CAPÍTULO 2

1822 Words
LORENZO MALDINI — O que aconteceu ontem não pode acontecer novamente — disse com firmeza. Não queria pegar pesado com ela. Patrícia podia parecer o doce de mulher que fosse, que tratava a todos bem e tinha convívio comigo por bastante tempo, mas ela sabia o que era uma ordem. Sabia fazer, cumprir, sabia que tinha que estar em seu lugar. — Ainda bem que foi no meu quarto. Evitou problemas para o RH. — A garota é nova aqui, um dos motivos de ter acontecido. Não vai se repetir. — Sei que não. Ela ainda trabalha para nós? — Sim. — Não tive tempo de conversar, saber como se sentia. Estava com uma mulher e não pude. Quero fazer isso pessoalmente, evitar futuros problemas. — Me levantei e ajeitei minha gravata, olhei para fora da janela e vi o trânsito movimentado. Teria um caminho extenso para chegar à empresa, mas não faria esse percurso naquele momento. Pelo menos relaxaria um pouco. — E quanto a verificação. A adiantou? — Sim. Estou organizando por setor. — Ótimo. — Respirei fundo e tentei não pensar mais no assunto, por ora. — Vou ficar aqui na parte da manhã, aproveito e faço algo menos estressante. Quando encontrar a mulher, a traga até mim. Pode ir. — Tudo bem. Olhei para o sol que entrava pela janela, então livrei-me do terno e vesti minha calça de treino. Caminhei pelo corredor e logo entrei na academia, onde abri as duas janelas e encarei o espelho. O silêncio que pairava no ar me deixava relaxado. Peguei as bandagens e passei por minhas mãos, começando em seguida a esmurrar o saco de pancadas que se movia a cada golpe que eu dava com vontade, descarregando e criando novas energias, repetindo os movimentos. Em meia hora consegui sentir o calor do meu corpo, que transpirava muito, e interrompi o exercício para beber um pouco de água e secar o meu tórax. Segui até a cozinha e escutei a campainha. Me virei e fui até a porta, quando a abri tive uma bela surpresa. Fiquei olhando para a moça de uniforme, que piscou duas vezes como se quisesse garantir que não via uma miragem. Era comigo? Não, Lorenzo, não é com você. — A que devo a visita? — indaguei em tom travesso. Segure seu instinto, Lorenzo! — A Sra. Patrícia me mandou. Disse que o senhor queria conversar comigo. Sou... a moça que ficou presa no banheiro. Isso, meu anjo, fale mais. Movimente seus lindos lábios avermelhados. Estou atraído por eles. — Entendo. É, você, então?! Sabe aquelas fantasias sexuais bem explícitas? Criei uma naquele momento... Uma garota, cabelos pretos, com um belo e organizando uniforme de camareira. No preto e branco. — Sim — ela disse parecendo sem jeito, me olhando por inteiro. Primeiro ela fitou meus olhos, depois desceu com seu olhar pelo meu peito exposto e, por último, ela demorou-se um pouco analisando a minha calça de moletom. Gostei dela. Não devia, mas era um fraco. Quando foi que contratamos uma mulher tão sexy? Eu cuidava de muita coisa, menos dos funcionários contratados, como a garota a minha frente. Maldini representava uma firma diversificada, com negócios amplos. Podíamos ter associações e firmas, podíamos dar oportunidade a uma empresa falida e poderíamos mexer com a hotelaria, tudo deixava pessoas felizes no fim do mês. Mas ali descobri que tinha uma funcionária que podia me deixar feliz e infeliz no fim do mês. — Entre — chamei e dei espaço para sua entrada. — Chamei a senhorita aqui para ver como está. — Estou bem. Só foi um incidente, não vai voltar a acontecer — prometeu e abriu um sorriso. — Não se preocupe. — Tenho que me preocupar. Você está na minha folha de pagamento — eu disse, calmo. — Sente-se, vamos conversar. Uma fogueira se acendeu em mim. Coloquei uma expressão qualquer no rosto, tentando disfarçar a maldita excitação que tomava conta de mim. Sentei-me no sofá de frente para a poltrona que ela estava sentada, reta e com postura. Percebi que ainda me olhava e desviava o olhar por diversas vezes. Podia imaginar o que se passava pela cabeça dela. Um homem grande, suado e forte à sua frente. Poderia ser o engajamento para algo maior. — Como tudo aconteceu? — Já era para aquilo ter terminando, mas eu não queria. Queria ver até onde podia ir. Era como se eu estive sem sexo há tempos, coisa que era totalmente sem cabimento. A última mulher esteve comigo há poucas horas, mas aquela mulher de uniforme... uau! Queria conhecer o potencial dela. Ah, vão se acostumando comigo. Se eu queria, eu tinha. — Eu me virei, a porta se fechou e fim. — Ela foi sucinta, parecendo ter percebido meus planos. Já era, Lorenzo. Ela percebeu, seu descarado. — Não deu para chamar ninguém, até que o senhor chegou. Desci meu olhar para o b***o dela, logo imaginando o que estaria por debaixo daquele uniforme... seus s***s. — Não me agradeça. — Não agradeci. Não vai acontecer. Ponto final, Lorenzo. Era isso. Fim de conversa. Ela não queria dizer mais nada. Caso encerrado, seu i****a. Meu Deus! Não use o nome de Deus, seu imoral! — Não vai me agradecer, senhorita...? — Carolina — disse ela. — Me diga, por que não me agradece? Inclinei-me um pouco para frente e a pergunta saiu com um