6 – CONVENIÊNCIA

1131 Words
Samanta se aproxima, mas quando Anne a sente perto levanta e dá como costas para uma ruiva. - O que está fazendo aqui, Samanta? - Lembro-me que quando eu chamo pelo meu nome completo era porque estava brava. _ A loira fecha os olhos com força, não vou chorar na frente dela. - O que está fazendo aqui? _ Anne fala o mais firme que pode, mas ainda sem olhar para outra. - Você acha que foi fácil ver você com aquela mulher? _ Só então Anne se vira e sorri ironicamente para um agente. - Fácil? Que se dane você, que se dane sua opinião, eu não tenho mais nada contigo, eu nunca tive. Você foi embora e me deixou, eu posso t*****r com quem eu quiser. - Não, não pode, sabe por quê? _ A ruiva fala e se aproxima, ao mesmo tempo em que Anne vai para trás e logo seu corpo estava contra a parede. - Porque você é minha. _ Como respirações se misturam, uma loira xingava seu corpo mentalmente por ser tão fraco. - Você sempre foi minha, então eu deixo assim, trêmula, para eu satisfazer todos os seus desejos. - O que você quer, Samanta? _ Uma voz fraca fraca da boca de Anne. A ruiva sorri e cola mais os corpos. - Não está óbvio?             Então, com pouca força de vontade que restou, uma loira empurra o corpo da ruiva para longe. - Não, você não vai ferrar com minha vida de novo, não vai alimentar minha mente. Vai embora daqui. - Anne, não faça isso, não me dê gosto, nós precisamos conversar.             Elas podem ser verdadeiras, elas podem ser verdade, elas precisam conversar, manter um alívio pelo menos profissional, mas não agora. - Vai embora, Samanta, Merda, você sempre fode minha vida, você ... Eu odeio o amor, odeio depender tanto de você, mas isso vai acabar, vou fazer você passar, vá embora. - Anne, por favor, eu ... - Não diga isso, não se atreva, não depois de mim abandonar. - Que droga, eu não te abandonei, para falar isso. Você me deixou ir, se você teve um pedido para que eu permanecesse meu critério. - E feito você perder uma chance da sua vida? Olha para você, está onde sempre quis, agente do FBI de confiança, então pare de se fazer de vítima, você foi e conseguiu, que se dane o resto, certo? Pois é, o resto era eu, então não me venha com pedido de perdão ou qualquer merda, isso não vai rolar. _ Anne estava com raiva e ao mesmo tempo emocionada com a presença da mulher. - Nós vamos trabalhar juntas. - Não vamos, eu recusarei o caso. - Você não pode fazer isso, é do FBI. - Então me prenda, não é o seu dever? Prenda-me.             A ruiva encarava a loira com intensidade, aquela não era a mulher que amou, quer dizer, era Anne Simons, uma legista, mas não a meiga mulher por quem se apaixonou, só agora a agente entendeu o m*l que fez a ela. - Anne, você não pode recusar o caso, não por minha causa. - Carregue mais essa culpa, pois é exatamente por você que recusarei, eu me recuso a ficar no mesmo lugar que você, me recuso a respirar o mesmo ar que você. Não quero você perto, eu não quero ter você de novo, não vou me permitir sofrer novamente. - Anne, eu não sabia, eu não sabia que você estava apaixonada por mim! _ A ruiva grita como palavras. - Conveniente você dizer isso, sendo que eu praticamente beijava o chão que você pisava, você estava praticamente morando comigo, Samanta, está querendo dizer que não providenciou que uma i****a estava aqui estava estava completamente apaixonada por você? Poupe-me disso. - Eu juro, pergunte a Peter, ele sabe de tudo. - Não piore as coisas, não correr a culpa em outra pessoa. Acabou, Samanta, não importa mais, você vai resolver esse caso e vai embora de novo, não precisa explicar nada. Faça seu trabalho e volte para o seu mundinho perfeito.             Samanta não poderia lutar contra a vontade que tinha de abraçar uma loira e cuidar dela, sempre foi assim, era como se se sentisse perto de legista, tinha uma vontade absurda de abraçá-la, beijá-la. Então sem esperar mais se aproximar e aperta o corpo da outra contra o seu, era muito mais forte. Anne até tentar, se afastar, se debater, mas nada adiantou, sentir o cheiro natural do agente e se deixar chorar, afinal aqueles eram seus braços preferidos. - Eu não vou desistir, Anne, eu juro que se eu ver outra pessoa te tocando eu vou interferir, eu não vou pensar duas vezes, não vou cometer o mesmo erro. - Você não tem mais esse direito, Sam.             E o coração da ruiva se encheu de felicidade, pela primeira vez desde que se reencontrou a mulher lhe chama pelo apelido, era um bom sinal. - Que se dane os direitos, você é minha. - Não sou. _ A legista tentou soar firme, mas seu corpo e voz lhe traíram. - Ah, querida, é sim.             Elas se afastam e se encaram, Anne queria lutar contra a felicidade de estar de novo nos braços da mulher, porém seu corpo demonstrava o contrário de sua vontade. - Você é minha. _ A ruiva vai se aproximando cada vez mais, tão próxima que as respirações se misturaram. - Não, não vou fazer isso, não! _ Anne se afasta mais uma vez. - Mas ... - Olha, Samanta, ok, você teve culpa, eu tive culpa, mas nada muda o passado e o fato de que você ainda vai embora, resolva o seu caso, eu vou aceitar, trabalharei com você e Ester, mas só isso, vamos ser apenas profissionais, o que deveríamos ser desde sempre, somos uma bagunça completa, não pioraremos a situação. - Você sabe que eu não vou desistir, você pode não admitir, mas eu ainda te quero, muito mais que antes, porque depois de saber que ... Ah, Anne, nada vai me impedir de lutar por você. _ As palavras da ruiva eram diretas. - Não posso te impedir, mas respeite os meus limites e não se meta mais na minha vida, o corpo é meu, eu o entrego para quem quiser. - Não, nem pensar, se eu ver você com alguém eu vou interferir. _ Anne trava o maxilar, ela sabe que a ruiva faria, conhece bem a sua possessividade. - Vá embora, nos vemos amanhã.             Samanta não insistiu mais, apenas se aproximou e beijou a testa da loira, depois acariciou sua bochecha com o polegar. - Eu não vou desistir.             E vai embora. Mas a esperança lhe tomava conta, seria difícil, mas agora não era impossível, ela amava aquela mulher, ninguém mais a teria, pensava Samanta. Já Anne apenas se jogou no sofá e respirou fundo. - Que merda eu estou fazendo?             Ela ainda se faria essa pergunta muitas vezes.
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