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Salvando e Destruindo

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Blurb

Secretamente, nós queremos ser confortados pelas pessoas que nos magoaram. Essa história é sobre isso.

Nicolas percebe que o garoto doce que ele era apaixonado, se tornou frio e está se sabotando. Ele sabe como consertá-lo, afinal foi ele que o quebrou. O que Nicolas não sabe, é que Davi não lembra dele, não lembra de nada que aconteceu no ensino médio e apenas por isso deixou que o ex-namorado se aproximasse novamente. O ex-namorado que (muito convenientemente) esqueceu que era (e é) um possessivo, manipulador e louco.

As memórias de Davi sumiram misteriosamente, depois dele contatar um charlatão da internet com técnicas questionáveis de hipnose. Fez isso para esquecer de Nicolas, não esperava que tivesse o efeito inverso: Quando esbarrou com ele em um bar e completamente bêbado, não o reconheceu. E seu ex-namorado stalker o levou para sua casa.

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Capítulo 1
Seu silêncio foi alto demais. E embora tudo me dissesse que eu deveria seguir em frente, só consegui ficar cada vez mais obcecado. Penso todos os dias em você e é estranho, porque não nos falamos há anos. Eu entendo tudo o que aconteceu, já revivi as cenas na minha cabeça milhares de vezes, torço por um final diferente, mas é inevitável esse desfecho trágico em que terminamos separados.    Estou em um bar sozinho, venho aqui e peço um sanduíche gordo, anéis de cebola com um refrigerante. E você está do outro lado do bar, bebendo e petiscando em uma mesa lotada de amigos que falam alto demais. Bebê, você não era assim.    Você vem aqui toda sexta-feira com as mesmas pessoas ou quase todas. Conheço cada uma delas pelo seu ** e se me permite dizer, cada uma delas é pior do que a outra. Não é o seu tipo de gente. Gente como eu. Gente como eu e você, porque sim, acho que nós somos melhores do que todo mundo. E eu deveria ter te dito isso antes.    Agora o que me resta é assistir, sou sua plateia silenciosa que você precisou bloquear das redes sociais, mas estou aqui, vendo o quanto você pensa que está feliz ao se abastecer de álcool e cigarros. Tem um cara com você, ele te arrasta para todos os maus locais, ruivo e grande. Ele aperta sua coxa por baixo da mesa, mas não está tentando excitar você, não, só não consegue tirar as mãos. E vamos ser bem sinceros, posso culpá-lo?    Você está rindo e se joga para ele, bêbado, aposto que nem teve graça. Quem está falando é outro cara e ele está contando algo especialmente para você, olhando nos seus olhos, ignorando todos os outros da mesa. Sobre o que ele diz, a minha opinião é: não colocaram pimenta nos meus anéis de cebola e, depois de você(E o ruivo que não solta sua perna por nada), esse é o maior dos meus problemas essa noite.            Você não é o único que eu observo (eu diria que é o meu hobby), você só é o meu favorito. Vejo os outros, todos em mesas próximas umas das outras, mas é impossível de ouvir sobre o que falam. A música é tão alta. Também é difícil de vê-los, aqui dentro é coberto por uma névoa de narguilé, se é que posso chamar assim. Somado ao efeito das bebidas, imagino que o mundo está dançando para todos em minha volta e não é o melhor lugar para eu comer um hambúrguer.   Eu diria que aqui parece o umbral.    Na mesa vizinha tem uma mulher velha com roupa de adolescente, ela está há horas ao redor do bar flertando com alguns esquisitões que a vêem como alvo fácil. Eu não acho lugares assim divertidos e por isso dúvido que outros achem também. Acho que eles vêm aqui com objetivos e o objetivo daquela mulher é conseguir um namorado.    Ela tem braços finos e é um pouco barriguda. É desproporcional, então aposto que ela teve filho recentemente, era magra e acredita que ainda é. Ela checa o celular constantemente, é uma mãe preocupada que também precisa se divertir. Não posso ter certeza, mas aí vejo seu calcanhar: ela tem uma tatuagem escrito “Alice”. Bingo.    