Zangado narrando A porta do quarto bateu devagar. Ela me empurrou pra dentro, na pressa, e não disse uma palavra. Só jogou aquele olhar rápido, desesperado, como quem pede: “Fica quieto, por favor.” Encostei na porta, o ouvido grudado na madeira, a respiração presa no peito e o sangue fervendo nas veias. Quem era? Que p***a era aquela batendo na porta dela a essa hora? E com voz de homem? A madeira vibrava leve, e cada palavra que vazava da sala me fazia querer atravessar aquela p***a da porta com o punho fechado. — Vim ver como cê tá, depois da reunião. Eu tentei, viu? Falei com o Coronel que tu não tinha culpa de nada. Tu só fez teu trabalho, Monique. — a voz dele era grave, confiante, são. Como se tivesse i********e demais com ela. Eu cerrei os dentes. Monique. Nem disfarçou. A

