CAPÍTULO 4

1067 Words
- Helena, eu... eu não posso. - Alex diz de uma vez antes de perder o fôlego. Não entendi, o que ele está tentando me dizer? - Como assim? Não estou entendendo, me explica melhor. - Digo confusa e pedindo uma boa explicação. Isso tem a ver com a Lilly, tudo que está acontecendo de r**m tem algum dedo podre dela no meio. - É complicado, você não entenderia. - Ele responde, mas não me da nenhuma explicação. - Você tem que me contar seja lá o que for, confia em mim. - Imploro para ele me contar. Eu preciso saber, preciso de alguma explicação, de um motivo pela qual ele sempre está do lado da Lilly e ignora a própria filha. - Helena, é complicado e eu não tenho coragem de contar, acho melhor eu ir embora. - Ele diz e começa a andar até a porta. Ele não pode ir sem antes me contar, a segundos atrás estávamos em um clima bom, o que houve? - O que está acontecendo, Alex? - Pergunto. Ele para antes de abrir a porta, se vira para mim e diz: - Me desculpa. - E antes que eu possa dizer alguma coisa a mais ele saí porta a fora. Mas... Por que ele não me contou? É algo tão grave assim? Ele sempre esconde as coisas de mim, e no fim ele nem escolheu, mas já sei qual seria sua escolha; Lilly, como sempre. A gente quase se beijou... adoraria sentir seu beijo de novo, seu calor... infelizmente as coisas estão difíceis para ser assim. A policial Liz tem que achar logo a Mandy, ela longe de mim e o Alex tão próximo, ah, isso não da certo. Fecho a porta e vou até o sofá, quando me sento ouço a campainha tocar, acho que é o Alex. Vou até a porta e a abro, mas não tem ninguém, olho para o chão e me deparo com uma caixa de papelão. Quem será que deixou isto aqui? Talvez seja alguém querendo fazer uma brincadeirinha de m*l gosto. Pego a caixa do chão, e fecho a porta. A caixa está pesada e não tem o endereço e nem escrito dizendo quem deixou isto aqui, tomara que não seja mais uma pegadinha boba. Levo a caixa até a cozinha, a coloco em cima do balcão e a abro com uma faca, tudo está plastificado. Parece ser fotos e tem um bilhete. O bilhete diz: Veja só como ela está feliz, parece que na sua pequena linda mente nunca existiu você, é uma pena... na verdade não é não. Aproveite as fotos felizes da Mandy, ela já esqueceu você. Que coisa mais s*******o é está? Tiro de forma rápida o plástico que está nas fotos e vejo todas as fotos com o rostinho da Mandy, ela está feliz, comendo algodão doce e no balanço. Ela esqueceu de mim? Não, tire isso da sua cabeça, ela jamais faria isso. A policial Liz precisa saber disto. Pego meu celular e ligo para ela, ela atende. - Oi, Helena. Tudo bem? - Ela pergunta de forma preocupada. - Não, não tem nada bem, você precisa vir até a minha casa. - Respondo. Escuto sussurros no fundo, não entendo nada. - Certo, chego aí em alguns minutos. - Ela confirma e desliga. Esses sussurros foram... estranhos, mas isso não importa agora. Ah, Mandy minha pequena... será que você se esqueceu de mim? Eu quero acreditar que não, no entanto essas fotos você está tão feliz, fazia tempo que não via o sorriso que vi em seu rosto nessas fotos. Que você esteja bem, não se esqueça de mim, me mantenha em sua memória por favor. Se eu não ter a Mandy, eu vou ficar completamente sozinha, todos ao meu redor se foram. Mandy, por favor, não vá embora também. De repente ouço batidas na porta, é a primeira vez que não usam a campainha. Saio da cozinha e vou abrir a porta, Liz. - Oi, Helena. O que aconteceu? - Ela entra para dentro já perguntando. Ela parece meio apressada. - Liz - é a primeira vez que pronuncio o nome dela, por que isso me deixa contente? Foco, Helena, isso não importa agora - Liz, alguém deixou uma caixa em frente a porta e você precisa ver, vem comigo. - Digo e começo a andar rumo a cozinha, ela me acompanha. Ela senta em uma cadeira perto da mesa, eu pego a caixa do balcão e entrego a ela, ela lê o bilhete e começa a analisar ele, depois vê todas as fotos e as analisa também. - Isto foi deixado aqui hoje? - Liz pergunta me olhando. - Sim, a algum tempo atrás. - Respondo e começo a estralar os dedos indicando que estou nervosa. Liz se levanta segurando a caixa, me olha e diz: - Não é mais seguro você ficar aqui, venha, você vai passar um tempo na minha casa até tudo se resolver. - Ela termina e espera uma resposta minha. Ir para a casa dela? Não sei se isso seria uma boa ideia. - Ah, mas o que tem de errado eu ficar aqui? - Pergunto, eu sei que essa foi a pergunta mais boba e desnecessária que eu fiz, mas eu não quero ir para a casa dela, isso seria estranho. Liz revira os olhos e da um longo suspiro, tá, eu sei que foi muito inútil essa pergunta. - É como eu já disse, Helena. A pessoa que pegou sua filha já sabia tudo sobre vocês, se você ficar aqui vai estar se expondo. Confia em mim, eu sei o que é melhor. - Ela responde explicando a situação. É, talvez ela esteja certa. Isso tudo tá muito mais perigoso do que imaginei, não vou saber o que fazer se eu ficar sozinha e a Liz é uma policial, ela vai saber o que fazer. Só espero que ela não seja casada, vai ser estranho eu ficar na casa dela com o marido dela, pode acontecer muitas coisas das quais nem prefiro comentar. - Entendi. - Digo. - Estou esperando você no carro, traga com você apenas as coisas importantes. - Liz diz e saí da cozinha me deixando sozinha. Ela está estranha, talvez tenha descoberto alguma coisa e esteja nervosa ou com medo de me contar, mas medo e nervosismo não é muito o seu estilo.
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