Voilà.

2025 Words
JOSEPH     Fiquei decepcionado por Catarina ter me dispensado, estou obcecado por essa mulher desde ontem, e quando vi ela na empresa hoje, fiquei apaixonado.     Ela fala muito bem, é educada, tem desenvoltura. Fiquei de boca aberta. Quase no mesmo minuto que me dispensou, peguei o celular e liguei para Natália perguntando se ela queria jantar comigo.     Ela prontamente disse que sim, mas não queria deixar a "cat" na mão mais uma vez, e eu, inocentemente, disse que não me importava com sua presença.  Meu Deus, estou me sentindo um adolescente, ainda mais com essa atitude.     Depois de resolver o que eu precisava na empresa, vou pro hotel me trocar e desço para a academia, depois tomo um banho e me arrumo para a noite.     Chego exatamente no horário combinado, o tal do pontualismo inglês.     Estava conversando sobre qualquer coisa com Natália e magneticamente meu olhar foi atraído para a porta, no exato momento em que Catarina entrou no restaurante.     Me assustei no dia em que esbarrei nela, mesmo descabelada e suada.     E quando bati os olhos nela, percebi que era linda. Ruiva, olhos verdes, com características suaves e marcantes, e o corpo... Bom, ela é brasileira, então é cheia de curvas, ainda mais comparado com as moças que costumo ver. E ainda assim, magra.     Esta noite, Catarina está com um vestido preto que delineia seu corpo inteiro, os cabelos ondulados a deixa mais descontraída, os olhos delineados e o batom vermelho... sexy.     E não vejo a hora de colocar minhas mãos nela.     Vi sua expressão de surpresa quando reparou que eu estava na mesa com Natália. Mas ela logo disfarça isso e abre um sorrisinho, ela se aproxima da mesa e Nat se levanta para abraçá-la. Continuo sentado. - Oi Nat – diz suavemente. Cara, até a voz dela é gostosa de ouvir. - Oi Cat, tudo bem? Já conhece o Joseph? - Tive o prazer de conhecer a “Cat” – enfatizo o apelidinho – durante uma corrida. - Verdade, ele me atropelou – disse Catarina, sorrindo, tenho a impressão de que ela vive sorrindo. - Jo me ligou e perguntou se poderia se juntar aos meus planos de hoje – diz Natália para ela. Sim, eu me aproveitei do interesse que Natália tem por mim para chegar mais perto de Catarina, eu queria vê-la. Hoje. - Ligou é? – disse Catarina levantando as sobrancelhas e me olhando fixamente por alguns segundos.      Em seguida desvia o olhar e pergunta: – O que vocês estão bebendo? - Vinho, quer? - Sim, por favor.     Levanto o olhar para ver se há algum garçom por perto. Uma moça estava olhando fixamente para mim, sinalizei para que ela viesse à mesa e pedi uma taça para Catarina. Quando ela chega com a taça, digo: - Deixa que eu mesmo faço isso, obrigada – e pisco para a moça, que cora instantaneamente.     Olho novamente para Catarina, que estava olhando em nossa direção, e revira os olhos assim que nossos olhares se encontram, e então volta a atenção à conversa que está tendo com Natália.     Jantamos e tivemos uma conversa agradável, Catarina, logo menciona que é vegana, e come macarrão ao molho sugo com manjericão, fiquei confuso, macarrão não vai ovos?     Nat e eu comemos carne e salada.     Catarina não comenta o fato de eu ter aparecido de penetra no jantar delas e conforme Natália bebia mais e mais vinho, as investidas dela sobre mim aumentavam.     Não imagino o que Catarina está pensando sobre isso. É difícil saber o que ela está pensando, ela apenas sorri e é de poucas palavras, deixando o palco liberado para Natália. Mas não quero saber sobre a Natália, quero saber sobre ela. - Ainda são dez horas, o que vocês acham de ir pra balada? - Numa segunda feira a noite? – pergunta Catarina. - Te libero para chegar depois do almoço amanhã, vamos Cat, vamos... - Eu topo – respondo prontamente.     