Episódio 11

1406 Words
Marco Passei a mão pelo cabelo e soltei um longo suspiro. Não sabia o que seria necessário para que a minha família parasse de perguntar o que eu tinha com Kayla. E isso estava me deixando louco. Eles continuaram questionando o que tínhamos juntos. Já fazia quase um mês desde o casamento. Desde a nossa incrível noite de núpcias, e nada correu tão bem como o nosso primeiro dia de marido e mulher. Talvez tenha sido o champanhe ou provavelmente a excitação do que compartilhamos pela primeira vez, mas desde então todos os dias ela parecia cada vez mais difícil de lidar, e eu não tinha ideia de quando ela iria começar a ficar mais fácil. — Só não tenho certeza. A minha tia Nadia me disse, balançando a cabeça quando ela veio à minha nova casa conjugal para ver como as coisas estavam indo. Ela também tinha vindo ao casamento, mas parecia ter sérias dúvidas sobre o que estava acontecendo aqui, e els não tinha medo de colocar isso em palavras. — Sobre que? Perguntei, embora tivesse certeza de que sabia o que ela ia responder. — Sobre... Isso. Ele comentou, apontando com a mão na direção da foto do casamento que foi colocada na lareira. Nos dois sorrindo para a câmera e parecendo um casal normal. Ninguém teria pensado em questionar isso, exceto a minha família, que parecia ter sérias suspeitas sobre o que estava acontecendo. O meu pai escolheu não compartilhar com eles o motivo do casamento, motivado pela aliança, não querendo dar-lhes mais motivos para duvidar mais do que já duvidavam, mas isso só gerou mais perguntas para as quais queriam respostas. — Sobre o meu casamento. Acrescentei sem rodeios. Não adiantava tentar esconder a realidade do que ela queria me dizer. Ela tinha perguntas sobre o meu casamento, e eu não iria dividir com eles nem por um momento. Não importava o que as outras pessoas pensassem. Kayla e eu éramos casados ​​e a aliança entre os Falcones e os Volkovs foi escrita a tinta. Nada iria mudar isso. Foi indelével a decisão que tomamos, e Kayla e eu estávamos empenhados em garantir que nada atrapalhasse o caminho. Não que tivéssemos discutido isso, na verdade, não. Ela mudou-se para um sótão, na nova casa que compartilhamos agora que éramos casados. Ela tinha o espaço dela e eu o meu. Não gastamos muito tempo juntos. Na verdade, ela parecia fazer tudo o que podia para ficar longe de mim, o que estava começando a me irritar, dado o quão incrível tinha sido a nossa noite de núpcias. Agora que ela era minha esposa, eu não poderia sair e encontrar outra pessoa com quem ir para a cama tão cedo. E, caramba, para ser sincero, eu também não queria. Eu gostava de estar com ela. Compartilhar a primeira vez com ela, naquela suíte de lua de mel, foi uma das noites mais quentes da minha vida, e eu fiquei querendo mais. Morar na mesma casa que ela não facilitou as coisas para mim. Apenas bagunçou ainda mais a minha cabeça, e imaginei que ela devia estar ciente disso. Como ela poderia não sentir falta disso? Eu a queria. Mas nunca fui homem de empurrar uma mulher para a cama. A menos que fosse o que ela realmente queria, e eu queria deixá-la tomar a decisão. Se ele quisesse mais de mim, ela teria que pedir, e eu esperava que isso fosse rápido. Mas, não é o que aconteceu. — Qual é, tem que haver algo mais em tudo isso. Comentou tia Nadia, inclinando-se para frente e levantando as sobrancelhas para mim. — Como você se casou assim? Depois de anos de inimizade entre as famílias? Você não vai esperar que eu acredite nisso. — Você não precisa. Respondi. — Basta respeitar a importância do nosso novo casamento. — E eu estou fazendo isso. Ele promete. — Mas você pode me dizer o que está realmente acontecendo aqui, Marco. Você sabe que pode. Olhei para ela, impassível. Eu não ia deixá-la tentar me manipular para dizer nada. Só porque ela tinha as suas suspeitas não significavam que eu deixaria ela descobrir a verdade