-Tio...- Hans andava sorridente pelas ruas de Londres sorridente enquanto Christoff corria atrás do tio exigindo explicações- Tio Hans....- Hans fumava seu charuto e ignorava Christoff- HANSAL BECKER -Hans se virou num giro curto e sorriu para o sobrinho
-O que foi Christoff?- ele o olha com as sobrancelhas arqueadas
-O que foi aquela visita? Eu exijo alguma explicação do que faremos...- Hans ri - tio cada vez te considero mais louco
-Louco acho que não, um sociopata a beira da loucura sim- ele volta a andar
-Eu preciso que me ajude a te ajudar, Evangeline está desaparecida, isso é um problema....- Hans se vira novamente
-Podemos conversar cobre isso quando chegarmos em casa, Christoff...- Hans faz um sinal se referindo as pessoas ao redor que prestavam atenção em sua conversa
-Ok, vamos embora - Christoff acelerou e andou na frente do tio
-Christoff não vamos para casa agora...
-Então vamos para onde?
-No ateliê de frente da praça...- Christoff não entendeu, então quando eles começaram a se aproximar, Hans se aproximou do sobrinho e começou a falar
-Christoff, o que acha que realmente aconteceu?
-Tio eu não estudei o caso e não sou tão perspicaz como você - Hans revirou os olhos
-Não estou perguntando para ver se é inteligente ou não, estou perguntando o que você sente que aconteceu?- Christoff começou a pensar- Acha que o general se matou?
-Não via motivos para isso, ele era um homem vivaz e que se pudesse viveria até que Evangeline estivesse segura e casada- Hans concordou
-Quem acha que seria capaz de ter causado o acidente de Edgar Hoffman?- Christoff parou
-Ter causado o acidente...- ele falava pausadamente até que Hans o cortou
-Só responda
-Um dos seus irmãos
-Generaliza?
-Homens, ou Haron ou Charles, Christine tem um certo ódio no olhar seria capaz de ter compactuado mas não sujado as mãos, já considero Joceline inocente poderia dizer...- ele respirou- não, inocente total, ela provavelmente soube de tudo e não aprovou e os irmãos fizeram mesmo assim, mas não considero que ela seja capaz de matar alguém e mesmo odiando Edgar, ele era seu irmão
-Ouça Christoff, a chave para solucionar uma boa investigação não é ir apenas pelo caminho de provas, testemunhas, vítimas e pelo que parece estar certo, é o também o que você sente, quando estamos muito envolvidos nessa coisa de crimes e assassinatos ficamos mais sensíveis a esse tipo de situação, então mesmo que as coisas pareçam bem direcionadas a ponto que não tenha como ser outra coisa e você sinta que há uma virgula fora do lugar, investigue qual virgula está fora do lugar, entendeu?- Hans deu dois tapinhas no rosto do sobrinho- E afinal, sentimos o mesmo sobre os irmãos Hoffman...Mas me diga, porque eles iriam sujar as próprias mãos para eliminar a menina, afinal?
-o testamento não foi lido ainda tio, foi o que Jonas, filho de Christine que me disse- Hans pensou
-E o que considera?
-Ninguém sabe quem será o tutor dela até que seja maior de idade, então acredito que esconderiam ela até que descobrissem, depois só espalhar que ela está viajando e elimina-la e o tutor ficar com a fortuna...
-E quem deveria ser a pessoa principal que deveríamos abordar?
-Joceline...- Hans sorriu- Ela é a mais correta e tinha um olhar de misericórdia quando falávamos de Evangeline, como se realmente não soubesse aonde ela esteja, e considero que ela tenha medo da justiça divina poderíamos usar isso a nosso favor, faze-la acreditar que a investigação não é para ela, conversaremos com ela em tempos de descanso e livres, vamos sobrecarregar Haron e Charles como se tivéssemos a certeza que foram eles, Joceline abaixará a guarda e falará de modo sútil...e não podemos deixar Christine por perto...
-Estou impressionado Christoff, estou muito impressionado, é isso que faremos..- ele abre a porta da loja - mas antes temos algumas coisas a tratar...- ele olha nos olhos de Genn a dona da loja e ela sorri- Genevive, como vai minha linda Genevive?- ele beija sua mão
-Galanteador Hansal...- Christoff estranhou tal i********e, o tio implicava com o mesmo quando ele o chamava pelo seu nome, ela lhe entrega uma chave- Quando precisar de meus trabalhos novamente, sabe onde me encontrar...-Hans pega a chave e pisca
-Idem, minha querida...- ele se vira e vai até a saída e Christoff vai atrás em silêncio, Hans ri de suas afeições - Nenhuma pergunta?
-Prefiro nem saber seus meios de conquistar as coisas....- Hans olha para Christoff
- Fale filho...
-ECA TIO, essa mulher é asquerosa - Hans ri
-Quando chegar na minha idade irá entender certos métodos de cooperação
-Espero nunca entender, mas afinal, de onde é essa chave?- Hans sorriu
-Você agora tem 20 anos? certo?
-Sim
-Eu com 19 peguei meu primeiro caso, sozinho, sem meu mentor...
-E como foi?
