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4291 Words
Fernanda Não demora um segundo ele atravessa a porta com seus olhos apertadinhos e avermelhados, mandíbula tensionada olhando diretamente na minha direção e meu coração até acelera com receio e me pergunto se foi mesmo uma boa ideia aparecer aqui? Eu nunca quis vir aqui, muito menos questionei onde é e o que ele faz, mas tinha noção de como poderia ser. Lógico que eu não tive curiosidade e nem tenho, mas eu estou com saudades dele de verdade, não quero esperar até amanhã pra resolver isso. Geralmente nas segundas feiras ele nunca vai embora tão cedo, sempre fica até umas oito ou nove da noite aqui. Breno — Tá fazendo o que aqui?_ diz num tom frio olhando dentro dos meus olhos e depois olha pro irmão — Quero falar com você! _ digo apertando meus dedos, ele aperta os olhos mirando em mim outra vez Breno — Era só ter ligado p***a. Não era pra vir aqui! _ diz ignorante, engulo saliva e olho na direção que ele saiu quando uma mulher sai por lá com uma roupa minúscula fazendo meu coração estremecer — Quem é ela?_ Ele olha pra trás e vê a morena saindo e quem vem atrás faz meus olhos até oscilaram e imaginando o que eu não queria — O que ela ta fazendo com você lá dentro? _ controlo o tom sentindo meu peito ofegar, enquanto olho pra Carol com o sorriso debochado Breno — Não viaja. Ela trabalha pra mim, nem vem de ideia errada! _ diz olhando dentro dos meus olhos com sinceridade, mas dentro de mim ainda ficou abalado com uma ardência na minha garganta — Quero saber o que cê veio fazer aqui? Aqui não é lugar pra você c*****o!_ diz ignorante, aperto meus lábios tirando atenção dela e olho pra ele que ainda me encara sério — Esquece! Foi um erro eu ter vindo. Pode voltar pro que você tava fazendo, eu já vou embora!_ digo dando um passo pra trás e minha voz infelizmente saiu abalada Breno — Faz graça não, Fernanda! Ta maldando os bagulho errado atoa p***a. Veio aqui do nada e vai embora assim, oh c*****o!_ diz dando dois passos na minha frente, olhando dentro dos meus olhos que agora estão ardendo —Não precisa se preocupar, eu ainda confio em você! Eu só queria falar com você pessoalmente. Já vi que eu não sou bem vinda, então eu vou embora!_ digo magoada parando do lado que eu desci da moto e ele me encara com a mandíbula tensionada e respiração pesada Breno — Não vai c*****o, bora entrar comigo e cê diz o que é! — Não precisa, não quero te atrapalhar no seus negócios, em casa a gente conversa! Você pode me levar pra casa Bruno?_ digo olhando pra ele que olha pro irmão que está olhando em direção a nós dois Bruno — Nem vem aloprar pro meu lado, eu falei pra ela que não era pra vir! _ se justifica antes dele dizer Breno — Fala c*****o, p***a! Tinha nada que trazer ela aqui não! Cê tá ligado que aqui não tem nada pra ela, tá ciente dos bagulho e da uma dessa p***a! Ta de s*******m p***a! Veio trazer ela aqui pra quê? _ vocifera arrogante e altivo, inclinando os ombros para trás, enquanto gesticula com a mão em forma de L — Foi eu quem pedi pra ele me trazer. Sai do trabalho mais cedo, vi ele conversando com um homem na rua e pedi pra ele me trazer aqui. Ele tentou impedir e eu mesmo assim insisti. A culpa não foi dele, foi eu que mandei ele me trazer aqui! _ enfrento ele antes do Bruno responder e Breno tensiona seu maxilar nervoso pega no meu pulso e me puxa pra perto Breno — Mete o pé!_ ordena pro Bruno apertando meu pulso e eu me livro da sua mão com cenho franzido — Eu não vou ficar! Você já não disse que aqui não é lugar pra mim? Então deixa ele me levar embora ou eu vou a pé mesmo!_ digo irritada olhando no seus olhos irados ele pega no meu braço novamente sem forçar, mas seu olhar é altivo me causa palpitação Breno — Não me testa Fernanda! Tá querendo me tirar de o****o c*****o?