Capítulo 2

1674 Words
_ Mas que baixaria é essa ein? A mamãe vai saber desse acontecimento histórico _ Digo em meio a risadas, ambos estão tão corados que não sei como não derreteram de vergonha. _ Pelo amor Bruna, quer me matar do coração? _ A voz estava aguda pela vergonha, e por um momento achei que ele realmente iria morrer, mas não de coração e sim de vergonha. _ Se acalma, não vou falar para ninguém. Nem as meninas vão, não é? _ Não vamos! Dei risada do suspiro aliviado que saiu da boca de ambos no sofá, passei por eles e bati na cabeça de Sabrina, para ela aprender a não me deixar sozinha após mandar-me uma mensagem. Levei as meninas para o meu quarto e enquanto elas se revezavam para um banho eu desci novamente dando de cara com mamãe, dei o recado do papai e fui ajudar ela com as sacolas, iríamos todos almoçar na casa do vovô e Anne, la era maior e por isso não seria incomodo juntar tantas pessoas num lugar só. Mamãe alegou que ela e Anne ja tinha feito tudo la, então eu fui tomar outro banho. Estava muito suada e mesmo que tenha pouco tempo do meu último banho, não iria conseguir almoçar toda suada. Aproveitei que as gémeas ja haviam saído do banheiro e entrei em seguida, não demorei no banho, pois era somente para tirar o suor do corpo, aproveitei e fiz um coque no meu cabelo, não aguentava mais ele grudando no meu pescoço. Como estávamos todos prontos não demorou muito para chegar na casa do vovô, também viemos de carro e talvez, só talvez não tenha demorado um pouco mais por isso, mas a casa deles não era longe realmente, o problema mesmo, era a ladeira que tinha até chegar la. O Gabriel ja estava aqui quando chegamos e o papai também, podia dizer com certeza pela moto parada ao lado do carro do vovô. Não liguei muito quando tia Anne veio cumprimentar as gémeas e a Sabrina, passei por ela e fui direto até a área da piscina, o meu pai estava jogando truco com tio Paulo, me perguntei se tia Nathalia e o Gustavo estão aqui também. Tio Pedro ta na churrasqueira enquanto Erick e mamãe põem a fofoca em dia, Alex entrou após eu ja ter entrado e foi atrás de uma cerveja, como se o papai fosse deixar ele beber alguma coisa sendo de menor, busco Gabriel com os olhos e sigo até onde ele esta com o Guilherme, ando até eles e bato na cabeça dos dois em forma de cumprimento. _ Ah, que desgraça Bruna, tem nada para fazer não? _ Não Gui, não tenho _ Respondi pegando a latinha da sua mão ja tomando um gole longo, da última vez que o vi ele estava um pouco franzino ainda, apesar de ser alguns meses mais velho que eu e o Gabriel ele era menor que a gente, vai ver o tempo a casa do tio Pedro tenha dado em algo _ Não acredito que voltou e nem passou para falar comigo, ingrato. _ Estava com saudade dos meus pais, então só parei na boca para falar com o papai antes de subir ao encontro da minha mãe _ A resposta foi exatamente o que eu esperava, o Guilherme era muito apegado aos pais, passei a latinha de volta para ele e me virei para o Biel. _ Que foi? _ Nada não _ Digo quando decido por de lado o que queria perguntar-lhe, talvez ele não saiba de nada ainda. Me sentei ao lado do Gui e pus as minhas pernas em cima do Biel, não estava no clima para conversar por isso fiquei longe dos outros, talvez alguém notou, mas não se importou o suficiente para vim-me questionar nada, o que foi sábio, ja que não pretendia responder ninguém no momento. Fechei os olhos e deixei que lembranças amargas tomassem conta da minha mente, lembranças essas que me acompanham há muito tempo, olhos verdes brilhantes observam-me para qualquer lugar que o meu corpo balança, os braços que rodearam a minha cintura naquele momento foi algo maravilhoso, foi o começo do meu inferno. Por mais que odiasse lembrar dele minha mente sempre o trazia de volta, e toda vez era mais vivida as lembranças, era como se eu estivesse la, nos braços dele novamente. Aperto os punhos e abro os olhos me deparando com a vista da minha família se divertindo na piscina, era como voltar a época onde eu não tinha conhecido aquele babaca, uma pena que não seria possível voltar agora que tudo ja passou. Sorri enquanto me sentava entre os dois que ainda bebiam ao meu lado, quando o Lorenzo passou pela porta da área da piscina eu me levantei indo ao seu encontro, apesar de ser mais velha que ele eu o moreno tínhamos meio que uma história juntos, ele foi um dos primeiros a notar como eu estava quebrada por conta daquele babaca, não sei se é porque ele nutre algum