CAPÍTULO 02

996 Words
Capítulo 02 Declan olhou para a irmã: — De novo ele se recusou a falar do papai. Meg colocou o celular sobre a mesa: — Ele sempre se recusa. Não gosta nem de mencionar o nome do papai. Quando insisto, ele muda completamente. Às vezes, eu só queria saber o que aconteceu de tão grave. Não consigo entender o ódio que ele sente. Dean riu, cruzando os braços: — Quer saber? O Dom é louco, só pode. O cara nunca se casou, nunca teve um relacionamento, e até da gente ele foge. Daniel, entrando na conversa: — Deve ser gay e tem vergonha de admitir. Meg olhou para eles, furiosa: — Chega de falar asneira! Nós devemos muito ao Dom. Tudo o que somos hoje é graças ao esforço dele. Não podemos negar que ele foi mais pai para nós do que o nosso próprio pai. Mia concordou, aproximando-se de Meg: — É verdade. Temos que parar de criticar o nosso irmão. Ele sempre viveu por nós, nunca por ele mesmo. Até quando ele ficava doente, era ele quem cuidava de tudo. Daniel riu novamente: — O que foi? Está com pena dele agora? Mia olhou séria para ele: — Às vezes, eu tenho a sensação de que ele esconde algo muito grave de nós. Meg suspirou, balançando a cabeça em concordância: — Eu também já tive essa sensação, mas ele nunca se abre conosco. Meg respirou fundo: — Bom, não podemos forçá-lo a falar. Mas, quando ele aparecer, vamos dar mais atenção a ele. E, rapazes, nada de piadinhas. Entendido? Declan levantou-se: — Eu vou trabalhar. Ganho muito mais assim. — E saiu sem olhar para trás. Logo, os outros também se dispersaram, deixando Meg sozinha. Ela ficou olhando para uma foto antiga deles, quando eram crianças. Meg suspirou: — Eu ainda não desisti de você, meu irmão. De volta à Austrália, Dom interrogava o grandalhão, que permanecia em silêncio. Jenny abanava-se com um pedaço de papel: — O que faremos agora, chefe? Dom respondeu com firmeza: — Vamos descobrir logo. Deixo ele aqui um tempo. — E saiu da sala. Brian tomava água, preocupado: — Como vamos achar o chefe dele se ele não falar? Dom cruzou os braços, pensativo: — Eu farei ele falar. Jenny riu, abanando-se: — Boa sorte, chefe. Dessa vez, eu desisto. Dom pegou a água de Brian e tomou um gole: — Logo você, que nunca desiste, vai deixar essa passar? Jenny sorriu: — Claro que vou. Este lugar está quente demais! Dom sorriu de volta: — Pode deixar. Logo voltamos para casa. Ele voltou para a sala de interrogatório e encarou o grandalhão. Grandalhão riu, debochando: — Vai me fazer as mesmas perguntas de antes? Dom sorriu: — Não, meu caro. Vou te liberar. Sabe por quê? Porque já sabemos onde encontrar o seu chefe. Pode ir à vontade. O grandalhão ficou surpreso: — Isso só pode ser um truque! Dom continuou calmo: — Não é truque. Vai antes que eu mude de ideia. O homem saiu às pressas. Brian entrou na sala, confuso: — O que foi isso, chefe? Por que o deixou ir? Ainda não sabemos onde está o chefe dele! Dom sorriu, cruzando os braços: — Vamos descobrir logo. Eu coloquei um rastreador nele. É melhor irmos rápido. Jenny olhou para o carro parado e reclamou: — Espero que esse carro tenha ar-condicionado agora, capitão. O policial deu um sorriso sem jeito: — Lamento, senhorita Jenny. Mas este carro também não tem ar-condicionado. Precisamos de veículos que possam atravessar qualquer terreno. Dom olhou para Jenny, rindo: — Para de reclamar. Se quer voltar para casa, é melhor agirmos logo. Jenny dramatizou: — Vocês são insensíveis com uma garota frágil como eu! A equipe seguiu o grandalhão até uma área afastada da cidade. O rastreador os levou a uma enorme casa no meio do nada. Brian observou pelo binóculo: — Parece que achamos o chefão. Jenny reclamou: — Tinha que ser no meio do nada, né? Dom pegou sua arma: — Peguem suas armas. Vamos logo. O policial os interrompeu: — Como pretendem prendê-lo sem uma ordem judicial? Dom respondeu: — Temos autorização para prender e, se necessário, neutralizar. Jenny brincou: — Somos como o Rambo: programados para m***r. O policial suspirou: — Entendi... Boa sorte lá. Dom, Brian e Jenny aproximaram-se da casa, enquanto o grandalhão pedia perdão ao chefão pela falha. Chefão, furioso: — Você foi um i****a! Como posso confiar em você? Perdeu uma refém valiosa! Grandalhão tentou se justificar: — Foi um agente! Ele apareceu do nada! Chefão, desconfiado: — Agentes? Só pode ser brincadeira... Ao perceber o silêncio no rádio de seus seguranças, o chefão pegou uma arma e disse: — Eles já estão aqui. Grandalhão, assustado: — Como assim, chefe? Chefão apontou a arma para ele: — Você os trouxe, i****a! Sem hesitar, o chefão atirou na cabeça do grandalhão. Nesse momento, Dom e sua equipe invadiram o local, apontando as armas. Dom gritou: — Largue a arma e se renda! Jenny, cansada: — Vamos lá, cara. Está muito calor para isso. Colabora, vai. O chefão riu e começou a atirar. A equipe se protegeu e reagiu rapidamente, acertando o chefão, que caiu. Chefão, ofegante: — Vocês não podem me prender. O governo nunca conseguirá me derrubar. Brian riu: — A gente não quer saber do governo, só de te prender. Jenny observou: — Parece que ele tem bastante dinheiro falso aqui. Podemos usar isso na acusação. Dom confirmou com a cabeça: — Ele vai passar muito tempo na prisão. Reúnam tudo. O reforço já está a caminho. Jenny perguntou: — Aonde você vai, chefe? Dom respondeu, saindo: — Fazer o relatório e preparar o retorno para casa. Jenny reclamou: — Chefe, você é um folgado! Dom sorriu: — Podemos trocar de lugar, se quiser. Jenny balançou a cabeça: — Nem pensar. Enquanto Dom ia para o carro, Jenny resmungou: — Como eu sofro trabalhando com vocês... Que vida c***l!
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