David
Amira mordeu os lábios quando eu go*zei dentro dela. Foi excelente, como sempre, e me senti revigorado para passar a noite com a minha esposa. Essa garota tinha tudo o que eu gostava: juventude, sensualidade, beleza exótica e uma pele bronzeada que eu adorava tocar. Ela era diferente da minha esposa hipócrita, cuja beleza era superior, mas não a sua sensualidade. Além disso, eu a odiava loucamente por ser meu m*aldito elo que impedia que eu pudesse viver a minha vida do jeito que eu queria.
Ela me impediu de aproveitar a minha grande fortuna com a mulher por quem eu estava apaixonado e que o meu pai desaprovava por ser muito jovem e de classe social mais baixa. Amira era muito mais valiosa e especial que Alice em todos os sentidos, e eu não descansaria até tirá-la da minha vida.
— Não vá, David. Ela me pediu quando me levantei para tirar a camisinha, que joguei fora no banheiro. — Quero que você fique comigo esta noite.
— Não posso. Respondi, voltando-me para ela. — Você sabe que ela pode descobrir.
— Não, ele não vai. A senhora nunca…
Interrompi-a com um beijo nos seus lábios sensuais, aqueles que estavam me estimulando fortemente antes de terminar o ato. Fiquei um pouco desconfortável fazendo isso, mas beijá-la foi a única maneira de acalmá-la.
— Ela é ingênua, mas também não é burra. Ela frequentemente acorda à noite.
— Quando será o dia em que poderemos ficar juntos? Ela perguntou irritada, fazendo beicinho adorável.
— Quando o médico disser que ela não pode ter filhos. Então, ela terá que me dar parte dos seus bens.
— E como você fará isso funcionar? Você está proibido de tocá-la.
— Vamos pensar em algo. Assegurei-lhe. — Não se preocupe, tudo tem que sair conforme o planejado.
— E se você não fizer isso? Ela me propôs. — Você tem dinheiro suficiente para fazer isso sem…
— Não, não vou desistir de tudo só porque você me pediu. Se você quiser continuar com isso, terá que resistir.
— Mas eu te amo e não aguento mais...
— Sou fiel a você. Eu disse, sentando-me ao lado dela. — Estaremos juntos quando isso acabar. Enquanto isso, você tem que trabalhar duro nos estudos e realizar aquele sonho que você está perseguindo.
— Agora, o meu maior sonho é você. O resto pode esperar.
Eu a beijei novamente. Fiquei tentado a fo*der com ela novamente, mas o tempo estava acabando. Se Alice descobrisse, tudo iria por água abaixo. Ela procuraria uma maneira de acabar com a minha vida, é claro, aconselhada por seu m*aldito advogado, um amigo do seu falecido pai.
— Não toque nela, não faça amor com ela. Amira me implorou entre beijos. — Por que você não contrata alguém para dar a ela esse filho que ela tanto deseja? Talvez, se ela achar que é seu...
— Não. Interrompi-a, irritado com a ideia. — Mesmo que eu não tenha sentimentos por ela, ela é minha esposa. Eu não vou fazer isso com ela, entendeu? Eu não nasci para ser um corno.
— David. Ela engasgou com a dor causada pelo aperto nas suas bochechas. — Meu amor, você é…
Eu a soltei e ela massageou o rosto.
— Sinto muito. Ela murmurou. — Não vou falar isso de novo. Só quero te dizer que um dia posso me cansar de esperar. Não estou com você por dinheiro, estou com você por amor, mas tudo tem um limite.
— Você pode ir embora se quiser. Respondi, levantando-me. — Se você não consegue esperar, significa que você não me ama.
— Não, eu não quis dizer…
— Vou deixar você pensar sobre isso.
Amira implorou por meu perdão várias vezes, mas eu a ignorei completamente e me vesti. Ao sair para o corredor, percebi um aroma doce e delicado, aquele que eu tanto tentava evitar porque estava começando a ter pensamentos incoerentes. Trazer Amira naquele momento tinha sido arriscado, mas era a única maneira de chegar até Alice e não ser tentado a quebrar o juramento que fiz a mim mesmo de nunca tocá-la, de sempre odiá-la.
Subi as escadas com cuidado, tentando ver se Alice estava espreitando nos corredores. Quando chegamos ao nosso quarto, demorei alguns segundos.
