- ARMADILHA- PARTE II

1581 Words
Ponto de vista de terceira pessoa Início da Ação É hora do Show!!! A banda de Chang Liu ainda não tinha grande reconhecimento, o que tornou mais fácil usarmos isso como artimanha para infiltrar outros "integrantes" entre os músicos. Além disso, a banda costumava se apresentar usando maquiagens elaboradas e, às vezes, até máscaras, o que possibilitou um disfarce ainda mais convincente. Na formação daquela noite estavam Chang Liu, Kira, Logan, Lucy, Ivan e Dragon. Cada máscara possuía um filtro especial, e nossas aparelhagens haviam sido modificadas para liberar um gás sonífero através da fumaça que comumente criava a névoa no palco. Além disso, tínhamos playbacks prontos para cobrir qualquer falha ou necessidade de distração. Tudo estava montado e pronto para o início do show. Assim que as luzes se acenderam, ligamos a máquina que soltava o gás e começamos a tocar. O espetáculo se iniciou com um solo de bateria envolvente, logo acompanhado pelos outros instrumentos e, por fim, pelo vocal. Na plateia, grupos de empresários estavam espalhados entre os convidados. Logan, sempre atento, mantinha-se de olho, tentando identificar figuras conhecidas. Afinal, ele era o homem da informação e, entre todos, o mais qualificado para reconhecer personalidades públicas. Mas algo estava errado. Para sua surpresa, nenhum dos homens ali presentes lhe parecia familiar. O gás começou a surtir efeito. Pouco a pouco, os empresários davam sinais de sonolência, suas posturas tornando-se mais relaxadas enquanto buscavam apoio em cadeiras e mesas, lutando contra a exaustão repentina. Foi então que tudo desandou. Chang Liu, sem esperar qualquer sinal de Kira, agiu por conta própria. Com um movimento brusco, retirou de dentro do case de sua guitarra um fuzil e, sem hesitação, abriu fogo contra os homens ali presentes. O som das rajadas rompeu o ambiente abafado pelo som do show, transformando a apresentação em um caos absoluto. Kira ficou momentaneamente paralisada diante do surto de Chang. Aquilo não fazia parte do plano. Mas não havia tempo para hesitação. O pavio já tinha sido aceso, e agora era m***r ou morrer. Kira saca sua monokatana e se lança contra alguns guardas. Ao longe, luzes se acendem, revelando figuras emergindo das sombras. No alto de uma estrutura que lembra um galpão dentro do armazém, duas metralhadoras giratórias estão montadas em suportes. Um frio percorre a espinha de Kira. O instinto grita que o mässacre está prestes a começar. Eles iriam abrir fogo indiscriminadamente, eliminando tudo e todos. Mas seria essa realmente uma armadilha para capturar Chang Liu e arrancar informações dele? Ou tudo não passava de uma tentativa de execução sumária? As dúvidas assaltam sua mente, mas ela não tem o luxo de analisá-las agora. Sobrevivência é a prioridade. A situação se agrava quando percebe que os homens saindo do galpão são diferentes dos demais. Até então, os seguranças que enfrentavam estavam mäl equipados, sem pröteção adequada. Já esses novos combatentes vestem armaduras reforçadas, capacetes táticos e portam armamento pesado. Apesar disso, eles não avançam de imediato contra o grupo. Chang Liu segue disparando, abatendo diversos seguranças. Kira continua cortando inimigos, mas então percebe o movimento das metralhadoras giratórias. Seu olhar se fixa nas torres de fogo iminente. O terror se confirma. "Se escondam! Eles vão atirar sem se importar com quem está na linha de fogo!" – grita Kira. Ela busca desesperadamente uma cobertura, mas não há tempo. As armas se ativam, cuspindo uma chuva de balas em sua direção. Kira é o alvo principal. Os disparos ressoam ensurdecedores, destruindo tudo em seu caminho, e ela sente a adrenalina tomar conta de seu corpo. O inferno começou. Os tiros atingem várias partes do corpo de Kira. Um deles acerta diretamente sua cabeça, mas graças à pröteção reforçada de seu equipamento, ela não sofre nenhum dano aparente. As balas ricocheteiam e caem no chão como uma chuva metálica, algumas até se estilhaçam contra sua armadura. A cena parece saída de um filme do Superman. Ofegante, Kira analisa rapidamente o ambiente. Seu olhar se fixa em uma gota de sangue que pinga de seu corpo e se choca contra o chão. O impacto das balas pode não tê-la ferido gravemente, mas seu corpo sente o trauma. Assim que a saraivada de tiros cessa, Kira age sem hesitar. Ela avança com velocidade feroz contra um dos homens que operava a metralhadora giratória. Usando o impulso da corrida, salta e se agarra ao suporte da arma, puxando-se para cima com agilidade felina. Seu objetivo é claro: alcançar e eliminar o operador antes que ele tenha a chance de reagir. Após Kira eliminar um dos homens, o outro percebe que a metralhadora giratória não tem ângulo para atingi-la. Sem outra opção, ele