CAPÍTULO 109 DANTE NARRANDO Estiquei o braço e puxei o celular do bolso, joguei na mão dela sem cerimônia. — Agenda teu número aí. — falei seco. — Eu vou te avisar quando tiver o exame marcado. Laura segurou o aparelho com as mãos tremendo, os olhos ainda vermelhos. Digitou rápido, devolvendo pra mim como se tivesse medo até de encostar. — Hoje mesmo eu vou resolver essa porrä. — continuei, guardando o telefone no bolso. — Quando tiver o horário, eu aviso. Até lá… some da minha frente. Ela enxugou as lágrimas com as costas da mão, tentando segurar a voz, mas mesmo assim deixou escapar: — Dante… tenha amor pelo teu filho. Ele não tem culpa de nada. Quando tu olhar nos olhos dele, vai ver que é teu. Vai sentir. Aquilo foi como gasolina no fogo. Meu maxilar travou e respirei fundo, po