_ diz entre dentes olhando dentro dos meus olhos e eu não respondo — Não era pra você ta aqui mermo. Aqui não é teu lugar, mas agora que veio vai ficar e vai embora comigo p***a. Sem fazer gracinha, c*****o!_ diz com olhar intimidador que me faz sentir raiva e excitação ao mesmo tempo Bruno — Tô saindo fora!_ diz nervoso ligando a moto, olho pra ele acelerando e saindo e volto a minha atenção pro ogro na minha frente — Você é um i****a! Não precisava descontar nele a minha burrice de querer ver você. Por ser i****a demais em sentir saudades do ogro e******o como você que nem sequer quis responder minhas mensagens. _ digo num tom baixo o suficiente para apenas ele me ouvir e ele me encara nervoso travando o maxilar — Eu só não queria dormir brigada com você, por isso vim aqui, pra gente se acertar e eu ir embora depois sem te atrapalhar. Não precisava brigar por isso, eu não vim aqui pra isso. Se não me quer aqui me deixa ir embora então. Não precisa vir junto! _ digo tentando soltar sua mão, mas ele me aperta mais, me mantendo no lugar Breno — Papo tá dado! Cê vai voltar comigo e sem mais. Entra nessa p***a e vai ficar me esperando lá dentro sem gracinha, que daqui a pouco eu vou meter o pé! _ diz autoritário e pelo seu olhar sei que não tenho escolha e mesmo não querendo aceito sem responder Ele solta meu braço que fica com a marca dos seus dedos na minha pele branca, atraindo sua atenção. Ele tenciona o maxilar vendo eu passar minha mão sentindo uma pequena ardência causada pelo aperto. Sem dizer nada ele passa a língua entre os lábios e maneja a cabeça de lado na direção da casa velha, indicando pra que eu entre. Olho ao redor e ninguém nos olha, tirando a ridícula da Carol que me encara com seus braços cruzados com ar de satisfação, que me faz tensionar o maxilar e andar na frente dele que vem do meu lado com a mão na minha cintura. Entro na casa escura com cheiro de droga e cigarro onde alguns homens estão cortando e embalando droga. Breno me conduz no fundo no cômodo com uma porta aberta e uma sacada com a vista da favela. Dentro contém uma mesa de escritório, com um notebook encima com vários papéis do lado. Nas paredes tem um armário, fechado, prateleira com algumas caixas e mais drogas no canto. Breno — Fica sentada aí, que eu vou resolver umas paradas aqui e já te levo embora! _ diz tirando os papéis da mesa, guarda na gaveta e eu tiro minha bolsa das costas e sento na cadeira estofada com cheiro do seu perfume, cruzo minhas pernas sem dizer nada. Apenas olho o frigobar com pezinhos na cor preta encostado na parede sem reboco, pouco arranhando, empoeirado também do lado da mesa com alguns pacotes de bolacha que ele gosta, um pacote de doritos, balas, chocolate e dois copos sujos de bebidas sobre ele. Mais acima tem um pequeno bar de parede com algumas bebidas já aberta Breno — Se quiser, pega aí o que cê quiser! Tem refrigerante, cerveja e mais umas paradas que eu não lembro... _ diz atrás da cadeira, abre o frigobar e eu vejo dentro o que ele disse, na porta e nas gavetas, assim como garrafinha de água — Tem esse bagulho ai e sacolé no congelador também se tu quiser _ diz abrindo e eu vejo eles de um lado e um saquinho de gelo de coco no outro — Eu não quero nada, obrigada!_ digo sem ânimo, sentindo o sono começando a me incomodar Breno —Pega aí, pô! Sei que cê gosta desses bagulho também! Tinha trazido um pedaço da tua torta também, mas já comi no almoço! _ diz fechando a porta e olho pra ele saindo de trás, apoiando meu cotovelo direito no braço da cadeia com minha mão de unhas decoradas de lilás e roxo no meu queixo — Deixou de almoçar comigo pra comer torta?