22- CRIS

1054 Words

CAPÍTULO 22 CRIS NARRANDO Mais um dia na padaria. Mesma rotina, mesmo cheiro de pão e óleo quente, mesmo rádio velho tocando os pagode antigo que o seu Afonso, dono do pedaço, jurava que animava o ambiente. A real é que eu já tava cansada, mas cansada de corpo e alma. Trabalhar ali até que não era o problema. Era honesto, pagava o aluguel e me dava um mínimo de dignidade. Só que, ultimamente, parecia que a vida tava em modo repetição, todo dia igual, toda gente igual, os mesmo papinho furado, os mesmo olhares atravessados. Até que ele entrou. Tatuado até o pescoço, boné virado, camisa colada no corpo trincado e um andar de quem sabe que mete medo e chama atenção. Pelé. Conhecia de nome, lógico. Braço direito do Dante, o chefe do morro. O tipo de cara que a gente aprende a não olh

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