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Minha garota.

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Blurb

A dor do abandono do pai. A visualização do sofrimento da mãe.Abigail Shmitz Rossetti, cresceu revoltada, buscando sempre entender o porquê do pai ter os abandonado num momento delicado. Ao mesmo tempo, conta com o apoio e amor incondicional do tio paterno: Vincenzo Rossetti. Para desafiar o coração de pedra da garota, surge William, um aspirante a piloto de corrida. O garoto não irá desistir, até poder chamá-la de 'Minha garota.'

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1:
?Abigail Shmitz Rossetti: 8 anos atrás: —O senhor vai voltar pra casa papai?—Pergunto, balançando as minhas pernas, enquanto estou sentada no banco de trás do carro.—O Tom está com saudades. —Eu não sei se volto pra casa filha. É complicada a situação com a sua mãe. —Ele diz, sem olhar pra mim. Fico triste com isso, eu queria que ele voltasse.—Mas eu prometo que vou visitar vocês com frequência tá bom? Não vou esquecer de vocês. Somente balanço a cabeça e fico quieta. Suspiro e encosto a cabeça no banco do carro. —Por que vocês se separaram?—Pergunto, depois de um tempo em silêncio. —Sua mãe é muito complicada, você sabe. Ela era muito ciumenta comigo, foi desgastando a nossa relação e deu no que deu. E eu também precisava de um tempo pra pensar em tudo, não é fácil sustentar uma família com a idade que eu tenho. —A mamãe é mais nova que você, e ela não precisou de tempo.—Cruzo meus braços brava. Eu não gosto que falem da minha mãe, ainda mais na minha frente.—Ela trabalha sabia? E consegue colocar comida em casa, mesmo sem você. —Eu também mando dinheiro pra vocês.—Eu não sei se é verdade. Agora o titio Vince leva, e ele leva brinquedos também.—Mas isso não é assunto pra criança. Agora: Que grande m***a. Não consigo me esquecer desse diálogo infernal que tivemos a tantos anos atrás. É inacreditável que ele continua o mesmo ser humano daquela época. Depois do abandono, eu mudei totalmente meu comportamento. Já não sorria com tanta frequência, nem usava mais aquelas roupas com cores fortes eu eu gostava. Me fechei, principalmente para os sentimentos. Todos perguntavam por que eu não era a mesma Ebby de antes, mas ninguém entendia e nem entendem até hoje a dor que corrói o meu peito. Quando eu já tinha feito 8 anos, minha mãe começou a namorar com Thiago, e não demorou muito para os dois casarem. No começo eu não gostava muito dele, confesso. Era difícil aceitar outro homem dentro de casa, mesmo não gostando tanto do meu genitor. Mas depois, eu me apeguei a ele e comecei a chamá -lo de pai. Nicollo ficou bravo quando me viu chamando o Thaigo de pai pela primeira vez, mas eu não dei muita bola. Ele nunca se importou em ser meu pai, não tinha necessidade de fazer um show. —Ei filha, você quer?—Meu pai levanta um copo grande cheio de suco natural de melancia. Ele é profissional em fazer drinks, com álcool e sem álcool.—Acabei de fazer, está geladinho, do jeito que você gosta. —Você me conhece tão bem.—Digo e sorrio minimamente pra ele. —Claro. —Enche o copo e me entrega.—Coloquei umas folhinhas de hortelã e menta pra enfeitar. Pegou um pouco do gostinho. Bebo um bom gole do suco gelado, que desce refrescando a minha garganta. Estava tão bom, que eu pego mais da metade do copo em três goles. —Pelo visto está bom.—Diz, me oferecendo mais do suco. —Está maravilhoso.—Aceito mais um pouco do suco.—Onde está o Tom? —Ele deu uma saída com a sua mãe, mas não vai demorar muito.—Avisa, começando a recolher as coisas que sujou durante o preparo do suco.—Tem sorvete na geladeira, eu trouxe ontem quando vim pra cá. —Quando eu vou poder ir na boate sozinha?—Pergunto como quem não quer nada, ele estreita os olhos pra mim.—Eu já sou grandinha, eu posso ir sozinha. Você pode ficar de olho em mim por todo o tempo que eu estiver lá, e eu prometo que não vou beber nada com álcool. Por favor pai, por favorzinho. —Eu não posso ficar de olho em você lá, tenho muitos clientes pra atender.—Ele diz e eu suspiro. Eu sei que eu ganho no drama. Uma arma.—E você é uma criança, não pode ficar num ambiente assim sozinha. —Pai... —Você pode ir algum dia com a sua mãe.—Ele diz.—Mas sozinha, não tem a mínima chance de você ir. E nem adianta fazer essa carinha. Dessa vez você vai conseguir me dobrar. Não posso ligar para o meu tio agora, ele deve estar namorando com Laren. Tenho que dá um desconto a ele. Vi o bichinho tristonho quando estava longe dela, agora ele merece ficar feliz. Mas como ele parece que lê os meus pensamentos, me manda uma mensagem e eu fico logo animada. 