_ arqueio uma sobrancelha olhando pra sua cara marrenta Breno — Tava bolado contigo. Preferi ficar por aqui mermo! _ Ri pelo nariz rolando meus olhos e resolvo nem responder pra não dar mais palco pros outros ouvir, principalmente a outra — Não adianta fazer essa cara aí não. Cê tá ligada que tá no erro! Deu papo pra mim que não ia e mermo assim meteu o loco e foi, pra fazer gracinha! _ Aperto meus lábios colocando meus dedos na junção das sobrancelhas e continuo me mantendo no silêncio, fechando meus olhos, sentindo o sono pesar — Vai me n**a a voz agora? Quis vir aqui pra falar comigo e vai ficar muda agora?_ diz irônico, com ar debochado Olho pra ele esquadrinhando seu rosto que mesmo com raiva é lindo, desço pro seu corpo sem camisa com os cordões de sempre no pescoço, sua cueca vermelha aparecendo no quadril junto com as duas armas, usando bermuda preta com bolso na frente, atrás e dois lados da lateral próximo ao joelho e chinelo Kenner preto no pé — Você estava aqui dentro com duas mulheres sem camisa?_ mordo a língua, encarando seus olhos, ele umedece os lábios aparentemente escondendo o riso Breno — Tava! _ diz cruzando os braços, concordo com a cabeça e olho pras minhas unhas sem dizer nada, mas ele se aproxima _ Vai ficar marolando nessa p***a agora? Eu não comi ninguém, pô! Já disse que eu tô fechado contigo e não to nem ai pra p**a! Elas trabalham pra mim, levam droga na cadeia e vende minhas paradas também. Só isso! _ Sinto a irritação aumentar no meu peito a cada palavra que ele diz. Minha boca até seca, enquanto puxo meu cabelo no meus ombro direito, estico o braço e abro o frigobar e pego uma garrafinha de água — Fernanda c*****o. Tô ficando puto já, com essa p***a do teu silêncio, inferno. Fala logo o que você quer falar comigo p***a!_ Diz batendo os dois punhos fechados na mesa, estremecendo tudo que tem em cima —Você não tinha coisas pra resolver pra gente ir embora? Vai lá fazer. Não tenho nada pra falar com você não. Tudo que eu queria a vontade já passou. Só quero ir pra casa, dormir. Só isso!_ digo contendo a irritação, abrindo a garrafa d'água e bebo gelada sem a mínima vontade de olhar pra sua cara Breno — Mulher é bicho do capeta mermo. Só pode! Veio aqui nesse c*****o pra me tontear p***a. Dá teu papo ai, inferno. Vai ficar me negando a voz por conta de um bagulho nada haver mano. Mais que p***a! _ se irrita, me olhando com os punhos ainda fechado sobre a mesa — Já disse que não tenho nada pra falar. Perdi a vontade e não quero falar nada. Quero ir pra casa, descansar, coisa que eu devia ter feito antes do que ter vindo aqui me arrepender de falar com você! _ digo depois de beber metade da água, fecho a tampa e coloco sobre a mesa Breno — Você é uma filha da p**a Fernanda. Gosta de me tirar de o****o mermo!_ diz vindo pra cima de mim e pega no meu maxilar, sem força mantendo minha cabeça contra a cadeira e eu não respondo — O que cê tá querendo de mim desgraçada. Dá teu papo logo! Veio aqui pra me atormentar a troco de que? _ pergunta olhando dentro do meus olhos — Para de falar comigo desse jeito! Eu não vim fazer nada pra você. Já te falei lá fora que eu queria te ver, saber como você tá, já que você resolveu me dar o gelo o dia inteiro, por uma coisa boba, meu trabalho que você gostando ou não eu tenho responsabilidades muito mais séria que as suas _ digo nervosa num tom contido, tirando sua mão do meu rosto — Ao contrário de você eu não tive intenção de vir pra brigar. Queria apenas falar com você, estava sentindo sua falta, comprei até o chocolate que você gosta, pra ficar de bem antes de ir pra nossa casa descansar. Não queria dormir brigada com você, já que dia de hoje você costuma demorar mais aqui e se eu dormir só vou acordar amanhã. Vim na boa intenção e o que eu ganhei com isso? Sua ignorância me xingando na frente dos outros, vejo duas piranhas aqui dentro com você sem camisa. Uma bela recepção, você não acha?