CAPÍTULO 1
Continuação de; Um Amor Na Itália
Tem policiais por toda parte, pedindo informações que não consigo responder, a única coisa que eu sei dizer é; Levaram minha filha...
Como pude deixar isto acontecer? Estou tão sozinha e sem saída, me sinto presa em um labirinto e sei que ele está se fechando.
Quem são essas pessoas? Por que levaram a Mandy? Por que tinha que ser ela?
- Helena! - Max diz meu nome enquanto se aproxima assustado com tudo o que está vendo.
- Levaram ela... - Digo e paro em meio as lágrimas, ele me abraça sem entender o que está acontecendo.
- Levaram quem? Não estou entendendo. - Ele pergunta confuso.
Demoro responder por que não consigo parar de chorar, eu deveria ter cuidado dela, deveria ter a protegido mais... prometi coisas que não consegui cumprir.
Max começa a passar a mão em meus cabelos acariciando devagar, isso costumava me reconfortar, mas agora só me faz chorar mais ainda.
- Me conta o que está acontecendo, Helena. - Max insiste por uma resposta.
Saio do seu abraço, e ainda chorando lhe respondo sem força na voz:
- Levaram a Mandy, alguém sequestrou minha filha... - As palavras saem rasgando minha garganta com laminas de fogo, eu não consigo dizer mais nada.
Max me encara sem reação, as palavras estão presas.
- Co...como isso aconteceu? - Ele pergunta gaguejando.
- Eu pedi uma pizza e em poucos minutos alguém bateu na porta, Mandy pensou que fosse a entrega... - Paro por um segundo tentando recuperar o folego e conter as lágrimas que não para de cair - Eu... eu ouvi um grito e quando eu fui ver o que estava acontecendo, eu só vi um homem jogando a Mandy dentro de um carro... - As lágrimas começa a sair com mais força, é impossível conte-las.
Max da uma longa respirada e olha ao redor observando todos os policias.
- Como você deixou isso acontecer? Eu te avisei para se manter longe do Alex! - Ele grita, me assusto e todos ao meu redor também.
- Eu não poderia prever esse acontecimento, e o Alex não tem nada haver com isso. - Respondo, e não sei por qual motivo estou defendendo o Alex, talvez por ele realmente não ter culpa de nada. Ou talvez tenha sim, se ele tivesse seguido o que eu falei para manter a Lilly longe, eu e a Mandy ainda estaríamos na casa do campo e nada disto teria acontecido.
Alex teve culpa sim por um lado, e a Lilly também.
- Não venha defender esse inseto na minha presença, você tem culpa também por a Mandy não está aqui agora, você se tornou um lixo, Helena. - Ele diz todas estas palavras com tanta segurança, e teve a audácia de me chamar de lixo.
Dou um t**a em seu rosto.
- O único lixo que tem aqui é você, saia da minha casa. - Digo indignada demostrando irritação.
Como ele pode tentar me ferir em um momento frágil como este? Completamente s*******o e sem um pingo de respeito, não sei como ele ainda se sentia pai da Mandy.
Até quando vou cometer erros de acreditar e confiar em pessoas erradas? Até quando, Helena?
Max sorri estranhamente antes de ir embora, ele deve saber de alguma coisa que eu e nem esses policiais incompetentes sabe. Ou sou eu delirando, talvez...
Me sento no sofá levando as mãos a cabeça, estou sem ter para onde ir.
- Sra. Helena. - Uma policial me chama de repente, espero muito que ela tenha encontrado alguma coisa.
- Sim. - Digo com uma grande expectativa.
A policial me olha seria e responde com calma e em sua voz está tentando transmitir conforto:
- Sra. Helena, infelizmente não encontramos nenhuma pista do sequestro de sua filha. Mas deduzimos que quem a sequestrou já possa ter estado aqui dentro e que já sabia coisas relacionadas a vocês duas. - Ela explica a situação e por mais que ela tentou falar de maneira reconfortante... não adiantou, a dor apenas aumentou.
Quem poderia fazer algo assim com uma criança?
- Chefe, encontramos isto perto da entrada da casa. - Um homem alto e moreno diz, e no mesmo instante entrega o que parece ser uma carta amassada para ela.
Ela pega a carta amassada e manda o homem sair, e quando ele sai, ela desamassa a carta e lê mentalmente o que está escrito.
- Essas palavras significam alguma coisa para você? - Ela pergunta enquanto me entrega a carta.
Pego lentamente a carta que está em sua mão e começo a ler, na carta diz;
Eu juro que eu tentei ser o melhor para vocês duas, mas Helena você não me deu escolha. Eu sei que sem a Mandy você ficará abalada, só que você já teve chances de mais, agora é a minha vez de mostrar para a Mandy que eu sou o melhor para ela. E ela irá ver isso de qualquer jeito, por bem ou por m*l.
- Ah, eu... - Não sei o que dizer, não faço ideia de quem possa ter deixado isto - Eu não sei, não conheço ninguém que poderia ter feito algo do tipo. - Consigo responder para a policial.
- Sra. Helena, como eu já disse; A pessoa que possa ter feito isto é uma pessoa que já frequentou sua casa. Não se lembra de alguém que possa ser um suspeito? - Ela repete algumas palavras que já havia falado e me faz outra pergunta, uma difícil.
Alguém que frequentou minha casa...
Max sempre frequentou, frequenta desde o nascimento da Mandy. Não... ele não faria algo assim.
Alex frequentou poucas vezes e tentou fazer a Mandy se apegar a ele, e por alguns momentos conseguiu.
Acho que só eles frequentou, ah, mais uma vez cheia de perguntas que não tem resposta.
- É... Tem o Max que é meio como um pai para a Mandy pois participou desde o inicio da vida dela, e tem o pai biológico, o Alex. Ele apareceu recentemente por causa da Mandy, disse que queria se aproximar da filha. - Respondo meio sem jeito.
A policial que ainda não sei o nome, assente com a cabeça e observa um pouco o ambiente.
- Tem alguma câmera instalada pelo lado de fora da sua casa? - Ela pergunta de um modo profissional.
- Não tem, mas a vizinha ao lado instalou uma que da para ver a entrada da minha casa, ela disse que colocou para ver para onde seus cães vão quando pulam a cerca. - Respondo.
- Certo, irei ver se consigo conversar com sua vizinha para termos alguma forma de ver a placa do carro.
Depois de responder mais algumas perguntas, a policial retira toda sua equipe da casa e vai embora, disse que assim que obter mais informações irá entrar em contato.
Mandy, onde você está, querida?
Por favor, volte para mim...