CAPÍTULO 43
CAROL NARRANDO
Terminei meu café devagar, ainda pensando no jeito que o Dante tinha saído, seco daquele jeito, como se tivesse desligado de mim de um dia pro outro. Levantei da mesa, agradeci à dona Zefa pelo café e subi pro quarto.
O corredor tava silencioso, só o barulho distante da rua entrando pela janela. Fechei a porta atrás de mim e fui direto pro guarda-roupa. Já que eu ia no posto, queria estar minimamente arrumada. Não por vaidade… mas porque depois de tanto tempo sem poder escolher nem a roupa que eu vestia, agora eu tinha esse direito e ia usar.
Peguei um vestido simples, rodadinho, estampado de florzinha miúda, que deixava meu corpo leve. Combinei com uma rasteirinha clara, daquelas confortáveis. Coloquei em cima da cama e fui até o espelho da penteadeira. Solt