_ finalizo com ironia, amargurada, com raiva, olhando dentro do seus olhos, ele me pega pela nuca, aperta pegando meu cabelo e inclina minha cabeça pra trás, ficando rente ao meu rosto Breno — Deixa de botar neurose na cabeça c*****o! Eu amo tu, pô! Não quero saber de outra mulher. Posso ta aqui com uma par delas que a única que me interessa e fode com a p***a da minha mente é tu desgraçada. Para de caô!_ diz apontando o dedo no meu queixo e meus olhos ardem e marejam em seguida, olhando a sinceridade do seus olhos — Eu amo tu pequena. To fechandão contigo, pô! Cê tem que aprender a confiar em mim nesses bagulho também, pô! Esse é meu trampo, vivo disso e se ta ligada que eu sou bandido, mas sou teu. Confia! Para de pensar essas merda ai!_ esquadrinho seu rosto, sentindo minhas mãos soando e eu levo elas em seu rosto —Promete que nunca vai me trair com nenhuma delas?_ pergunto olhando dentro do seus olhos, com minha boca quase rente a sua Breno — Cê tem minha palavra de sujeito homem! Não quero saber delas. Só sinto vontade de comer a tua b****a, minha bebezona! _ diz depravado me fazendo ri fechando meus olhos — Boca suja. Você não consegue ser romântico até o final! Sempre estraga o momento com essa boca suja!_ digo sorrindo ele inclina sua cabeça no meu pescoço com uma mão apoiada no braço da cadeira giratória Breno — Já te dei o papo que eu não sou romântico. Sou bandido, nada romântico!_ inclino minha cabeça de lado, dando espaço pra sua boca deslizar na minha pele, até meu ouvido, fazendo minha irritação passar — Tá muito cansada?_ pergunta com sua voz grossa no meu ouvido, fazendo arrepiar até onde não deve — Um pouco. Eu to mais é com sono!_ digo num suspiro cansado, de olhos fechados, sentindo sua barba, percorrendo meu maxilar até minha boca e ele me da um selinho Breno — Rola uma rapinha em cima da mesa? To no maior t***o por tu!_ diz depravado, me fazendo apertar sua boca num bico, mordendo meu lábio inferior — Safado! _ digo sorrindo e colo minha boca na sua num selinho apertado Breno — Vai me deixar te pegar gostoso encima dessa mesa? Deixar na lembrança que eu te comi aqui em cima também! _ diz arrastando a boca da minha e morde de leve minha bochecha. Me fazendo ri — Sua safadeza não tem limite. Disse que aqui não é pra mim e mesmo assim que fazer amor comigo aqui? Breno — Aqui não é pra tu mermo. Vai ser a última vez que cê vem aqui. Então vamo marcar naquele pique, comigo te f***r em toda parte..._ diz com safadeza me fazendo ri e envolve meus braços no seu pescoço — Você não tinha coisas pra fazer? Breno — Prefiro fazer amor contigo primeiro. O resto espera que eu faço depois!_ diz envolvendo seus dois braços na minha cintura e me puxa pro seu colo, me fazendo soltar um gritinho baixo rindo — Eu amo você. Meu safado! _ digo contra sua boca, envolvendo minhas pernas na sua cintura Breno — Gostosa! _ diz batendo na minha b***a antes de seguir comigo até a porta, tranca-lá e volta me beijando até sua mesa... Me entrego ao seu beijo gostoso, matando minha ansiedade. Sua voracidade, me apertando contra seu corpo, me faz mergulhar no desejo intenso e maravilhoso. Todo meu corpo clama pelo seu toque, suas mãos grandes são ágeis demais pra me despir e me deixar nua sobre sua mesa e seu olhar vibrando desejo me excita muito, antes mesmo dele me tocar no meu p*****g. Ele passa a língua entre os lábios secos, abaixando sua cueca e tira seu m****o majestoso, extremamente duro de dentro l, posiciona ele pincelando minha i********e, antes de me invadir... sua mão tampa minha boca pra conter meu gemidos que não consigo controlar por conta do desejo. Sinto ainda mais t***o, por me reconciliar com ele assim, tendo a certeza que ele é só meu e tenho seu amor