CAPÍTULO 3

1077 Words
A policial manda tirar ele do chão, ele se levanta e arruma o cabelo sedoso. Isso só pode ser piada. Ele me olha e logo em seguida senta no sofá. - Foi a minha esposa que contou sobre o desaparecimento. - Ele finalmente responde. Como assim? A Lilly? Isso não é  possível, na verdade é impossível. - Você só pode estar mentindo, é impossível a Lilly estar sabendo do desaparecimento. - Digo em total choque de surpresa. Alex me olha torto. - Como assim é impossível ela estar sabendo disto? - Ele pergunta. Antes de eu responder, a policial responde explicando a situação: - Não tem como ela estar sabendo disto por que não foi divulgado e o desaparecimento está em caso privado. - E o que isso significa? - Alex pergunta sem entender o que já é o óbvio. - Isso significa que sua esposa acabou de se tornar uma suspeita por estar sabendo de caso privado. - A policial explica para ele. Alex demostra uma reação de que está ofendido, esse cara só pode ter trabalhado no circo, por que é impressionante o tanto de palhaçada que ele consegue fazer. - Como você se chama mesmo? - Alex pergunta para a policial olhando diretamente em seus olhos. Ela descansa os ombros, o encara e responde calmamente: - Sou a policial Liz, comandante desse caso. - Então... - Alex se levanta e fica em pé em frente a policial que agora eu sei o nome, e continua - Então você pode sair por ai dizendo quem é suspeito e acusando todo mundo? - Se eu estiver com provas, ou algo for suspeito, sim eu posso. Inclusive posso colocar você na lista por estar tentando defender uma suspeita, então já que você quer continuar nessa sua vida de super lindo e play boy, eu sugiro você fechar a boca. - Liz responde em tom grosso, todos os outros policiais abaixam a cabeça. Agora eu sei o motivo por ela ser a comandante do caso, tem meu completo respeito. Estou feliz por ela colocar o Alex em seu devido lugar. - Helena, coloquei alguns dos meus melhores policiais para proteger a casa, assim que eu conseguir mais alguma coisa eu venho informar. - Liz diz, e depois vai embora com o resto do seu pessoal. Que Deus a ajude encontrar alguma coisa, onde será que você está minha pequena? - Tudo bem? - Alex pergunta e eu me assusto. O que ele está fazendo aqui ainda? - Não foi embora ainda por que? - Pergunto olhando para ele demostrando desgosto. - Por que você não consegue me perdoar? - Ele me faz uma pergunta sem me responder. Não entendo por que ele insiste nessa pergunta sendo que ele já sabe a resposta e os motivos. - Não preciso responder a esta pergunta sem cabimento. - Digo a ele. - É claro que você precisa me responder, a uns dias atrás parecia que você ia me perdoar mas de repente esse brilho de perdão sumiu. - Sim, sumiu! - Começo a falar alto - Sumiu quando você trocou a nossa filha por aquela garota que você chama de esposa, você é tão cego que nem se deu o trabalho de ver o quanto nossa filha queria ser próxima de você. E agora por sua culpa, sim, por sua culpa ela está mais próxima de mim e muito menos de você. - Paro de falar e escondo o rosto. Ele vem até mim e leva meu rosto até seu peito e me preenche com seu abraço, fazia tempo que não sentia o perfume doce que tem em suas roupas e em seu corpo. - Por que você faz isso comigo, Alex? - Pergunto quase sem voz. - Ah, Helena, me perdoe por favor, eu necessito do seu perdão. - Ele diz. Mesmo não querendo fazer isso, chegou a hora de perdoar ele. - Eu te perdoo, eu perdoo tudo o que fez mesmo não merecendo esse perdão. - Digo rápido. Ele me aperta com carinho em seu peito. - Era tudo que eu queria ouvir, obrigado. - Ele diz agradecendo. Ele levanta meu rosto e encosta seu nariz no meu, sinto a umidade doce que tem em seus lábios, não posso beija-lo mas eu gostaria tanto de senti-lo. - Helena... - Ele pronuncia meu nome chegando cada vez mais perto da minha boca. - Não podemos. - Digo interrompendo o que ele está tentando fazer, saio do de perto dele e dou as costas. - Por que não? - Ele pergunta desapontado. Lilly... - Você tem a Lilly agora, mesmo adiando ela, eu não sou capaz de fazer isto. - Respondo. Eu jamais faria algo do tipo, mesmo desejando ele eu tenho que ser sempre verdadeira e justa comigo mesma. - Eu sempre amei você, só você, mas... - Mas a gente terminou, você traiu, eu sei muito bem disto... mas eu não queria sentir essa dor e eu achei melhor terminar e bloquear tudo isso. - Digo em tom rude. Alex coloca suas mãos em meu ombro e me vira para a frente, ficamos cara a cara. - Eu sempre fui uma pessoa que não valesse a pena, só que agora eu quero ser alguém importante, importante para você e para a Mandy. - Ele diz e isso me da um aperto de dor no coração. Mandy, a gente, uma família... Será possível uma coisa assim acontecer? - Alex... - Sim. - A gente jamais irá ser algo assim se você continuar com a Lilly, você precisa tomar uma decisão; É a Lilly ou eu e a Mandy, nossa filha? - Agora é a chance dele escolher o certo, se ele errar eu não poderei mais dar chances para uma coisa que está exposto qual é o lado certo, o lado certo sou eu e a Mandy. Abra os olhos Alex, saia desta escuridão e deixe de ser um cego, venha enxergar a realidade do mundo. Uma realidade tão fácil e única de se ver, não é difícil, basta ele escolher. Olho para ele demostrando que o quero, e que ele tem que escolher. Pego em suas mãos enquanto olho para ele. - Helena... - Ele para de falar, por que é tão difícil para ele escolher algo tão simples? - Qual é o problema? - Pergunto. Deve ter algum motivo pela qual ele não consegue escolher, tenho certeza que a Lilly fez algo que o deixou sem escolha.
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