Catarina me encara por um segundo. Depois olha para Nat e diz: - Okay, eu vou, mas você tem que me dar carona de volta para casa depois, me recuso a pegar Uber de madrugada.          Ela realmente vai pegar carona, mas não vai ser com a Natália. - Feito – diz Nat.     Pagamos a conta, Catarina não aceitou que eu pagasse a parte dela, tipo, de jeito nenhum, Nat sim, o que não foi uma surpresa considerando que já havíamos saído para beber antes, mas Catarina foi incisiva, e não deixa de me surpreender com seu jeito, aumentando ainda mais meu interesse.     Combinamos de nos encontrarmos lá, Catarina vai com Natália e eu vou com meu carro, meu não, o que eu aluguei. Quando chego no lugar, a fila está imensa, passo direto e falo meu nome para segurança, que logo nos libera e vamos para área VIP. - O que você vai beber Catarina? – pergunto assim que nos acomodamos numa mesa. - Pode me chamar de Cate, ou Cat, como quiser, eu...– ela diz... Tímida? Por que ela parece tímida do nada?   - Eu vou querer vodka com energético – Natália nos interrompe agarrando meu braço e encostando a cabeça no meu ombro, respiro fundo, eu havia me esquecido dela. Olhos verdes olham para essa cena e parecem consternados. p***a, por que ela tem que ser tão linda? Parece que eu quero voar em cima dela. Mas Catarina logo desvia o olhar e diz: - Vou ao banheiro – e sai. - A Catarina só toma gin – diz Natália. - Vamos pedir então.      até o balcão só para me desvencilhar um pouco de Nat e peço gin para mim e Catarina e vodka para ela, espero para pedir mais quando Catarina chegar.     Mas ela demora uma vida, então decido ir atrás dela assim que deixo o copo de Nat na mão dela. CATARINA     Meu Deus eu estou a fim dele, e claramente, Nat também. O que eu vou fazer? Natália é linda de todas as formas possíveis, loira dos olhos azuis, atlética, parece uma boneca e é minha chefe.     Me olho no espelho enquanto lavo as mãos, a maquiagem está intacta, menos o batom que deve ter saído enquanto nós comíamos, reaplico.     Gosto do que vejo no espelho.     Saio do banheiro e sou envolvida pelo ambiente novamente. Ainda estou estranhando a quantidade de pessoas na balada hoje, eu amo música e adoro me misturar com pessoas, dançar... Resolvo que ao invés de voltar ao camarote, onde os dois estão flertando, e exatamente por saber meu lugar vou para meio da pista dançar um pouco.     Começo a ser embalada pela batida da música, e até troco olhares com outras pessoas, até que sou puxada pelo braço, quando olho, já com cara f**a para o lado, vejo é Joseph. - O que? – Grito. - Estava te procurando – e me entrega uma taça.     Em seguida me olha de cima a baixo, gosto do que vejo em seu olhar e continuo me mexendo, em seguida dou um gole no drink que ele trouxe para mim. É gin, ele acertou em cheio.     Então começamos a dançar juntos, e sorrimos muito um pro outro, é evidente que temos química e quero desesperadamente beijar ele. Mas não sei se estou vendo coisas quando penso que talvez ele queira o mesmo.     Meu olhar desce para sua boca e a minha boca seca. Ao invés de tomar um gole da bebida, lambo o lábio inferior.     Que desperta um olhar quase predatório em Joseph. - p***a Catarina – diz, a voz rouca.     Encaro aqueles olhos verdes, tão parecidos, mas tão diferente dos meus, ele envolve minha cintura, não desviamos o olhar em momento algum, então ele me beija. Devagar, experimentando, como se tivéssemos todo o tempo do mundo.     