Já terminei de comer há horas e buscaram os pratos faz tempo também, estou esperando a hora que você decida ir embora para que eu possa acompanhar, só para garantir que você não vai cair inconsciente no meio da rua. Sou como seu anjo da guarda, mas com chifres e um tridente.   – Hey – Eu demoro a perceber, não esperava que ninguém fosse falar comigo. – Mesmo com toda essa gente aqui, não consegui não reparar em você. – A ficha não cai. É ele. É o meu Davi. Como não percebi? Não vi quando se levantou e cruzou o bar até aqui. Olhei para a mesa dos amigos dele e o ruivo não está. Não sei o que dizer. Não sei o que dizer. Ele foi tão direto. – Sou Davi. – É claro que é.    – Nicolas. – Aposto que a minha voz soou como um sussurro.    – Está sozinho? – Sim, estou sozinho em um bar, sou tão patético quanto você lembra.   – É.  – Eu disse e ele assente, como se tivesse graça. Tenho vontade de dizer tanta coisa e nada ao mesmo tempo, tenho vontade de tocá-lo e de sair correndo. Minha mente teve um curto circuito e morreu, foi isso que aconteceu. E Davi está sorrindo para mim, aquele sorriso aberto e simpático. Eu me perco em seu rosto e em toda a fumaça do narguilé, e o que eu consigo pensar no meio daquele umbral é que o nome dele é Davi e ao contrário é Vida.    – O que acha de dar o fora daqui comigo?    Dar o fora daqui com ele. Eu concordei, meu rosto deveria estar uma confusão. O quão bêbado Davi estava para não só falar comigo, mas dizer “Mesmo com toda essa gente aqui, não consegui não reparar em você”. É óbvio, como alguém poderia não reparar no ex-namorado comendo um hambúrguer sozinho em um bar?   Ele pegou meu pulso e saiu me puxando, contornei a mesa rapidamente para segui-lo. Minha cabeça era tudo e nada, não bebi uma gota de álcool, mas eu estava completamente atordoado. Era difícil até pensar em não esbarrar nas pessoas enquanto ele me arrastava para fora. Para dar o fora daqui com ele.    Davi me levou até o estacionamento, para uma parte ainda mais escura que a noite naturalmente já era. Entramos entre um carro e outro e ele parou, chegou onde queria chegar, então me beijou. Tão afoito. O que quer que ainda esteja controlando o meu corpo(porque a minha cabeça explodiu desde que ele disse a primeira palavra), o beijou de volta.    Eu me forcei a funcionar, reagir, um estalo para que(apesar de não fazer sentido) entender que Davi estava me beijando entre dois carros, às 2:17 da manhã de um sábado e seu hálito que era de bebida pura.    – Da-Davi… – Tentei falar. – Davi… – Mas ele não saia de mim, da minha boca, sua língua sabor Smirnoff e seus lábios macios e úmidos. – Davi. – O segurei, afastei ele de mim, mesmo que fosse a última coisa que eu poderia querer. Ele forçou o olhar, semicerrado, ainda com o rosto tão próximo do meu que eu ainda sentia o calor. – Você está bem?    – Estou. Você está bem?      – Aham. – Fiquei olhando para ele desacreditado. O meu Davi.    – Eu não quero um namorado, não quero namorar. Você pode dizer ao Henrique que eu não quero um namorado? – Henrique era o garoto ruivo. Ele tropeçava nas palavras do mesmo jeito que tropeçava em mim, se apoiando em meus ombros, se jogando para que eu o segurasse. Esse é você, bebê. É por isso que se apresentou para mim e disse seu nome, está tão bêbado que não reconhece seu ex-namorado. E pensar que acha que sou estranho e está se mostrando tão vulnerável, não consigo suportar. É por isso que te acompanho, é por isso que cuido de você e te sigo todas as sextas dos bares para a sua casa.    