'Coisinha, Laren quer companhia para tomar aquele sorvete caro que vocês me obrigam a comprar. Mas se quiser, venha antes que Laren coma tudo.' Eu gosto dela. Ela faz o meu tio favorito feliz, e ao mesmo tempo me deixa feliz também. Eu vejo como os olhos dele brilham quando fala ou vê ela. Ele a ama, ama de verdade. 'Eu vou ir mesmo, guarde pra mim, ou terá que comprar mais titio.' —Pai, eu vou na casa do tio Vince tá bem?—Chamo a atenção dele. —Ok. Vou pedir um táxi pra você. Assim eu posso te monitorar.  Como eu não tenho nada pra fazer, vou até a casa do meu tio. Ele me deu passe livre e eu posso ir sempre que eu quiser. Claro que meu pai pediu um táxi pra mim, e vai me acompanhar até que eu chegue lá. —Ei gatinha.—Reviro os olhos já sabendo de quem se trata. Esse energúmeno sempre me chama assim quando eu venho nesse condomínio. Desde o dia que eu vim conhecer a namorada do meu tio, e não quis jogar a bola para dentro da quadra. —Vai fingir que não está ouvindo é?—Ele volta a falar.—Assim você fere os meus sentimentos gatinha. —Tem como você me deixar em paz ou está difícil?—Pergunto, já irritada. Ele tem o dom de me deixar estressada.—Está claro que eu não quero falar com você, então, não fale comigo. —Falando desse jeito eu me apaixono mais rápido.—Reviro meus olhos.—Nunca mais te vi por aqui, aquela historinha que você me contou, parece ser verdade. —Que garoto insuportável. Da outra vez, ele estava sem camisa enquanto jogava basquete. Hoje, está usando um macacão, típico de pilotos de corrida. Os cabelos desgrenhados e um capacete nas mãos. Até que ele é bonitinho. Ao mesmo tempo um insuportável intrometido. —Gostou do que está vendo?—Sorri de lado, passando os dedos entre os fios de cabelos.—Vejo que estava me avaliando. —Você se acha.—Começo a andar, em direção ao hall, mas sou seguida por ele de perto.—E para de me seguir. —Você é linda garota.—Diz e toca meu braço.—Muito linda. —Eu já sei disso.—Tento puxar meu braço. —Deixa um pouco a marra de lado e vamos sair comigo. Não quer dá uma volta de carro comigo?—Sorri de lado, revelando uma covinha.—Vai ser divertido. —Mais é claro...—Sorrio falsa e ele sorri ainda mais.—Que não. —Quanto mais você n**a, mais eu quero.—Já perdi as contas de quantas vezes ela sorriu.—Você não vai se livrar de mim tão cedo. —O problema é todo seu. Não tenho nada haver com isso.—Dou de ombros. —A gente se vê linda. Puxo meu braço e saio andando rapidamente, o deixando com cara de tacho pra trás. Eu conheço bem esse tipinho dele. Se finge de bonzinho, de bom moço, e depois te engana. Eu tô fora disso. Não quero ter que esquentar minha cabeça em relacionamento. Não tenho paciência para lidar com outra pessoa, eu vou querer sempre estar certa, e será um problema. —Boa tarde.—Cumprimento o porteiro. —Boa tarde mocinha. Entro no elevador e espero até que chegue na cobertura do meu tio. Coloco a senha no painel de controle e as portas se abrem já na sala dele. —Cheguei pessoas!—Digo alto. Se eles estiverem fazendo algo que me traumatize, irão parar ao ouvir a minha voz.—Onde estão todos? —Você já chega fazendo bagunça.—Meu tio surge. Com os cabelos bagunçados e sem camisa. Cruzo meus braços e estreito os olhos na sua direção.—E essa cara? Está lendo a minha alma por um acaso? —Deixaram sorvete pra mim?—É o que me interessa. —Laren está devorando um dos potes lá fora. Deixei um pote fechado lá pra você, pode pegar.—Vou saltitando até a cozinha. Abro o refrigerador e vejo o pote fechado de sorvete Magnum. Pego uma colher e abro a tampa. É uma satisfação ver a camada de chocolate que cobre a maravilha. Dou umas batidinhas e o chocolate trinca. De onde eu estou, vejo uma cabeleira laranja ,e eu sei que Laren está lá. Vou em direção a ela e me sento ao seu lado. —Oi Laren. —Oi Ebby. Como você está?—Ela pergunta simpática. —Eu estou bem e você ?—Encho uma colher com o sorvete e levo na boca. —Estou bem. —Só não está melhor porque tem que aguentar meu tio.—Digo rindo e ela rir também. —Do que estão rindo?—Por falar nele... —Coisas de mulher.—Ela diz e ele estreita os olhos, lhe dando um selinho na sequência.—Você não pode saber. —Já está me trocando dona Ebby? —Longe de mim fazer isso. Ninguém ocupa o seu lugar.—Ele fica no céu quando eu digo uma coisa dessas. Ele gosta de se achar.—E não se gabe, ou eu te tiro do posto. —Você não teria coragem de falar isso.—Retira Laren do lugar e se senta, a puxando para o seu colo. —Tem certeza?—Coloco mais uma colher de sorvete na boca. Casais felizes me irritam!

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