Capítulo 01
Os anos se passaram.
Dom já era um superagente e se tornou um homem muito bonito, agora trabalhando para a QTF (Força Tática de Guerra), um grupo de elite que atua internacionalmente no combate ao crime organizado.
Em uma de suas missões, Dom e sua equipe viajaram para a Austrália para resgatar a filha de um embaixador. Chegando ao país, rapidamente pegaram seus equipamentos e se prepararam para a ação.
— Este lugar parece mais o inferno! — reclamou Jenny, olhando ao redor. — Está tão quente que vou acabar virando um sorvete derretido.
— Para de reclamar, malinha. É melhor irmos logo — disse Brian, enquanto organizava seus equipamentos.
Jenny consultava o celular:
— De acordo com os dados do satélite, a menina foi levada para o norte. Vamos nessa direção.
Brian observou ao longe e avisou:
— Parece que nossa carona chegou.
Um policial desceu do carro, se apresentou com o contato local e o motorista designado para a missão.
Jenny olhou para o veículo com desdém:
— Esse carro é do tempo da minha avó. Nem ar-condicionado tem!
O policial sorriu:
— Lamento, senhorita, mas carros modernos não aguentam as estradas por onde iremos passar.
Dom o interrompeu:
— Não se preocupe com isso. Quantos homens há no local?
O policial respondeu:
— Cerca de oito homens, fortemente armados. A menina pode estar em uma casa no centro da propriedade.
Jenny analisou o celular:
— Deixa eu ver as imagens do satélite mais uma vez.
Logo chegaram à área e subiram por um terreno acidentado.
— Parece que teremos uma brecha naquele lado da casa — disse Brian, observando com um binóculo.
— Vocês estão loucos! Como vão entrar lá sem reforço? — questionou o policial, preocupado.
Dom pegou sua arma e respondeu com firmeza:
— Não se preocupe com isso. Nossa função é tirar a refém de lá. A sua é manter o carro pronto para a fuga.
— Entendido — respondeu o policial.
A equipe começou a se aproximar da casa, eliminando os guardas silenciosamente. Dom entrou no local, procurando pela menina, e logo a encontrou amarrada a uma cadeira em uma sala isolada.
Ele entrou com cuidado e libertou a garota. Porém, um dos guardas o viu e o atacou. Dom iniciou uma luta com o homem e rapidamente o derrotou. Ele segurou a mão da menina e avisou os outros:
— Encontrei a refém.
Brian respondeu pelo rádio, enquanto segurava a lateral do rosto onde havia levado um soco:
— Estamos meio enrolados aqui, chefe. Leve a menina daqui. Iremos logo atrás de vocês.
Dom estava saindo com a menina quando foi atacado por outro guarda, um homem enorme.
Os dois começaram uma luta feroz. A menina se escondeu em um canto, assustada.
— Meu chefe não vai gostar nada disso — ameaçou o homem grandalhão.
Dom o chutou longe e respondeu:
— Comece a falar quem é seu chefe, ou juro que enfio uma bala na sua cabeça.
O grandalhão riu:
— Acha mesmo que tenho medo de você? Vá em frente, atire logo em mim.
Sem hesitar, Dom atirou na perna dele e pressionou a ferida:
— Não me importo se você tem medo ou não. Vou fazer você sentir a pior dor do mundo. A escolha é sua.
Ainda rindo, o homem respondeu:
— Vá em frente, homenzinho. Logo, meus companheiros estarão aqui.
Jenny chamou Dom pelo rádio:
— Chefe, temos problemas aqui!
Dom olhou para a menina:
— Certo, vamos sair daqui.
Ele algemou o grandalhão, pegou a menina e começou a recuar. Brian apareceu para ajudar e colocou o grandalhão no carro.
— Já podemos ir embora daqui? — perguntou o policial.
Dom confirmou:
— Sim, vamos logo.
Enquanto isso, o chefe da máfia chegou ao local e encontrou seus homens derrubados, enfurecendo-se com a situação.
Dentro do carro, o grandalhão riu:
— Vocês estão todos mortos.
Jenny se irritou:
— Cala a boca, i****a!
Brian olhou para o celular:
— Já estão nos esperando na embaixada, chefe.
Dom apenas balançou a cabeça em confirmação:
— Então vamos terminar com isso.
O policial dirigiu o mais rápido possível até a embaixada. Ao chegar, a menina correu para os braços dos pais, que a abraçaram com alívio e gratidão.
— Obrigado por trazer nossa filha de volta — disse o embaixador a Dom.
Dom o olhou sério:
— Cuide bem dela. Ela precisa.
Logo após, Dom saiu sem dizer mais nada.
No caminho, seu celular tocou. Ele atendeu:
— O que aconteceu agora, Meg? Por que ligou? Está tudo bem?
— Calma aí, Dom! — respondeu Meg, rindo. — Não aconteceu nada. Só queria saber como você está e onde você se meteu dessa vez.
Dom suspirou:
— Caramba, Meg. Achei que fosse algo grave. Já disse que estava viajando a trabalho.
— Eu sei, mas achei que já tivesse voltado. Também queria te lembrar do aniversário do meu filho… Ah, e falar do papai.
Dom respirou fundo, tentando manter a calma:
— Olha, eu não vou conseguir voltar a tempo do aniversário. E sobre o papai, Meg… Eu não quero saber nada dele. Por mim, ele pode até morrer.
Meg fez uma voz chateada:
— Nossa, irmão. Para com isso! Ele pode ter sido um péssimo pai, mas ainda é nosso pai.
— Meg, eu preciso ir agora. E, por favor, se for ligar para falar dele de novo, nem se dê ao trabalho, tá bom? Beijos, irmãzinha. Se cuide.
Ele desligou o telefone, suspirando, enquanto o carro seguia pela estrada.