-Foi um fracasso- ele sorri- Mas acredito que seja diferente com você....- eles entram em um antigo prédio e começam a subir as escadas
- o que quer dizer com " seja diferente com você"?- Christoff sorria esperançoso, ele esperava há muito tempo sua chance de mostrar ao tio que era capaz de desvendar um caso sozinho, ele era muito presunçoso e acreditava que seria melhor que o tio em seu primeiro trabalho
-Esse caso é relativamente fácil para mim, afinal eu sei de coisas que você nem imagina, então será um bom exercício para você, se desvendar esse caso antes da leitura do testamento do general, te deixarei pegar um dos meus casos de novembro- os olhos de Christoff brilharam, finalmente ele teria sua chance de mostrar toda sua capacidade perante seu tio- Entretanto, poderá se aconselhar comigo, mas creio eu que não fará isso por orgulho, mas são vidas de quem estamos falando e mesmo eu não tendo errado no meu primeiro caso por orgulho, peço que me pergunte, entende isso?- Christoff consente - Segundo, eu já resolvi essa parte do caso....mas não a outra
-Como assim?
-Enquanto todos acham que estamos buscando o assassino do General, que será o que vocês estarão fazendo, eu estarei procurando pistas sobre o assassinato do Edgar...- Christoff parou de andar enquanto o tio abria a porta
-Calma ai, um instante...Vocês? Tio porque estamos aqui afinal?- Hans sorriu
-Achei que me conhecia bem, Christoff
-Ou você vai se vestir de mulher, ou veio aqui para me dar um dos seus charutos de Berlim ou sequestrou alguém....
-Nunca lhe daria algum charuto de Berlim para você nem para ninguém...- Christoff ri- Não me rebaixaria ao me vestir de mulher e talvez seja a última opção...- ele diz abrindo a porta com delicadeza
-O que você disse?- Christoff sussurrou desesperado
-Cale a boca Christoff...- Hans entra em silêncio e abriu a porta e assim que abriu ele e Christoff desviaram de uma panela voadora
-QUE MALUQUISSE É ESSA?- Christoff grita -Tio você está sequestrando mulheres? TRAFICO DE MULHERES? AI MEU DEUS VAMOS PRA CADEIA...- A voz de Christoff começou a oscilar de grave para fino
-CALE A BOCA CHRISTOFF BECKER, garoto apavorado...Santo Deus.- Hans arruma seu casaco
-SE VOCÊS VIERAM ME MATAR, EU NÃO VOU FACILITAR PARA VOCÊSSSS- uma voz feminina responde e Christoff olha abismado para o tio
-Querida, sou eu Hans...não jogue mais nenhum adereço da cozinha em nós, quero lhe apresentar alguém
-Tio você está sequestrando meninas?- Christoff sussurra- Você tá louco?
-Calado Christoff- Hans ficou irritado - Venha...- ele foi até a sala e Christoff viu a silhueta feminina enrolada com um lençol nos ombros e uma panela na cabeça, escondida atrás do sofá
-Levante-se querida...- Hans se aproximou e estendeu a mão para a menina- Tire isso...- Ela tirou o lençol de seus ombros e a panela, revelando seus longos cabelos loiros ondulados e sua pele corada- Christoff gostaria de lhe apresentar Evangeline Hoffman...- Christoff muito impressionado pela beleza da menina não escutou o que o tio dissera- CHRISTOFF- ele gritou
-Perdão, mas porque ela está aqui? Como ela está aqui?
-Tio Hansal me salvou de uma possível emboscada ...- Christoff falou essa frase mentalmente umas 15 vezes, porque ela chamava seu tio de Tio, e Hansal na mesma frase, ele começou a pensar que ele implicava apenas com ele por chama-lo de tio e Hansal- Ai ele me colocou aqui faz alguns dias, me sinto mais livre aqui do que quando morava lá, é um prazer Christoff- Evangeline estende a mão mas Christoff ignora
-Sr. Becker...qual seu plano afinal?- Hans sentiu a ironia em sua fala
-Vocês dois irão trabalhar juntos para descobrir quem é o assassino do General...- os dois se entre olharam
-É O QUE?- os dois falam em uníssono
-Evangeline conhece a casa, lugares secretos, e afinal esse caso irá lhe aproximar de sua família..
-Não creio que serei útil, e porque eu iria querer me aproximar deles? eles querem me matar...
-ela está certa, acho uma péssima ideia, e eles a reconheceriam, isso arruinaria o caso
-Os Hoffman são tão cegos por si mesmos que não irão reparar, mantem seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda - Hans andou para perto de Evangeline - e eu tenho algumas ideias para resolver esse problema da aparência...Confiem em mim...- Evangeline confiava em Hans de olhos fechados, Hans conseguia ver grande potencial nela, algo que nem ela mesma conseguia enxergar, já em Christoff que tinha grande ego, Hans queria ensina-lo a ensinar, talvez ele seria o futuro mentor ou até parceiro de Evangeline, ele queria tanto ser a estrela, mas não sabia o peso de liderar caso, e mesmo que ele não gostasse ele teria que entender o que o tio estava tentando lhe explicar.