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Zangado narrando Fiquei um tempo ali ainda… sozinho na laje depois que o Madruga desceu. O vento batendo, o eco da ameaça dele ainda martelando dentro da minha cabeça. “Se eu souber que tu tá comendo essa mulher, tu tá fudido na minha mão antes do comando querer te pegar.” Aquelas palavras vieram secas, frias, afiadas igual lâmina de navalha. E ele olhou dentro do meu olho quando falou, igual fazia quando eu era moleque e chegava em casa com o joelho ralado de briga. Só que agora não era ralada. Era furo. Era risco. Era a p***a de um rombo que eu mesmo abri na minha estrutura. E a real? É que ele tem razão. Não porque eu tenha medo dele, que isso aí ficou no passado faz tempo. Mas porque ele conhece esse mundo como ninguém. Sabe que o que eu tô fazendo é burrice. É suicídio emocional

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