Quarta-feira. Dois dias depois e ele sumiu. E, dessa vez, o vazio que ele deixou não foi bonito.
Não era como da primeira vez, quando acordei sozinha e senti uma leveza estranha, um tipo de liberdade. Agora... era ausência mesmo.
Presente, quente e doída.
Revirei meu celular mais uma vez, como se, por milagre, tivesse um número dele salvo que eu tivesse esquecido. Não tinha. Nem um contato. Nem uma mensagem. Nem um rastro.
Era como se ele nunca tivesse existido. Mas o corpo lembrava. E isso era o pior.
No núcleo, o dia seguia como sempre. As crianças chegavam, as mães reclamavam, as meninas riam de alguma besteira no fundo da sala. Eu fingia normalidade, sorria no automático, preenchia as fichas com letra firme. Mas por dentro, uma coisa me roía.
Não era só desejo. Era curiosidade. E
