CAPÍTULO 184 CAROL NARRANDO Subindo o morro com a sacola na mão, já sentia o cheiro do café e do pão de queijo quentinho escapando pela beiradinha da embalagem. Eu pensava no Dante, imaginando a cara dele quando eu chegasse lá na boca com tudo. Um sorriso bobo escapou no meu rosto só de lembrar do jeito dele, bruto por fora, mas todo preocupado por dentro. Quando tava quase chegando na boca, distraída com os pensamentos, quase tropecei em alguém que vinha descendo a ladeira. Levantei o rosto na hora e congelei: era a Laura. — Olha aqui, sua vadiazinhä… — ela cuspiu as palavras, apontando o dedo na minha cara. — Foi até bom te encontrar aqui. A gente precisa esclarecer umas coisas. Travei no meio da rua, sentindo a raiva dela me acertar como uma pedrada. Apertei mais forte a sacola, re