só pra mim. Mesmo cansada deixo ele fazer o que quiser comigo, me levando no seu colo em todas as posições e cantos do cômodo, deixando ele todo marcado com as minhas unhas, até mesmo com marcas da minha boca no seu pescoço, no peitoral sem nem me importar que outros e principalmente as outras vão ver. Toda minha raiva e frustração sumiram, restando apenas prazer... (...) Meu celular desperta e eu pego ele embaixo do travesseiro, sentindo meus olhos pesados e mesmo sem ver desligo. Tenho que acordar agora cedo pra ir buscar a Clarinha na casa dela, pra Maria ir ao hospital. Espreguiço e abro meus olhos em seguida, vendo o escuro do quarto e a respiração quente do Breno na minha nuca. Seu braço está por cima da minha cintura e seu corpo quente rente às minhas costas sem camiseta. Hoje eu tô dormindo com a blusa dele, vez e outra eu sempre faço isso, principalmente depois que fazemos amor e eu fico com preguiça de levantar. Giro meu corpo de frente ao seu, me aconchego no seu pescoço, sentindo seu cheiro natural gostoso. Beijo sua pele alisando seu peito e ele suspira resmungando baixo, apertando minha cintura, me fazendo sorrir. É tão gostoso acordar com ele na cama, o único r**m é que a preguiça aumenta e se deixar, acabo perdendo a hora. — Amor, você vai poder me levar na casa da Clarinha?_ Pergunto com tom de voz baixo, próximo ao seu ouvido Breno — Pra quê?_ Diz com a voz rouca e suspira em seguida — Hoje ela vai ficar comigo. Lembra que a mãe dela me pediu? Breno — p***a mano! Serião mermo? Vai trazer ela pra cá?_ Diz passando a mão no rosto e eu me afasto, erguendo minha cabeça pra olhá-lo mesmo no escuro — Você ouviu eu falando com a mãe dela pelo celular na casa do Gringo, amor! Ela vai precisar passar o dia no hospital pra fazer exames e não tem ninguém pra ficar com ela. _ Ele fica em silêncio e eu me ajeito sobre meus cotovelos — Se você não quiser também, não tem problema. Posso ir buscar ela e fico com ela na minha vó. Não vou tirar sua liberdade, dentro da sua casa!_ Digo me erguendo e sento na cama e procuro meu chinelo com os pés Breno — Nossa casa! Vem com esse papinho não.. _ Diz bravo, acho o chinelo e calço, enrolando meu cabelo e deixo nas costas mesmo — Esse lance teu de ficar se apegando com ela uma hora vai dar b.o. papo reto! A mulher tá quase morrendo, o pai é noiado não vai assumir a bronca. Se a veia morrer vai sobrar pra tu criar a pirralha. Papo reto! _ Ouço ele se sentar na cama e eu fico em pé e sigo na direção do banheiro —Você só sabe pensar coisas negativas. A mulher está fazendo tratamento pra se curar e você já vem com pensamento de morte. _ digo com desgosto e entro no banheiro com a cara fechada, acendo a luz e vejo meu reflexo no espelho com o rosto amassado Breno — Cê tá ligado que isso não significa nada. Conheço uma pá de gente que passou pelo mermo problema que ela e não sobreviveu. Mulher bebia pra c*****o, usava droga junto com o noia dela antes de ter isso aí. Se o organismo dela tá desse jeito, tu acha mermo que ela vai aguentar até aparecer um doador com a fila extensa, cheia de n**o na merma situação que ela?_ Fico em silêncio pensando em suas palavras enquanto tiro sua camisa e ligo o chuveiro — Não to sendo chato não, pô! Tô ligado que é isso que cê deve ta pensando ai!_ Diz entrando no banheiro só de cueca e eu ligo o chuveiro, olhando seu reflexo no espelho e faço um coque no meu cabelo em seguida, esperando a água esquentar... — Mas se ela morrer a menó não vai ter ninguém por ela e vai sobrar pra tu. Cê tá ligada que eu não quero assumir essa parada, não vai dar certo trazer ela pra cá e ela vai ficar dependente de tu e vai dar merda. Tô avisando!