Andrew Lancaster
Eu nunca me senti tão desajeitado em toda a minha vida.
Os meus braços parecem grandes demais, minhas mãos parecem pesadas demais, e ainda assim, aqui estou eu, segurando meu filho pela primeira vez. Sou péssimo nisso e a minha mente grita sem parar.
Ele é pequeno, muito menor do que eu imaginava, mas ao mesmo tempo firme. Mateo se aconchega contra meu peitö, e eu fico sem ar por um instante. Seus olhos estão bem abertos, atentos, como se estivessem me examinando. Ele resmunga baixinho, abre a boca num movimento que parece querer dizer alguma coisa, e eu fico fascinado.
Meu filho. Esse é meu filho!
Cada detalhe dele me atordoa. As bochechas grandes e redondas, tão convidativas ao toque. As mãos pequenas e delicadas, que se fecham e se abrem em punhos incertos. O olha
