CAPÍTULO 139 CAROL NARRANDO Eu ainda sentia o peito apertado depois de tudo que ele me disse. O peso das palavras do Dante não saía da minha cabeça, mas, ao mesmo tempo, era como se cada promessa dele me trouxesse um pouco de paz. Eu sabia que ele falava sério. Ele não era homem de jogar palavra ao vento. Encostei meu rosto no peito dele de novo, ouvindo o coração bater forte, e deixei o silêncio nos envolver por alguns segundos. Era estranho: de um lado, a insegurança me corroía; do outro, o jeito dele me segurar tão firme parecia me blindar contra tudo. — Eu sei que tu vai fazer, Dante… — falei baixinho, quase um sussurro contra a pele dele. — Porque eu conheço teu jeito. Quando tu promete, tu cumpre. Ele não respondeu de imediato, só passou a mão pesada pelos meus cabelos, como se