tom que disfarçava o t***o dentro de mim. Eu sei. Não conseguia me controlar. — Não vejo necessidade. Qualquer pessoa poderia ter feito o que o senhor... — Lorenzo. Lorenzo Maldini. — Seus olhos se estreitam um pouco. — ... o que o senhor fez, senhor Lorenzo — continuou. — Era só isso, senhor? Eu voltei a me ajeitar no sofá de couro, admirando-a profundamente. Meus olhos a mediam de um modo errado. Devia perguntar sobre o trabalho. c*****o! Ela era uma camareira, trabalhava para mim, então eu devia usar o maldito profissionalismo. Eu sei disso. Mas não consegui me importar. — Creio que sim. Só peço que isso não volte a acontecer — respondi com ar sério. — Eu não quero ter que pedir para alguém parar de me chupar por conta de algo como aquilo — soltei, e com um sorriso feroz, eu a questionei em seguida: — Não a estou deixando desconfortável, estou? — Não. Você trata todas as suas funcionárias assim? — Ela soltou um sorriso sarcástico. — Porque, tenho que te dizer, você pode sofrer um processo judicial por assédio. — Eu não trato todos assim, só as que eu quero — rebati, sentindo frustração e raiva. Raiva por ela estar certa. Não gostava das mulheres certas, não nesses momentos. São mais difíceis. — Você deve estar me entendendo errado. — Você é o dono disso, sabe o que faz. — Seus lábios se apertaram com força, e sua expressão se tornou séria. — Agora eu preciso ir, senhor. Ela se levantou, mas gesticulei para que se sentasse novamente. E ela o fez. Sempre faça algo antes do adversário. Não importa quando, apenas faça antes, lembre-se disso. Probabilidades: o que pontua primeiro, ganha no fim. — Você está bem e continua trabalhando aqui... — declarei e nesse momento o som da campainha soou, me tirando do meu momento. Ela me olhou, esperando uma resposta, então me levantei e caminhei até a porta, a abrindo e dando de cara com Pedro Maldini. Droga! — O que faz aqui? — Trouxe rosquinhas! — Eu. Não. Podia. Acreditar. — Que cara de b***a é essa, priminho? Ele passou por mim e entrou, até que viu a linda Carolina. Olha, lembrei o nome dela... — Desculpa. Não sabia que estava com visita. — Ele foi direto para o sofá, fechei a porta e logo o vi se sentar. O loiro estava com a boca aberta, de terno, segurando um saco de rosquinhas. c*****o! — Você é...? — Carolina. — O que faz aqui com meu primo? — Pedro, cala a boca! — Me aproximei e a encarei. Ela se levantou e mostrou-se firme. Até demais. — Senhorita, vamos terminar essa conversa depois. — O senhor já não terminou? — O tom de voz dela me fez olhar para todo seu corpo. Perca a linha, garota. — Preciso voltar ao trabalho. Seu tom de voz me fez pensar coisas loucas, me encheu de esperança. Tinha que prolongar nossa conversa para depois, criar um bendito motivo para isso. — Por ora é isso. — Comecei a dar passos até a porta e ela foi junto, aproveitei para observar o movimento de suas pernas, que eram muito bonitas. — Tome cuidado com as portas. — Tomarei, senhor Maldini. — Desculpe qualquer incômodo — eu disse com um sorriso no rosto. — Um bom dia para você. Depois terminamos o que começamos. Ela balançou a cabeça e saiu, fazendo-me ter uma visão de sua b***a. Ela era muito gostosa. Fiquei com a imagem daquela b***a e não percebi Pedro se posicionar ao meu lado. Loiro filho da mãe! — Quer rosquinha? — ele perguntou. — Palhaço! — reclamei e entrei novamente, me jogando no sofá. Perdi uma chance de diamante. — O que está fazendo aqui? — Há poucos segundos estava vendo seu jogo de conquista barata... Levantei minha mão e implorei: — Por favor, pare por aí! — Você tem quase trinta. Trinta anos, cara! Que idiota... — Você é um fodido — provoquei. — Rosquinhas... Eu vou enfiar essas rosquinhas no seu r**o, animal! — Eu deixaria, mas você não estava fazendo nada de interessante. — Ele sorriu e me jogou o saco com rosquinhas. — Ou iria comer a garota com essa calça? — Ainda vou ter oportunidade. — Vai sim. Agora vai colocar uma roupa de homem. Temos negócios fora daqui. Chega de bancar o dono do hotel. Ele se levantou e pegou o controle da TV. Fiquei encarando Pedro sem sabe o que fazer. Ele era da família, o que explicava a loucura Maldini. Balancei a cabeça e tentei passar de e******o à normal. Talvez fosse a b***a deliciosa da moça que me fez ficar assim, talvez fossem meus pensamentos de querer segurar o quadril dela, agarrá-la e nunca mais soltar. Senti a agitação bem familiar na região mais ao sul. — Vou tomar banho. Não mexa em nada. — Tem algo na geladeira? — Você é um poço sem fundo — resmunguei e joguei o saco de rosquinha para ele, então me virei, caminhando direto para o banheiro. Eu precisava colocar as mãos naquela pele nua, tinha que sentir os músculos dela relaxarem sob meu toque. Não gostava nada dessa reação... Lorenzo, segura seu p*u, c*****o! Tirei a calça e entrei direto no box, ignorando tudo. Em um momento você quer algo menos estressante, então aparece uma mulher e te excita muito, aí entra no chuveiro e sente a excitação aumentar. O que Lorenzo precisa fazer? Vocês sabem.
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