As dúvidas gritavam. As respostas, silenciosas. Naquela noite, ela voltou ao escritório de RR, determinada a entender mais. Havia mais arquivos, mais pastas. Ela precisava ver com os próprios olhos o que mais estava sendo escondido. Entrou sorrateira, como antes. O coração disparado no peito. O cofre estava ali, aberto, já que Gabriel não tivera coragem de trancá-lo novamente na noite anterior. Ela se ajoelhou e começou a remexer com mais cautela. Encontrou outra pasta, azul escura, sem nome. Ao abri-la, o estômago revirou. Fotos dela, ainda criança, com marcas de machucados. Relatórios médicos com datas incompatíveis com as versões que RR contava. O nome de um médico, agora aposentado. E, no fundo da pasta, uma assinatura que ela não reconhecia: Vitor Mateus. Antes que pudesse juntar o

