CAPÍTULO 42 CAROL NARRANDO Acordei com aquele soninho gostoso grudado no corpo, sabe? Tipo quando cê tá cansada, mas ao mesmo tempo com vontade de levantar e viver o dia. Me estiquei na cama, sentindo os lençóis macios roçarem na pele e um bocejo veio automático. Que delícia, meu Deus… Fiquei ali mais uns minutos, enrolada no edredom, encarando o teto branco e tentando acreditar que aquele quarto era mesmo meu agora. Tava tudo tão limpo, cheiroso, silencioso… nem parecia que eu tava dentro de um morro. Era tipo outra realidade. Levantei devagar, com os pés descalços afundando no tapetinho felpudo ao lado da cama. Dei aquela espreguiçada com gosto, com os braços lá no alto, sentindo os músculos estalarem. Depois caminhei até o banheiro — meu banheiro. Isso mesmo. Só meu. Abri a porta

