ÁRIA SINCLAIR Ando apressada pelo corredor, com uma pilha de documentos pressionada contra o peito e os saltos dos meus sapatos ecoando no piso frio de mármore. As pessoas passam por mim às pressas, quase sem se olhar, cada uma focada em resolver seus próprios problemas antes que algum erro custe suas cabeças. Empurro a porta de vidro do meu setor e volto para meu cubículo, ou, como costumo chamar, minha “sala”. Uma mesa pequena, um computador antigo que vive travando, uma cadeira desconfortável e uma mini prateleira abarrotada de pastas. É isso. Esse é meu pequeno mundo dentro da Sede do Dominus Bank, o maior banco da região aqui em Miami. Assim que largo os papéis sobre a mesa, meu estômago ronca alto, como se quisesse me lembrar de que ainda não parei nem para respirar, quem dirá co

