Cap12

1725 Words
Eles chegaram no apartamento desesperados, Hans e Christoff pegaram folhas e começaram a escrever rapidamente como se não quisessem esquecer, Ava se sentou no meio do sofá central, e Hans se sentou em sua frente, fez contato visual por alguns segundos com ela, e finalmente pegou em suas mãos, ela tremia e Hans sabia que havia algo a mais que ela não havia contado. Christoff estava andando atrás de Ava de um lado para o outro. -Evangeline, eu preciso que confie em nós....- Hans olhou para ela com um olhar gentil- Não iremos julga-la.- Christoff foi para o campo de visão dela e mesmo sério concordou, ela respirou fundo- Ava...o que aconteceu naquela noite? Com detalhes, o que você viu ao seu redor? o que você via quando olhava para a janela? quem estava perto? quem estava longe? Nos conte tudo... -Eu ...passei a tarde de costume com meu avô na biblioteca, estava lendo alguns contos locais quando ele me chamou para passear no jardim, o Sr. e a Sra. Golden tinham acabado de terminar o novo campo de não me esqueças que meu avô tinha pedido, estava lindo, ficamos um bom tempo lá, meu avô se despediu deles e eu os vi conversando na entrada lateral com meu tio Haron, que curiosamente os tratava muito bem, até tinha o visto sorrir, coisa rara, ele lhe entregou um envelope, acho que era o pagamento, e os vi sair pelo fundo, de mãos dadas... -Se lembra que horas eram?- Christoff pergunta -O céu estava laranja, um típico pôr-do-sol das 18:00 , ficamos admirando a paisagem e minha tia Joceline apareceu para nos chamar para o jantar, mas meu avô insistiu que queria me mostrar a melhor garrafa de vinho que ele tinha em sua coleção, eu tomei um pouco em uma taça comprida e estava delicioso, ele sorriu e somos para a mesa de jantar, ninguém havia chegado ainda, ficamos rindo por alguns instantes até que todos começaram a chegar -Quem estava na mesa, na hora do jantar?- Hans pergunta -Meu avô na ponta, eu na sua direita e minha tia Joceline na esquerda, Jonas ao meu lado e tia Christine em sua frente, o pai dele ao seu lado, e tio Haron na frente do David, a cadeira ao lado do Haron estava vazia e Priscila se sentava na frente dela, ao lado de David e por fim Catarina que ousadamente se senta na cadeira da Virginia, sem a objeção de ninguém.- Enquanto ela falava Christoff desenhava J C H _ _ G.V--------------------------------------- C E J D P _ -E seu tio Charles?- Hans perguntou -Eu lembro dele colocando uma garrafa de vinho, mas seu lugar ao lado do meu tio Haron, estava vazio.. -Tio, e se o objetivo dele era fazer com que todos tivessem a impressão que ele estava lá, para que não notassem que ele não estava? Porque ele sempre foi o insignificante -Seria possível, mesmo que todos dissessem que ele não estava lá, Joceline deu certeza de que estava, isso só comprovaria de que eles apenas não prestaram atenção- Hans pegou sua folha 1. O que Charles estava fazendo no jantar? -Seria um ótimo método de ilusão...- Christoff complementou- continue .. Quando terminamos meu avô se levantou para irmos para o quarto dormir, eu me levantei e olhei para o campo de flores novamente, onde curiosamente o Sr. Golden estava mexendo nelas, eu jurava que ele tinha ido embora, meu avô olhou também e disse que ele deve ter esquecido algo, subimos eu vi tia Joceline no corredor como ela sempre fazia para dar os remédios do meu avô, entramos e ele me deu um beijo de boa noite, falou que me amava e saiu em silêncio, me troquei, escovei os dentes, desfiz o penteado e soltei meus cabelos e fiquei escovando-os, até que Jonas entrou no meu quarto sorrateiramente...- ela falou baixo- Eu juro tio Hans nunca tinha dado esperança ou visto Jonas como algo além que meu primo... -Mas?- Christoff perguntou e Ava o olhou séria -Conversamos por meros minutos e rimos um pouco, quando eu estava distraída ele me beijou...- ela fala baixo e cora -E você retribuiu?- Christoff perguntou e Hans lançou um olhar de "cale-se" -Sim...podem me chamar de ingênua, mas eu não tive noção do que estava acontecendo, eu nunca tinha beijado ninguém...- ela cora novamente- e me deixei levar....minha cama era muito próxima da janela, eu olhei de relance para ela e vi meu tio Haron sorrindo para mim- Hans e Christoff se olharam- eu me afastei na hora, eu vi que a aproximação dele tinha vindo por ordens do meu tio Haron, eu simplesmente falei "Saia do meu quarto e nunca mais dirija a palavra para mim, Jonas."- ele me olhou atordoado e e questionou algumas coisas irrelevantes, eu insisti e ele saiu batendo a porta rapidamente, eu fechei a cortina mas continuei os observando, Jonas parecia estar sendo parabenizado, me senti um objeto, depois ele entrou e tio Haron sumiu na escuridão.... -E se o plano fosse esse?- Hans olha para Christoff que pensava sobre- Haron não teve filhos, e Jonas é seu favorito -Sim, ele prometeu para Jonas que se fizesse tudo que ele o mandasse fazer, ele seria seu único herdeiro quando ele falecesse- Ava complementa - O objetivo dele era fazer Evangeline se apaixonar por Jonas? e ele teria o controle da herança do pai?