vira a arma contra os membros da "banda", atirando de forma aleatória, sem saber quem é quem devido às máscaras e maquiagens. O pior recai sobre Lucy. A jovem é impiedosamente fuzilada. Apesar de utilizar uma pröteção considerável, a potência da metralhadora é avassaladora. Seus tiros incisivos rasgam seu corpo, selando seu destino de forma brutal. O impacto dos projéteis arranca sua máscara, revelando seu único olho arregalado em uma expressão de choque absoluto. A morte foi rápida, sem tempo para dor. Fugaz e crüel. O sangue jorra de seu corpo, formando uma poça escura ao seu redor. Um de seus olhos já não está mais em seu rosto—na verdade, metade de sua face está completamente desfigurada. Enquanto o caos se desenrola, Logan avança de maneira furtiva até a plataforma onde o atirador continua seu mässacre impiedoso. Com precisão cirúrgica, ele ergue sua arma, mira e dispara dois tiros diretos contra a cabeça do inimigo. Se não fossem munições perfurantes de armadura, o ataque teria sido inútil. Mas agora, era inevitável—o homem estava condenado. As balas atravessam a pröteção de seu capacete e, ao atingir sua pele, começam a queimar. O homem solta um grunhido sufocado antes de desabar. Diferente de Lucy, seu corpo não é um espetáculo grotesco de destruição; há apenas um buraco fatal em sua cabeça, do qual uma tênue fumaça se eleva. Sua expressão final não é de paz, mas de pura agonia e dor. Os homens que saíram de dentro do galpão se aproximam, eles tem armas pesadas em suas mãos, e abrem fogo. A perna de Chang é estourada por uma rajada de balas que a atinge. Chang ao cair no chão faz um alto barulho, o que chama atenção de Kira e Logan. Kira aproveitando que está sobre o local onde o homem que manuseava a metralhadora estava, ela assume agora a posição, mira nos homens que agora estão no campo de batalha e abre fogo. Logan pensa em fazer o mesmo que Kira mas não consegue alcançar o local onde está a metralhadora pois ele não tem treinamento para fazer tal manobra. Vários corpos começam a cair quando a munição da metralhadora giratória se finda. Kira encara a cena com um leve sorriso de satisfação. Ela nota uma pequena porta atrás dela, que provavelmente dá acesso pra dentro da área do galpão. Os homens que emergem de dentro do galpão avançam com armas pesadas em mãos e abrem fogo sem hesitação. O som ensurdecedor das rajadas ecoa pelo armazém. Chang é atingido em cheio, sua perna destroçada por uma saraivada de balas. Ele cai no chão com um baque sürdo, um grito abafado de dor escapando de seus lábios. O impacto chama imediatamente a atenção de Kira e Logan. Aproveitando sua posição privilegiada sobre a plataforma onde o operador da metralhadora estava, Kira rapidamente assume o controle da arma. Com olhos frios e calculistas, ela gira a mira para os homens que se espalham pelo campo de batalha e aperta o gatilho. O estrondo contínuo da metralhadora giratória reverbera pelo espaço, cuspindo balas a uma velocidade avassaladora. Cada disparo é uma sentença de morte. Corpos começam a tombar um após o outro, espalhando sangue e caos pelo chão de concreto. Logan, ao ver o que Kira está fazendo, tenta replicar sua estratégia, mas logo percebe que não tem o treinamento necessário para alcançar a posição elevada onde a metralhadora está fixada. Frustrado, ele busca outra forma de contribuir para o combate. Quando o tambor da metralhadora se esvazia e a munição chega ao fim, o silêncio momentâneo pesa no ambiente. Kira respira fundo, seus olhos varrendo o cenário de carnificina que ajudou a criar. Um leve sorriso de satisfação se forma em seus lábios. Então, algo chama sua atenção. Atrás dela, uma pequena porta metálica está parcialmente oculta na estrutura do galpão. Provavelmente um acesso para o interior da instalação. Seus instintos se aguçam. Com um último olhar para os corpos caídos, ela se prepara para avançar. Logan, ao notar por onde Kira entrou, rapidamente busca outra alternativa para acessar o interior do galpão. Antes disso, ele se apressa até Chang para verificar sua condição. Com um olhar atento, constata que, apesar do ferimento grave, Chang ainda está vivo e estável o suficiente para não precisar de atenção imediata. Com isso em mente, Logan segue em direção a um ponto que aparenta ser uma possível passagem para dentro do galpão. Seu olhar analítico percorre o ambiente, buscando um caminho seguro e estratégico. Nesse exato momento, Ivan e Dragon, tendo finalizado suas próprias batalhas contra os seguranças dos empresários presentes, se aproximam rapidamente. Eles trocam olhares rápidos e compreendem a urgência da situação. Sem perder tempo, os três avançam juntos e adentram o galpão, prontos para enfrentar o que quer que os aguarde lá dentro.
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