Fico na ponta dos pés para ter um melhor acesso a ele, e enlaço seu pescoço com o braço livre, se eu estivesse de salto seria bem melhor... Me perco enquanto nos beijamos, até que um pensamento me ocorre: - Cadê a Natália? - Não sei, eu vim atrás de você – seus olhos estão nebulosos, os lábios inchados. - Por quê? - Como assim por quê? Eu vim nesse jantar por sua causa. Ao ouvir isso, meu coração acelera – mais. - Você vai me arranjar problemas com a Nat... - Vamos sair daqui então? Por que não? Olho em seus olhos e falo: - Vamos.     Ele pega minha mão e com a outra, pega o drink, que abandona em uma mesa qualquer. Saímos noite a fora, e m*l senti frio, apenas percebi que estava com frio quando entrei no carro, que está quente. Ele não solta minha mão por nada, e fazemos o trajeto em silêncio, há uma ansiedade m*l contida de ambas as partes.     Chegamos ao quarto de hotel dele, assim que fecha a porta, ele me encosta contra a ela e cola o corpo ao meu, sou envolvida por seu cheiro, que em meio aos corpos, não havia identificado, ele segura meu rosto e acaricia eu lábio interior. Em seguida dá uma mordida ali.     Minhas pernas fraquejam.     E então, me beija, é como se estivesse com fome – não há outro modo de definir isso, suas mão viajam por todo meu corpo. Me pega no colo e meu vestido sobe quando passo as pernas ao redor dele, passo a mão por seus cabelos que são muito macios, não sei como chegamos aqui, mas ele me joga na cama.     Começo a desabotoar sua camisa. Quando me livro dela, passo a mão pelo seu corpo, o tanquinho dele é divino, esculpido. Ele passa do meu pescoço e desce até o decote, a partir daí, perco toda minha razão.       Quando acordo, estou em uma cama mega bagunçada – que não á a minha, olho em volta e vejo Joseph deitado, a visão de suas costas nuas quase me faz salivar, a noite de ontem foi demais.     Mas já acabou, saio da cama em silêncio, não existe a menor possibilidade de Joseph acordar e eu ainda estar aqui. Pego minhas coisas e saio do quarto na ponta dos pés. Na sala visto minha roupa e chamo um Uber.     Assim que chego em casa, fico aliviada que minha mãe foi embora ontem, vou direto pro banho, não vou chegar meio-dia só porque estava na farra, é só dormir mais cedo que recupero esse sono, e provavelmente a Natália só vai chegar as 14h tem de haver um responsável pelo setor presente.     Acabo de comer minha banana com aveia e escovo os dentes, coloco um terninho preto e uma blusa com gola laço, scarpin e voilà, prontíssima.     Pego minha nécessaire de maquiagem e taco na bolsa, ainda estou com a pulseira de ontem e os brincos estão na minha bolsinha de balada, pego um qualquer em meu porta-joias e vou pro trabalho.     Engraçado. Estou feliz, faz tempo que eu não fico com ninguém. E minha felicidade não se resume a ter dormido com Joseph, me sinto mais livre. Fiz algo que meus pais não aprovariam e isso causa uma euforia inexplicável em mim.     É bom para mim sair da asa, já faz dois anos que estou aqui e nada mudou para mim, não saio para conhecer gente nova, e m*l fiz amizade no trabalho. E do nada, Joseph aparece e cria uma reviravolta.     Não espero que isso seja algo a mais do que é, de forma alguma, ele é filho do dono da Murphy, vai herdar tudo isso. Não entendo o interesse dele em mim, e não vou questionar.     Imagino que nem vá querer olhar em minha cara hoje, e vai ser ótimo não estragar minha relação com a Nat, não posso perder esse emprego.     Dessa vez não dou de cara com Joseph no elevador, perto da uma da tarde saio para almoçar no restaurante vegano que tem aqui perto. Assim que entro no estabelecimento sou invadida pelo cheiro delicioso de comida, eu amo comer.     Encho meu prato com as mais variadas coisas, porém, metade do prato consiste em brócolis, preciso de proteína. A outra metade se subdividiu entre tomatinhos, azeitona, arroz integral com um pouquinho de feijão, e salada de grão de bico que eu enchi de limão. 
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