Cap11

1363 Words
Assim que saíram Jonas, Christoff e Ava para a adega. Jonas foi na frente e os guiou, naquele momento o coração de Evangeline saltou ela se lembrou e reviveu o momento que ouviu o grito da empregada ao encontrar o corpo do avô. Ela nunca tinha visto a morte tão de perto, aquilo a machucou profundamente, ela viu seu amado e melhor amigo morto diante dos seus olhos- ela ficou tonta e se encostou na parede, chamado a atenção de Christoff no mesmo momento -Ava...- ele sussurra - o que aconteceu?- As paredes rodavam -Senhorita Ava?- A voz de Jonas a trouxe de volta a seu papel, ela se equilibrou em Christoff e arrumou a postura de Ava  -Perdão, eu sou claustrofóbica, e esse corredor me trouxe aflição, vamos continuar -Está bem mesmo?- Christoff sussurra e ela concorda. -Venha, aqui na adega tem uma janela que leva ao Jardim...- eles foram em passos acelerados e quando Ava entrou no cômodo seu coração se partiu novamente, tentou conter as lágrimas e se esquivou para a janela  -Bem, Jonas, se puder nos observar na porta, eu aprecio certa privacidade para analisar uma cena- Jonas concordou e deu uma encarada nos olhos de Ava, ele foi gentil e se encostou do lado de fora da porta -O que foi aquilo?- Christoff sussurra friamente  -Sou mesmo Claustrofóbica, Christoff- ela olha de lado- obrigado pela preocupação, ele dá de ombros -Vamos ver o que temos aqui...- Christoff olha a cena ainda cheia de evidências e Ava se aproxima - O que você aqui Ava? - ele apontava para uma cadeira consideravelmente confortável -é uma cadeira aparentemente utilizada com frequência -Certo, ela está numa posição meio estranha....- Christoff põe luvas e vai até o encosto da cadeira e a levanta para frente a deixando na posição correta- Jonas, venha ver....- Jonas se aproximou e ele sai de trás do encosto- Essa cadeira sempre foi assim?- ele negou -Ela não era reclinada desse modo, ela é reta, a postura perfeita, meu avô tinha dores crônicas na coluna - Christoff sorriu -Isso quer dizer que alguém forçou a cadeira a se reclinar desse jeito, a quebrando...- Ava anota a informação- O general estava fazendo exatamente o que aqui? Não há nenhuma evidencia de que ele estava bebendo... -Meu avô não bebia, ele colecionava, apreciava o cheiro, mas fazia mais de 10 anos que ele não colocava uma gota de álcool na boca- Christoff se aproximou da mesa e colocou seu binóculo, a mesa continha pó acumulado mas com sorte acharia algo... -O que é isso?- ele se aproximou e levantou algumas vezes- não pode ser....- ele sussurrava.. -O que encontrou?- Jonas perguntava e Christoff sorriu insinuando que e ele saísse-  Ava olha isso.....- ela se aproximou -O que?- ele lhe entrega o binoculo e ela observa e depois o olha nos olhos- Christoff.... -Sim, Ava, é a forma do rosto do general sob a poeira, pegue a maquina registradora rápido, uma grande máquina foi tirada da bolsa e tiraram a foto que por sorte ficou nítida - Hans ficará muito feliz com isso -Mas o que isso quer dizer? -Quer dizer que ele não foi enforcado....e a cadeira quebrada significa que ouve grande esforço em tira-lo dela e uma possibilidade de...- ele para de falar e olha para os pés tortos da cadeira- Uma pegada....- ele olhou para o estofado da parte traseira da cadeira e tinha o que ele imaginava- vou pegar amostras disso...- ele se agacha- isso parece ser terra.... -Terra? só tem uma pessoa aqui que trabalha com terra, Christoff- ela sussurra- vão tentar incriminar o jardineiro, o senhor Golden, amigo do meu avô, e antes que pergunte ele era mais idoso que meu avô, não seria capaz... -vou manter essa evidência entre nós, por enquanto, se acalme....- ela se virou e olhou para a janela - olhe aquilo....- ela aponta para um bastão encostado -Esse bastão estava reto na última vez que eu o vi...-Christoff pegou o bastão com uma luva  -Como tem certeza? -Porque fui eu que trouxe ele para cá... -Achamos a possível arma do crime, Ava... - ele sorriu- Mas porque ... não faz sentido...