O carro deslizava pela noite iluminada da cidade, silencioso e luxuoso. Dentro dele, o ar estava pesado, carregado de uma tensão quase elétrica.
Eleonora sentia a cabeça girar levemente, embriagada pelo vinho forte que bebera durante a festa. O vestido de noiva, antes impecável, estava agora amassado e levemente desalinhado, com uma alça caída que deixava seu ombro descoberto, revelando a pele macia sob a luz tênue do carro.
Seus olhos brilhavam com uma mistura de ousadia e desafio. Ela se virou para Dom Carlo, que dirigia com o semblante impassível, mas os músculos da mandíbula tensos.
— Você sempre foi tão frio ou só está fingindo para mim? — provocou, a voz rouca, deslizando a mão pela perna dele.
Sem aviso, Eleonora deslizou do banco e, num movimento ágil e sensual, subiu em seu colo. Seus joelhos se abriram para acomodar as pernas dele, enquanto seu corpo se curvava para frente.
Ela segurou o rosto dele entre as mãos, os dedos explorando a pele dura do maxilar, e afundou os lábios nos dele num beijo intenso, faminto, que queimava. A língua dela invadia a boca dele com uma fome inesperada, e seus corpos se colavam um ao outro com uma urgência selvagem.
Com uma das mãos, Eleonora deslizou para dentro do decote do vestido, acariciando os s***s firmes, seus dedos apertando com vontade, provocando um arrepio que parecia percorrer toda a espinha dele.
Dom Carlo suspirou fundo, um som baixo e rouco que ela sabia que vinha da luta para não perder o controle.
Mas ela não deixou que ele avançasse.
Deslizou os lábios do pescoço dele até o ouvido e sussurrou:
— Não hoje. Hoje é só você e eu fingindo.
Antes que ele pudesse tocar nela mais profundamente, ela se afastou, subindo do colo dele, ajeitando o vestido com calma, um sorriso c***l nos lábios vermelhos.
— Ainda precisamos ser convincentes — disse, olhando para ele com uma mistura de desafio e ternura. — Mas o jogo está só começando.
Quando chegaram ao hotel, a tensão entre eles estava quase insuportável. No saguão, mantiveram a pose perfeita, sorrindo para os olhares curiosos e flashes.
Mas assim que entraram na suíte nupcial, Eleonora virou-se para ele com firmeza.
— Quero quartos separados — declarou, firme.
Ele franziu o cenho, surpreso.
— Isso não faz parte do acordo.
Ela deu um passo perto dele, a mão deslizando pelo peito dele, sentindo os músculos tensos sob a camisa.
— Nem o beijo no carro fazia parte, e olha só — ela sorriu, provocante — você não reclamou.
Dom Carlo engoliu seco, dominado pelo desejo que m*l podia esconder.
— Um quarto ao lado — ordenou por fim, a voz rouca.
Ela piscou, satisfeita, e desapareceu no quarto.
Sozinho, ele ficou parado na porta, o gosto da boca dela ainda ardendo nos lábios, a sensação de pele contra pele queimando em sua pele.
Desejo e frustração dançavam numa batalha silenciosa.
O silêncio do corredor da suíte foi cortado pelo som firme da batida na porta.
— Eleonora, posso entrar? — a voz grave de Dom Carlo soou do outro lado.
Ela estava sentada na beira da cama, vestindo apenas uma calcinha de renda preta que m*l cobria suas curvas. A luz fraca da luminária desenhava sombras sensuais na pele macia dos seus braços e pernas.
Levantou-se devagar, com a calma de quem sabe o efeito que causa.
Abriu a porta sem hesitar, os olhos fixos nos dele.
— Tudo bem você me ver assim. Afinal, sou sua esposa agora. — A voz foi baixa, quase um convite. — Mas só vou deixar você olhar.
Ele entrou, a respiração pesada. A tensão entre eles era palpável, quase eletrizante.
Eleonora sorriu, desafiadora, mantendo o controle total do jogo.
— Não vá imaginar nada além do que eu permito.
Dom Carlo a observava, ciente de que, naquele momento, ela ditava as regras.
Eleonora deu um passo para o lado, abrindo espaço para Dom Carlo entrar. Ele hesitou por meio segundo, como se soubesse que cruzava uma linha invisível — mas inevitável. Passou por ela, o perfume doce e inebriante da pele nua atingindo seus sentidos como um soco lento e quente.