sentimento por mim mais eu gosto demais dele para o afastar de mim. Mesmo não retribuindo os seus sentimentos, até porque eu ainda achava ele novo, tinha 17 anos e era mais velho que o Alex que só tinha 16. _ Ei pessoal, papai foi buscar a tia Nathalia e o Gustavo na rodoviária e ja vem _ Ele disse passando por todos e vindo até mim, o abracei apertado tentando extrair todo o seu perfume para mim. _ Sentiu a minha falta? Estava morrendo de saudades sua! _ È claro senti, sem você aqui tudo fica uma merda _ Admiti e logo caímos na risada, o puxo para onde estava sentada e empurro os meninos para dá espaço para todos sentarem. _ Então Enzo, o que você fez enquanto não estava na minha humilde presença? Passamos um tempo atualizando um ao outro das coisas que aconteceram enquanto não estávamos juntos, eu e o Lorenzo temos uma afinação tácita, então sempre compartilhamos tudo um com outro, apesar de raramente trocarmos mensagens um com o outro, somos bem ligados. Eu diria que somos como a metade de um todo, eu não sei me virar sem ele e ele não sabe lidar sem mim, eu acho isso justo. Não percebi o tempo passar até que mamãe chama a gente para comer, o almoço ja estava pronto tinha um tempo, mas ninguém quis sair da piscina para comer com o calor que ta nem eu quero comer. Resultou que tia Anne e mamãe fizeram todos saírem da piscina para comerem, a base da ameaça é claro. Aproveitei que todos estavam na cozinha e fui até o banheiro lavar o rosto, eu fui tão burra ao ponto de não trazer um biquíni mesmo sabendo da imensa piscina que tem no fundo da casa, mas não tinha problema, tenho certeza que tem algum biquíni meu aqui, eu sempre tô fazendo hora extra aqui mesmo. Quando ia sair, fui empurrada novamente para dentro do banheiro e o qe parecia ser um biquíni vermelho sangue foi empurrado na minha direção, não sei se foi impressão minha, mas esse biquíni me pertence. _ O que faz com o meu biquíni? _ Você o deixou para trás na última vez que nos encontramos aqui, não se lembra? _ Ah, eu me lembrava, só estava curiosa para saber o porquê do Lorenzo ter guardado ele, lembro-me dele ter ficado uma bagunça depois dos nossos amassos no banheiro da área da piscina. _ Você lavou ele eu presumo, ou então não me entregaria. _ È claro que está lavado, vi que não ta de biquíni então trouxe para você _ O olhei de cima a baixo e sorri, estava feliz em ter o Lorenzo comigo de novo _ Porque ta sorrindo assim? O ignorei e abaixei o meu vestido, retirei do corpo a última peça que vestia em-baixo da saia do vestido, era uma calcinha rosa de renda. O entreguei a mesma e me pus a vestir o biquíni, os seus olhos não deixaram o meu corpo um segundo sequer e por mais que ele quisesse muito me agarrar eu tenho certeza que vai esperar eu me vestir primeiro. _ Porque diabos você me provoca tanto Bruna? _ È de família, minha também provocava muito o meu pai _ Lhe respondo dando as costas para ele amarrar o biquíni, quando terminado eu viro-me para ver o rosto dele, Lorenzo é lindo. Tem o cabelo de um loiro escuro e olhos num tom de azul puxado para o verde terra, o maxilar não é tão marcado e a mandíbula tem a proporção certa para seu rosto de bochechas fofas, o nariz é afilado e bem empinado e para completar tem uma boca pequena e carnuda, eu digo que ele é perfeito _ Me beija. Não deu nem tempo de fechar os olhos por completo quando senti os seus lábios nos meus, não era um beijo urgente, era algo mais profundo do que ja haviam acontecido connosco, Lorenzo nunca tinha-me beijado desse modo. Era suave e desesperado na mesma medida, as suas mãos puxavam-me para perto enquanto as minhas se embrenhavam nos seus cabelos, beijar ele era como respirar novamente, era viver e sair do tormento que a minha alma estava perdida, os seus braços na minha cintura permitia-me ter noção do seu corpo junto ao meu, as nossas línguas dançavam em conjunto nas nossas bocas, o ar estava começando a faltar quando ele puxou o meu lábio inferior numa pequena mordida. Isso permitiu-me respirar um pouco antes dele suspender-me nos seus braços fortes, Lorenzo gostava dos treinos que o Christian e Ryan dava aos novatos na dubai, acabou que ele adquiriu um ótimo físico com os treinos. Me afastei na intenção de olhar o seu rosto quando a porta do banheiro se abriu, papai estava parado no batente da porta com uma cara fechada, desci do colo do Lorenzo e o empurrei para as minhas costas. _ Que diabos é isso Bruna?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD