CAPÍTULO 42
CAROL NARRANDO
A gente ficou ali abraçada por um tempo que parecia não ter fim. Quando me afastei, ainda segurei nas mãos dela, como se tivesse medo de perder de novo.
— Eu… eu moro lá no alto do morro agora, dona Cida. — falei, meio sem saber por onde começar. — Tô na casa do Dante.
Ela franziu a testa, apertando mais minhas mãos.
— Que Dante? — perguntou, desconfiada. — Quem é esse, Carol? É o dono do morro ?
Suspirei. Eu sabia que não ia ser fácil explicar.
— Sim, o dono do morro. — soltei, direto.
Os olhos dela se arregalaram na hora.
— Como é que é, menina? — ela balançou a cabeça, quase rindo de nervoso. — Cê tá doida? Como assim foi parar na casa dele? É por causa da dívida?
— Calma… não é o que a senhora tá pensando. — falei rápido, tentando controlar a ansied