Ela fechou a porta, girando a chave com um estalo suave.
— Sente-se — ordenou, apontando para a cama.
Dom obedeceu, tenso, seus olhos cravados nas curvas nuas dela, expostas apenas por aquela calcinha mínima de renda preta. Eleonora caminhou até ele, seus passos lentos, sensuais, como se cada movimento fosse parte de um ritual.
Montou no colo dele, o peso do corpo leve pressionando suas coxas.
Seus olhos estavam levemente desfocados — o vinho da festa ainda corria em suas veias — mas o olhar era firme, sedutor.
Ela passou os dedos pelos botões da camisa dele, um por um, desabotoando devagar, sem pressa. A cada centímetro de pele revelada, ela deixava um beijo quente, úmido, demorado. No peito. Na barriga. No pescoço.
— Você não é meu dono, Dom… mas por alguns minutos, posso deixar que pense que é. — sussurrou, roçando os lábios no ouvido dele.
Ele gemeu baixo, suas mãos querendo agarrá-la, puxá-la, tomá-la de vez — mas ela segurou os pulsos dele e os empurrou contra a cama.
— Só olha. E sente. — disse, com os olhos semicerrados, enquanto voltava a beijá-lo com mais intensidade.
Desceu do colo dele devagar, ficando de joelhos na cama, o cabelo desgrenhado, os s***s soltos, a pele arrepiada. Tirou a calcinha lentamente, sem pressa, os olhos nos dele, enquanto lambia os próprios lábios, provocante.
Dom estava praticamente sem ar, duro dentro da calça, o controle escapando por entre os dedos.
Ela então subiu sobre ele mais uma vez, com o corpo completamente nu, quente, delicioso… e quando os lábios se encontraram mais uma vez, a língua brincando com a dele, ela quebrou o momento.
— Mas… eu ainda sou virgem, lembra? — sussurrou, encostando a testa na dele. — E hoje… não vou deixar que seja você quem tire isso de mim.
Ela se levantou lentamente, deixando-o deitado, ofegante, frustrado… e completamente fascinado.
— Boa noite, marido. — disse, antes de caminhar nua até o banheiro e fechar a porta.
Dom Carlo ficou ali, com o corpo em chamas, a respiração descompassada… e o orgulho ferido de um homem que, pela primeira vez, havia sido conduzido até o limite — sem ter o que queria.
O silêncio reinava no quarto, quebrado apenas pelo som suave da água escorrendo da banheira.
Dom Carlo passou um bom tempo imóvel, tentando se recompor. O gosto da pele dela ainda queimava em sua boca, e seu corpo pulsava com frustração e desejo.
Minutos depois, notou que o banheiro permanecia fechado… em completo silêncio.
Preocupado, caminhou até a porta e bateu, mas não houve resposta.
Abriu devagar e, ao empurrar a porta de vidro fosco, encontrou Eleonora adormecida dentro da banheira, o corpo submerso até a cintura, os braços soltos para os lados, a cabeça encostada na borda de mármore.
Ela estava exausta… e levemente embriagada.
O peito dele apertou.
Sem pensar muito — e tentando não deixar que a ternura tomasse conta — se aproximou, ajoelhou-se ao lado da banheira e passou os braços sob o corpo dela, erguendo-a com facilidade.
Ela murmurou algo entre sonhos, os braços se enroscando instintivamente ao redor do pescoço dele.
Com cuidado, a levou até o quarto, depositando-a na cama com delicadeza.
Pegou uma toalha macia e enxugou o corpo dela, tentando não focar demais nas curvas expostas, embora fosse impossível ignorar o calor que ela provocava mesmo inconsciente.
Vasculhou a mala de Eleonora, encontrou uma camisola de seda clara e vestiu-a nela com dedos hábeis, rápidos, respeitosos… e cheios de tensão.
Depois, puxou o cobertor sobre o corpo dela e se afastou.
Antes de sair, ficou observando o rosto adormecido da jovem mulher que, mesmo sem saber, estava começando a virar sua vida de cabeça para baixo.
E então, finalmente, fechou a porta atrás de si e voltou para seu quarto, onde o silêncio parecia ainda mais frio do que antes.
Mas agora, ele estava marcado.
Pela pele dela.
Pelo beijo.
Pelo que não teve.
E, principalmente… pelo que começava a sentir.