- Hans negou e sorriu -Ele queria que Jonas engravidasse Evangeline- ela corou incrédula- Seria a forma mais genuína de ficar com toda a herança, não sabemos quem é o tutor dela, se ela se casar antes do 18, o marido fica responsável por ela, ela engravida e curiosamente ela não resiste ao parto ou morre misteriosamente... -Se ela apenas se apaixonar, e morrer...- Christoff começa -O dinheiro não iria para nenhum deles, e sim o tutor, que suspeito que não seja nenhum deles -Mas se eles quisessem mesmo isso, porque mandar me matar? -E se eles não mandaram? e sim um sequestro planejado?- Christoff complementa -Porque eles teriam tanto trabalho? -Para que Jonas a salvasse....- Hans sorri- e você se apaixonaria mais ainda e teria uma dívida de gratidão, você que nunca havia se apaixonado...- Hans começa -Sozinha, sem o avô para protege-la, encontrou um amigo, um protetor....- Christoff olha para ela- que a ama genuinamente ...- ele bateu na mesa- ELE ESTAVA QUERENDO NOS INDUZIR A PENSAR ISSO QUANDO FALOU DE VOCÊ, EVA... -O que aconteceu?- Hans pergunta -Ele falou como se tivessem segredos entre eles, um renascimento, foi bem evidente...- Christoff termina -Obrigada Eva, fez muito bem, agora sabemos qual era o plano de Haron, vou apresentar algumas coisas do interrogatório e depois você me apresentam o que encontraram na adega, ou se quiserem complementar, já vamos adiantando..- eles concordaram.- vamos debater. -Primeiro ponto, os jardineiros, Evangeline e Haron afirmam, eles viram eles indo embora após receber um envelope de pagamento, certo? Mas, Christine afirmou "Cheguei atrasada, tinha ido a cidade, cruzei o portão apreciei as novas flores do meu pai, aquelas azuis ali no canto, eram suas preferidas, cumprimentei o jardineiro e entrei em casa.", Haron e Eva afirmaram que eles tinham ido embora antes do jantar, meia hora antes do jantar, como que o jardineiro estava lá? -Na cena do crime, tinha uma pegada na parte de baixo de trás da cadeira do general, semelhante há que você estava usando, e essa pegada era de terra.- Christoff fala - e como essa pegada teria sido pisada naquele lugar? -Primeira observação, a cadeira estava evidentemente quebrada, como se tivesse grande peso sobre, para que aquela pegada chegasse lá, teria que cair, mas teria feito barulho, e ninguém escutou nada... -Eu não me apeguei naquela cadeira sem motivo algum, eu fiquei testando ela, e aquela cadeira só quebraria se mais de uma pessoa ficasse sobre ela... -Joseph Golden é idoso, não teria força suficiente para isso -Nem arrastar um corpo....- eles três se entreolham -Não pagaram para mata-lo, ou era um assassino qualificável, foi um homem cuidadoso e inteligente... -Não muito...- Christoff mostrou a foto- a poeira fez uma camada sobre o rosto, aparentemente o General foi atingido por um taco que encontramos na adega -Eu tinha levado para o escritório dois dias antes, e ela era reta, estava torta... -Então após o atingir, tomou cuidado para não fazer barulho, o arrastou na cadeira e a inclinou causando a pegada, garantiu que ele estava morto, e o pendurou -Ele não podia ser o senhor Golden, pois fez força que ele não conseguiria...- Hans pensou- Vou procurar um Álibi para ele, tenham certeza que ele seria incriminado, mas e seu for o Jonas 2.0? -Jonas 2.0?- Ava pergunta -Haron disse que depois do jantar ficou do lado de fora conversando com Jonas, mas isso era impossível já que ele estava com você, e você o viu chegar até Haron depois do ocorrido, Christine falou "fiquei na mesa por alguns minutos bebendo um vinho delicioso, depois fui até a Janela onde vi Haron e Jonas conversando", como ela viu? só se tivesse alguém muito semelhante de costas... -Mas tio, se fosse realmente alguém da idade do Jonas, e se parecesse mesmo com ele, Ele não aguentaria o General, ele era um homem muito pesado, não foram duas pessoas que entraram, foi um homem, não jovem, mas não idoso, forte o suficiente para carrega-lo...Então esse cara ai, o Jonas 2.0, pode ser classificado como cumplice no caso Evangeline e Jonas...- Hans concordou -Certo...certo- Hans pensava -Eu estava com um pouco de receio de lhe mostrar o que eu encontrei, mas preciso..- ele tira do bolso o saco com um pequeno objeto- Hans sorriu -O que é isso?- Eva pergunta -Um canivete...- Hans fala sorrindo - igual ao meu...- Ava olha pra mim e depois olha para o canivete -Eu já vi isso em algum lugar...- ela fala tentando se lembrar -Claro que viu, na sua casa, na mansão Hoffman- Christoff o olhou - Foi seu avô que me deu o meu estimado canivete....- Christoff não sabia disso -Mas olha tem duas iniciais marcadas...mas não consigo...ler... -V e M....- Hans fala e os dois o encaram, e ele mostra o seu canivete -Como que....eu não entendo... -Isso tem apenas um nome, querida, Vingança...Quem matou o seu avô queria vingança, e quem o matou é esse M.
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