Acha que sou um estranho e me puxou para entre os carros em um canto escuro do estacionamento… Sabe o que eu podia fazer com você, bebê? Eu poderia arrancar as suas roupas e jogá-las no acostamento, quando você já estivesse dentro do meu carro. Você se deitaria no banco zonzo de bebida. E sabe o que eu podia fazer com você? O que eu quisesse. Desde te fuder, até espalhar pela cidade cada m****o do seu corpo, cada partezinha sua dentro de um saco preto e escondê-las só para mim.    – Claro.    – Você é legal, Nicolas.    – Você precisa ir para casa. – Davi deitou a cabeça no meu ombro, em silêncio, acordado. – Vou te levar para casa. A minha casa. – Me corrigi. Ele não podia saber que eu sabia onde ele morava, seria estranho.    – Meus amigos… meus amigos vão me levar.   – Seus amigos estão lá dentro e nem notaram que você saiu. – Ele não disse nada. – E você está quase dormindo no meu ombro.    – Não estou dormindo, é que você cheira bem. – Ele respirou fundo cheirando o meu pescoço, eu me arrepiei. Empurrei Davi para longe de mim, mas ainda o segurava pelos ombros para que não caísse, não confiava nele para cuidar de si mesmo. Ele riu de mim, da minha reação. Fiquei olhando para Davi, aqueles olhos azuis e o rosto tão angelical. A pele rosada e o cabelo loiro bagunçado, tão lindo, tão meu.    – Vamos. – Estava levando-o pelo pulso, meu carro estava nessa mesma fileira mais adiante. Ele andava tombando para os lados, até que se apressou e se segurou em mim para andar.    – Não posso ir, estou com os meus amigos.    – Você precisa ir embora, precisa tomar banho e deitar. – Coloquei ele no banco da frente do carro, não atrás. Ele hesitou com uma das pernas para fora, repetia alguma besteira sobre os amigos, os amigos dele isso… os amigos dele aquilo. Eles não cuidariam de Davi tão bem quanto eu.    Entrei no lugar do motorista e Davi se jogou para cima de mim, era uma tentativa de se apoiar em algum lugar, queria carinho ou me cheirar como antes. Então eu o beijei, porque, meu deus, era inevitável. Ele era o meu vício e estava sentado do meu lado dentro do carro. Segurei seu rosto, minhas mãos em suas bochechas quentinhas e o observei. Aqueles olhos azuis brilhando para mim, me encarando. Ele estava tão bêbado, eu perdia seu olhar naquelas piscadas lentas e demoradas, zonzo de cansaço.    Ele tinha gosto de álcool misturado com chiclete e cigarro. Gostei de beijá-lo, mesmo que ele não correspondesse tanto assim. Não ficaria com raiva dele, sei que ele me beijaria de volta, se pudesse.    Coloquei o cinto nele e deitei um pouco o banco para que sua cabeça não balançasse solta com o movimento do carro. E aqui estávamos: Nós dois juntinhos de novo, não pensei que a noite pudesse realmente terminar assim. Saí com o carro, lentamente chegando a rua, onde pude acelerar para casa. Davi estava dormindo ao meu lado, isso me deixou estranhamente agitado e feliz. Eu estava sorrindo ao dirigir pelas ruas vazias, ultrapassando os limites de velocidade e me certificando de freiar devagar nos sinais vermelhos para que Davi não pendesse para frente igual um boneco teste de acidentes de carro.    Chegamos a minha casa e eu abri o portão com o controle desde a esquina, não conseguia suportar a pressa de chegar em casa. Com o carro na garagem, eu não conseguia me conter. Estava tão escuro. Tão quieto. Minha casa era o lugar mais silencioso do mundo. Eu só pude ouvir o soprar dos ventos, quando abri a porta e as luzes fracas dos postes iluminaram Davi e eu.    – Davi? – Ele estava dormindo. Tranquilo e seguro graças a mim, imagina se não fosse eu a encontrá-lo nesse estado. Imagina se um louco tivesse o levado para casa. Eu me deitei em seu peito, me contorcendo dentro do carro para afundar meu rosto em seu pescoço como ele fez antes comigo. Seu corpo e seu cheiro… me deixavam louco. – Eu te amo, bebê. Senti tanto sua falta. Minha nossa, como eu amo você... – Virei seu rosto para mim e, dessa vez, não tive o prazer de observar seus olhos azuis. Ele estava apagado. Eu teria que carregá-lo para dentro.

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