CAPÍTULO 157
DANTE NARRANDO
Encostei a moto, desci devagar e já senti o clima estranho no ar. O jeito que os vapores estavam, duros, em posição, me avisou que tinha merd@ acontecendo. A corrente no meu pescoço pesava mais, e cada passo que eu dava só fazia o silêncio ficar mais grosso.
Olhei primeiro pra pequena, de braços cruzados, firme, mas com o rosto queimando de raiva. Depois, meu olhar caiu nela. A Laura. O fantasma que eu mais queria manter longe da minha vida tava ali, bem na frente da boca, encarando minha mulher.
— Que porr@ tá acontecendo aqui? — rosnei, a voz grave ecoando, sem paciência pra jogo.
Ninguém respondeu de cara. A Laura engoliu seco, mas manteve o queixo empinado, como se ainda tivesse moral comigo. E a pequena, mesmo com o coração disparado, não tirou o corpo
