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Vendida Para o Capo

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intro-logo
Blurb

Reina, uma jovem de 19 anos cega, vive uma vida de dificuldades ao lado de seu irmão Guto, um viciado que pouco se importa com ela. Ela se esforça vendendo balas nas ruas para sustentar a casa, mas o dinheiro nunca é o suficiente. Em um ato de desespero, Guto faz o impensável: vende a própria irmã para um poderoso chefe de cartel, um homem impiedoso e com fama de louco. Agora, Reina se encontra nas mãos de um criminoso brutal, sem saber o que o destino reserva para ela. Presa em um mundo perigoso e sem saída aparente, ela precisa lutar por sua sobrevivência e encontrar uma maneira de escapar, mesmo vivendo no escuro.

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Início
Naquela manhã, Reina saiu de casa sentindo o peso da rotina. Seus passos lentos refletiam o desânimo que apertava seu peito. Todos os dias ela se esforçava vendendo balas nas ruas, mas o dinheiro nunca parecia ser suficiente. Era como se estivesse sempre lutando para manter a cabeça acima da água, enquanto o peso da vida a empurrava para baixo. Quando voltou para casa, o som da porta se fechando m*l ecoou pelo pequeno apartamento antes de ouvir a voz grossa de Guto, seu irmão, vindo da sala. — Cadê o dinheiro de ontem, menina? — perguntou ele, com o tom impaciente que ela já conhecia tão bem. Guto era sua única família, mas não fazia nada por ela. Reina aprendeu a se virar sozinha desde cedo, navegando no escuro de sua cegueira e na indiferença de seu irmão. — Eu paguei a conta de luz… queria tomar um banho quente — respondeu ela, com a voz baixa, como quem pede desculpas por um erro que não cometeu. O som de Guto se levantando do sofá veio pesado, e sua resposta carregada de raiva a atingiu antes que ele sequer chegasse perto. — O quê? Sua i****a! Eu já te disse pra entregar o dinheiro! — gritou ele, e em seguida, o empurrão. Reina perdeu o equilíbrio, sentiu o corpo bater contra a parede, a dor aguda explodindo na cabeça. A surpresa a fez se encolher no chão, o medo antigo voltando à tona. Ela ouviu Guto se afastando, bufando de raiva, mas sua mente estava focada em outra coisa: encontrar a bengala. Tateando o chão com mãos trêmulas, ela sentiu o frio do piso e a urgência que crescia dentro dela. Seu coração batia acelerado, o pânico a cada segundo mais próximo. Finalmente, seus dedos tocaram o metal familiar. Segurou a bengala como se fosse a última âncora em um mundo que parecia sempre à beira de desmoronar. — Desculpa… desculpa… — murmurou, enquanto se erguia lentamente, o corpo ainda dolorido e o coração pesado. O silêncio que veio depois do pedido de desculpas era tão sufocante quanto a presença de Guto. Era o mesmo vazio que sentia todos os dias, uma solidão que a cercava, mesmo quando não estava sozinha. Reina caminhava pelas ruas com a cabeça cheia de perguntas e o coração pesado. Ela não conseguia entender o porquê do constante mau humor de Guto. A cada dia, ele parecia mais distante, mais irritado, e ela não sabia mais como lidar com a situação. O que ele fazia com o dinheiro que ela dava a ele? A dúvida a corroía. Naquele mês, ela havia decidido pagar a conta de luz. Estavam sem energia há dois meses, e os dias sem poder tomar um banho quente ou acender uma lâmpada no fim da tarde já haviam se tornado insuportáveis. O frio da água penetrava sua pele e a lembrança da escuridão a fazia se sentir ainda mais só, mais abandonada. Guto não parecia se importar. Ele nunca mencionava as contas ou perguntava sobre comida. Comida, aliás, era uma coisa rara naquele apartamento. Quando havia algo para comer, era porque ela mesma comprava, e sempre depois de contar cada centavo das suas vendas nas ruas. “Por que ele não ajuda?”, ela pensava, sentindo uma mistura de frustração e tristeza crescer dentro de si. Guto era sua única família, mas a cada dia que passava, parecia mais um estranho do que um irmão. Ele estava sempre saindo de casa, voltando tarde, e quando estava lá, ficava trancado no quarto, deixando o silêncio tomar conta da casa, um silêncio que a sufocava. Reina suspirou, apertando a bengala em sua mão. As ruas que ela conhecia de cor não ofereciam mais nenhum consolo. O mundo lá fora parecia menos c***l do que o que ela enfrentava dentro de casa. Reina passou o dia todo em sua rotina habitual, vendendo balas nas esquinas movimentadas. Com seus dedos ágeis, ela conseguia distinguir cada nota e moeda que recebia. O tato era seu guia, e, mesmo cega, havia aprendido a se virar. Cada transação era uma pequena vitória em meio à dureza da sua realidade. Mas a verdade era que viver assim era muito mais difícil do que parecia para os outros. As pessoas a ignoravam, passando apressadas, como se sua presença fosse invisível. Outras, por pena ou caridade, compravam suas balas sem trocar uma palavra. E ainda havia aqueles que a enganavam, entregando-lhe trocados sem valor. Reina havia aprendido a reconhecer essas pessoas com o tempo, mas o cansaço das horas nas ruas e o peso de suas preocupações às vezes a faziam baixar a guarda. O mundo que ela via era feito de sons, cheiros e toques, mas a escuridão que a cercava era sempre um lembrete constante de sua luta. Mesmo com suas habilidades afiadas, o caminho era mais longo, mais solitário. Contudo, Reina não reclamava. A vida que tinha, apesar de tudo, ainda era sua. E sobreviver, por si só, já era um ato de coragem. Quando Reina finalmente retornou para casa, após um longo dia nas ruas, algo estava diferente. Ela estendeu a mão, procurando a maçaneta, mas antes mesmo de tocá-la, percebeu que a porta estava entreaberta. Uma sensação de desconforto tomou conta dela. Guto nunca deixava a porta aberta, por mais negligente que fosse. — Guto? — chamou, hesitante. O silêncio que veio em resposta a fez c******r por um momento. E então, algo estranho capturou sua atenção. O cheiro do ambiente era diferente, carregado, como se várias pessoas tivessem passado por ali recentemente. Ela conseguiu distinguir um odor forte e amargo, de cigarro, talvez algo mais intenso, misturado com o perfume de couro e álcool. Eram homens, vários, e nenhum deles parecia ser seu irmão. Reina deu um passo hesitante para dentro, seus sentidos em alerta. O coração acelerava a cada segundo, batendo forte contra o peito. Ela tentou manter a calma, mas sentia o pânico subindo pela garganta. — Quem… quem são vocês? — perguntou, sua voz trêmula, m*l disfarçando o medo que a consumia. O silêncio momentâneo foi quebrado por risos baixos, abafados, vindos de algum ponto da sala. O som ecoou pelo pequeno espaço, fazendo o estômago de Reina revirar. Ela não sabia quem estava ali, mas tinha certeza de que sua vida estava prestes a mudar de forma drástica.

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