— Eu te odeio, você nem preparou nada dessa vez. Murmurei, pensando no nosso aniversário de casamento. — Acho que você finalmente está se cansando de mim.
Entrei cuidadosamente no quarto e me deparei com uma visão familiar, porém diferente. Alice dormia coberta da cabeça aos pés, mas sua respiração era irregular. Não era normal. Havia algo errado com ela.
— Alice? Perguntei baixinho e me aproximei. — Cheguei, vou tomar um banho e...
— Meu amor? Ela murmurou sonolenta, com um leve sorriso que deixou minha mente em branco. — Você finalmente chegou.
— Sim, eu…
— Feliz aniversário, David. Ela disse, pegando minha mão. Eu odiei a deliciosa maciez da pele dela naquele momento. — Espero que este seja o melhor ano das nossas vidas.
ALICE
Quando senti que David finalmente havia adormecido, permiti-me derramar as primeiras lágrimas. Eu finalmente havia saído do meu estado de choque e a dura realidade estava começando a me atingir.
O meu marido não me amava, ele nem me queria. Todo esse tempo ele zombou de mim, do meu amor. Fiquei me perguntando quantas vezes eles riram de mim, das minhas pequenas coisas e das coisas que eu fazia para fazê-lo feliz.
Apertei os meus lábios e encolhi-me ainda mais. Ele não tinha o cheiro daquela mulher, mas ainda sentia o cheiro da traição dele. Como eu iria atingir o meu objetivo sem ficar enojada e sem me expor? Eu conseguiria fazer com que ele me notasse como algo mais do que a sua esposa id*iota? Eu não sabia, mas minha paz dependia disso acontecer.
Por fim, cedi ao cansaço, mas não sem antes enxugar com as mãos os vestígios das minhas lágrimas, as únicas que eu derramaria por ele. Se eu chorasse de novo, faria isso por mim mesma, quando finalmente conseguisse sair desse pesadelo.
Quando acordei, havia um braço em volta da minha cintura. Meu marido, diferentemente de quando adormecemos, agarrou-se a mim. Antigamente eu teria sorrido e me virado para ele para lhe dar um beijo de bom dia. Então ele se levantava rapidamente e me dizia que precisávamos tomar café da manhã. Eu também procuraria todas as maneiras de ser afetuoso e distante ao mesmo tempo.
O que devo fazer? Agir como se nada tivesse acontecido? Ficar distante? Eu tinha tudo muito claro na noite anterior, mas naquele momento a minha cabeça doía demais para pensar na melhor maneira de agir.
Ponto médio. Sorri ao lembrar do conselho do meu pai sobre como lidar comigo mesmo na vida. Infelizmente, não prestei muita atenção nele e ele não percebeu o que iria acontecer comigo. Ou talvez sim. Seja o que for, ele já estava morto e eu não conseguia descobrir.
Levantei-me cuidadosamente da cama, retirando o braço de David de mim. Ele mexeu-se e gemeu, mas não acordou. Enquanto eu cambaleava em direção ao banheiro, me perguntei se ele percebeu quando Amira saiu do seu lado.
Só de pensar nisso meu estômago embrulhou.
— Náuseas. Sussurrei, sorrindo para meu reflexo.
Naquele momento eu sabia o que tinha que fazer.
Quando saí do banheiro depois de lavar o rosto, encontrei David acordando de repente. O seu olhar procurou por todos os lugares até que ele me encontrou. Aqueles penetrantes olhos cinzentos ainda tinham um efeito poderoso sobre mim, mas também uma imensa repulsa. Mesmo assim, dei-lhe meu melhor sorriso.
— Você descansou, querido? Perguntei a ele.
— Você estava no banheiro? Ele murmurou.
— Sim, eu só fui lavar o rosto. Eu não queria te acordar. Eu estava planejando trazer café da manhã para você. Você estragou a minha surpresa.
Daid franziu a testa por um momento. Agora eu entendia que isso não era preocupação, mas desgosto.
— Sou eu quem deveria trazer, você não acha? Ele sugeriu com um sorriso enquanto se levantava.
Desviei o olhar para o edredom para evitar ver seu torso nu.
— Não, não é necessário. Respondi. — Para mim é suficiente que você esteja aqui comigo.
— EU…