desta união. Se tiver alguma dúvida respeito no resto do mundo, seria a rachadura na fachada que as pessoas precisariam para desfazer a costura, e esta aliança incômoda dependia de fazermos o que precisava ser feito. — Eu simplesmente não posso acreditar que você estava tão interessado em se casar com alguém. Ela continuou, acenando com a mão como se estivesse descartando a ideia de Kayla exatamente onde ela estava sentada. — Eu esperava que você acabaria com alguém um pouco mais... mais velho. A suas palavras fizeram a minha pele arrepiar. Eu não sabia nada sobre Kayla. Isso é verdade. Não é como se eu soubesse muito sobre ela, mas ela não era uma garçotinha que não tinha ideia de como o mundo funcionava. Ela havia levado o controle na nossa noite de núpcias, ela tomou as decisões e me disse o que queria. E ela concordou com este casamento para garantir que ela poderia proteger a sua família. Essas não são ações de alguém que não sabe se cuidar, e qualquer sugestão em contrário me incomodava. — Acho que você deveria ir. Eu disse, e ela ergueu as sobrancelhas para mim. — De repente você quer que eu deixe o seu lar conjugal? Ela me perguntou se fazendo de ofendida. Eu não iria mais brincar junto. Eu precisava que ela fosse embora. Quanto mais ela prestasse atenção neste casamento, mais difícil seria esconder a verdade dela. Fui até a porta e a empurrei, ficando de pé enquanto ela saia. Eu não estava brincando. Eu não queria ninguém aqui fazendo perguntas sobre Kayla e eu. Embora, para ser honesto comigo mesmo, não fosse apenas proteger a verdade sobre o nosso casamento. Uma parte de mim também queria proteger Kayla e não queria que ninguém falasse m*al dela em nossa família. Tia Nadia parou por um momento, olhando para mim, mas depois encolheu os ombros caminhou até a porta. — Se você tem tanta certeza. Ela disse com uma voz irritada. Eu a ignorei. Se ela voltasse aqui para fazer perguntas sobre a minha nova esposa, então ela teria que se acostumar a ser cumprimentada com a porta na cara dela. Ela saiu, sem se preocupar em discutir mais comigo, e eu fechei a porta. Fechei os olhos e suspirei. — Sobre o que era tudo isso? Abri os olhos novamente e vi Kayla parada a poucos metros de mim, finalmente no corredor, na esquina da sala onde eu estava conversando com tia Nadia. P*orra. Quanto ela ouviu? Não sabia... — Apenas alguns mem*bros da minha família tentando bisbilhotar. Eu disse a ela. — Nada com que você tenha que se preocupar, realmente. — Eu ouvi o que ela disse sobre mim. Respondeu Kayla, envolvendo-a nos braços. O seu rosto estava um pouco pálido, como se ela não pudesse acreditar no que estava dizendo. — Ela não sabe do que está falando. Suspirei e ela balançou a cabeça. — Por que você não contou nada a ela? Ela me perguntou, com os olhos fixos em mim e um lampejo de raiva estava no seu rosto. Eu olhei para ela. — Do que você esta falando? — Quero dizer, você deixou ela falar de mim como se eu fosse um animal que você mantém ao seu redor para se divertir. Ela respondeu, com a voz seca. — Você sabe que não é assim que eu vejo você. Eu respondi, e ela encolheu os ombros. — Como eu poderia saber? Ela respondeu. — Nós m*al conversamos desde o casamento. — Você é quem ficou do seu lado da casa. Eu apontei. — Não sabia se você queria que eu invadisse o seu espaço e não queria causar problemas. — Não foi isso que eu disse. Ela respondeu, estreitando os olhos. — Eu só... espero que você me defenda quando a sua família vier levantar questões. — Você faria o mesmo se fosse a sua família? Eu pergunto. — É claro que eu faria isso, se eles fizessem isso. Ela respondeu, balançando a sua cabeça. — Eu... eu não fui questionada sobre você. — Então, eles concordaram com tudo isso desde o início? — Mais ou menos. Ela respondeu. — Mas, o seu pai não falou com a sua família sobre isso?
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