentativa. No fundo, mas não querendo admitir, Aislinn agradeceu a sua amiga.