- Christoff olhou para o chão próximo da mesa e viu algo muito familiar, algo que Evangeline não podia ver.- Vamos falar com meu tio, por hora vimos o suficiente, Jonas peço que tranque aqui e não quero que ninguém entre, ainda não terminamos- ele se ajoelhou para amarrar seu sapato e pegou o pequeno objeto -Claro, Christoff- eles se cumprimentam com um aceno -Vamos até a sala, Ava..-ela passou por eles e correu no corredor com medo de ficar tonta novamente e parou no inicio dele -Ela é...- Jonas começou a falar -Estranha?- sim - Christoff zombou - não...- ele ficou sem graça- solteira...- Christoff arregalou os olhos -Creio que precise para ela..- ele fala sem graça Ava encarava o retrato pintado dela e de seu avô no corredor -Ela é linda não é?- Jonas comenta e Christoff e Ava se entreolham rapidamente -Gosto não se discute..- Ava dá um cutucão de leve nele em Christoff e ele riu - O que aconteceu com ela?- Ava pergunta e ele suspirou -Ela sumiu, e eu nunca tive a chance de dizer algumas coisas para ela.... -Tipo?- Ava fala e Christoff da um cutucão nela e ela lança um olhar tipo "eu sei o que estou fazendo." -Coisas que só ela entenderia, tenho medo que esteja morta, ela era uma boa companhia ... -Porque acha que ela está morta?-Christoff pergunta -é o que dizem na mansão, e eu tenho medo disso... -Quando foi a última vez que falou com ela?- Ava tremeu -Na noite que meu avô morreu, depois do jantar, nossa amizade era uma coisa secreta, mas acredito que não era reciproco, era obvio, como acreditar que num lugar cheio pessoas querendo os eu m*l haveria alguém além do nosso avô que apreciasse a sua companhia? Admito sinto falta dela...só quero que esteja bem.- ele olhou pela última vez o quadro e olhou para eles- Vamos?- eles concordaram e foram até a sala, Hans cumprimentava Charles e eles se olharam -Espero que tenham se divertido, crianças..- Hans se aproxima -Amanhã a tarde voltarei para interrogar Jonas, Priscila, David e Catarina.- ele coloca o chapéu- Até mais ver...Christoff, Ava, vamos. Na carruagem Hans ficou em silêncio -Tio Hans, nós...- Christoff fez um sinal para que ela parasse -Não o interrompa, ele está assimilando, em casa discutiremos...- ela estava pensando em tudo  Ela ficou em silêncio e tentava se controlar, Christoff deu um olhar na qual Hans sabia muito bem o que significava. "S.O.S" -Ava vamos te deixar em casa, amanhã antes de voltarmos, te explicaremos nossas conclusões, ok? -Mas eu pensei que....- Hans a olhou e ela entendeu- Tudo bem...- deixa-la de fora foi algo muito satisfatório para Christoff, mas se Hans visse seu sorriso ele logo perderia aquele deleite, então aproveitou para zombar dela -Acho que seu primo tem uma queda por você...- ele solta e ela o olha abismado -Isso é um incesto, que horror -a mãe dele casou com um primo, porque você não poderia também? Já que ele te fazia visitinhas a noite não é?- Hans começou a prestar atenção -Não eram frequentes...quer dizer, ele só ia lá para dar boa noite....e nada mais..- ela gaguejava  -O que você está escondendo de nós, Ava?- Hans a olhou nos olhos- Porque Jonas saiu correndo do seu quarto aquela noite?- ela se calou e olhou para seus pés atordoada- ANDE DIGA....- ela fechou os olhos com o susto -Ele me beijou tá?- Christoff e Hans se olharam- e eu o empurrei, mas meu tio Haron viu, e ele saiu correndo e foi até ele, ficaram alguns minutos conversando em frente ao quarto do meu avô, e depois tio Haron saiu da casa e Jonas foi para dentro de casa, só isso...- Hans olhou para a janela e sorriu -Mudança de planos, ela irá conosco, temos que juntar essas informações, esse caso está cada vez mais interessante....- o que Eva tinha revelado tinha sido tão chocante que Christoff nem se importou dela vir junto, aparentemente aquela noite seria bem longa...
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