_ Respiro fundo e entro com o rosto debaixo da ducha d'água quentinha, sentindo a pressão molhar meu corpo todo na frente Passo a mão no rosto lembrando do rostinho dela falando comigo na última vez que nos vimos na casa do Gringo. Desvio a cabeça da água e pego o sabonete e passo no meu corpo, começando pelo pescoço e sinto sua presença atrás de mim. Segurando minha cintura, e beija meu ombro, deslizando suas mãos na minha barriga, me fazendo sentir seu corpo nú atrás, molhando seu cabelo Breno — Vai querer ficar bolada comigo por causa disso agora?_ n**o e respiro fundo novamente, passando o sabonete nos meus s***s e viro de frente pra ele — Eu entendo seu ponto de vista. Mas não é algo que eu queira pensar agora. Não vou dar as costas pra elas assim do nada, eu me afeiçoei as duas e o que tiver que acontecer no futuro vai acontecer, não vamos poder fazer nada, mas por enquanto, o que eu puder fazer pra ajudar eu vou. Tenho fé que ela vai conseguir o transplante logo e vai poder cuidar dela depois. _ Digo olhando em seus olhos agora molhados com gotinhas de água em seus cílios, enquanto a água com vapor cai na sua cabeça e desliza no seu rosto, e ele não responde. — Eu posso levar ela pra casa da minha vó. Sei que ela não vai se importar, porque ela adora crianças. Depois, se você quiser, você vai lá pra gente almoçar._ Digo e me afasto um pouco da água para espumar meu corpo, ele rola seus olhos com tédio me fazendo sorrir Breno — Teu m*l é ser teimosa pra c*****o. p**a que pariu!_ Do risada e passo o sabão com minhas mãos espumada no seu peito tatuado. Ele pega o shampoo, coloca um pouco na palma da mão e leva no seu cabelo — Fica com ela aqui mermo. Não quero almoçar em outro lugar não. Só não deixa ela bagunçar nada que é meu que ta tega. E nada de gritaria também. Ela gosta de falar demais e aqui no meu barraco eu gosto de sossego! _ Diz marrento, fazendo um bico lindo com seus lábios carnudos e eu inclino meus pés para alcançá los e dou lhe um selinho, sugando seu lábio inferior — Lindo! _ Digo sorrindo sentindo um pouco do gosto do shampoo que ele ensaboa de olhos fechados embaixo d'água, fazendo as gotinhas espirrar no meu rosto e na parte superior da cabeça Breno — Que horas cê tem que pegar ela? _ Diz tirando a água do rosto, troco o sabonete rosa de framboesa, pelo meu Dove de bebe branco e lavo minhas partes íntimas — Seis e meia. Coloquei meu celular pra despertar dez para seis. _ Digo, vendo ele pegar o sabonete no porta sabão de vidro e começa a passar em seu corpo Breno — Agiliza aí então pô. Faço o corre contigo lá, depois vou pra boca, pegar uma carga que vai chegar agora cedo também!_ Concordo, entrando debaixo d'água e começo a tirar a espuma do meu corpo e escovo meus dentes em seguida... Seis e vinte saímos de casa e ele me leva até a casa dela, correndo como sempre... chegando lá, paramos em frente a casa, ele buzina e Maria sai com ela, segurando um urso de pelúcia marrom. Sua feição está bem baqueada, o que me faz lembrar do que ele me disse, mas não transpareço e sorrio pra ela descendo da moto e pego uma sacolinha de supermercado que ela me entrega contendo as coisas da Clarinha dentro. Maria — Muito obrigada doutora. Assim que eu sair de lá eu ligo pra você!_ concordo sorrindo e pego a Clarinha no colo, coloco ela na moto, vendo seu rostinho sonolento encostando a cabeça nas costas do Breno, com suas mãozinhas segurando sua jaqueta verde escura... — Tudo bem Maria. Vai com Deus e boa consulta!_ ela sorri com alguns riscos da idade, bem marcados no canto dos olhos e na testa Subo na moto e me ajusto no banco com a Clarinha no meio. Breno acelera a moto, Clarinha acena pra sua mãe que faz o mesmo e descemos o beco estreito, com três seguranças juntos e os outros permaneceram na parte de baixo... 400 comentários posto outro amanhã
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