Helena narrando Não sei exatamente quantas horas se passaram, só sei que graças a Deus consegui colocar a Mel para dormir novamente no sofá que tinha ali. Eu a ajeitei com todo o cuidado, cobri com uma manta e fiquei de olho nela como quem protege o bem mais precioso do mundo. O sono dela era tranquilo, profundo, completamente alheio ao caos que nos cercava. A criança tem essa inocência de dormir sem imaginar que, do lado de fora, a vida pode virar um campo de guerra. Sentei-me na ponta do sofá, sem conseguir relaxar, e fiquei pedindo a Deus para o n***o aparecer logo, para me tirar dali, para misturar na multidão e desaparecer desse inferno que parecia não ter fim. A cada barulho vindo da rua, meu coração acelerava. O medo tomava conta, e eu tentava me convencer de que estava no contr

